A ginástica artística brasileira promoveu momentos de altos e baixos na Arena de North Greenwich. Frustração com o fraco desempenho da equipe feminina; alegria com a inédita final e o 10° lugar de Sergio Sasaki no individual geral. Emoções que apenas prepararam a torcida para o que estava por vir nesta segunda-feira. Na última prova da modalidade com presença de um atleta nacional, Arthur Zanetti fez história. Recebeu a nota 15.900 nas argolas e conquistou a primeira medalha de um ginasta do Brasil nos Jogos Olímpicos: de ouro.
A prata ficou com o campeão olímpico em Pequim e tricampeão mundial Yibing Chen, que ganhou a nota 15.800. O chinês já assustava os outros competidores antes mesmo da prova começar. No telão da arena, imagens de grandes momentos da ginástica mostravam Chen ao lado de legendas do esporte, como a romena Nadia Comaneci, primeira ginasta a conquistar a nota 10 na história, nos Jogos de Montreal, em 1976. O bronze foi para o italiano Matteo Morandi (15.733).
Zanetti já tinha feito uma boa apresentação na prova classificatória. Terminou com a quarta maior nota ao somar 15.616. À sua frente, apenas Chen (15.858), o italiano Matteo Morandi (15.766) e o russo Aleksandr Balandin (15.666).
Dono do melhor resultado da ginástica brasileira nos Jogos Olímpicos, Zanetti, de 22 anos, começou a se destacar na prova de argolas em 2011. O paulista de São Caetano do Sul foi medalhista de prata no Pan-Americano de Guadalajara e no Mundial. Na classificatória para as Olimpíadas, fez a quarta maior nota. Já em 2012, ganhou o ouro nas etapas de Maribor (Eslovênia) e Ghent (Bélgica) da Copa do Mundo.
Confira a classificação final da prova de argolas:
1° - ARTHUR ZANETTI (BRA) - 15.900
2° - Yibing Chen (CHN) - 15.800
3° - Matteo Morandi (ITA) - 15.733
4° - Aleksandr Balandin (RUS) - 15.666
5° Denis Ablyazin (RUS) - 15.633
6° - Tommy Ramos (PRI) - 15.600
7° - Iordan Iovtchev (BUL) - 15.108
8° - Federico Molinari (ARG) - 14.733