Esporte

Corinthians de Paulinho pega Boca de Riquelme na final da Libertadores

VIDE
| 21/06/2012 às 22:28
Time do Boca é o maior campeão da Libertadores
Foto: AFP

Maior vencedor da Copa Libertadores da América no século XXI, o Boca Juniors mostrou força após passar três anos afastado da competição. Nesta quinta-feira, a equipe segurou o empate por 0 a 0 com a Universidad de Chile, no Estádio Nacional de Santiago, e será o adversário do Corinthians na decisão do principal torneio de clubes do continente.


Mesmo atuando fora de casa, a equipe argentina não se intimidou com a pressão da Universidad de Chile e dominou boa parte do jogo. Com um ótimo futebol, Riquelme desfilou toda técnica e comandou a boa exibição do Boca. A equipe só não voltou para Buenos Aires com uma vitória pela má pontaria de Mouche e a boa noite do goleiro Johnny Herrera.


Com o resultado no Chile, o Boca se classificou à decisão e vai enfrentar pela quinta vez um clube brasileiro em busca do título da competição. Os jogos contra o Corinthians acontecerão nas duas próximas quartas. Dia 27 o duelo será em La Bombonera e a volta está marcada para 4 de julho, no Estádio do Pacaembu.


Será a décima participação dos argentinos em finais de Libertadores, empatando com o Peñarol como o clube que mais vezes decidiu o título do torneio. Se derrotar o Corinthians, o Boca vai empatar com as mesmas sete conquistas do Independiente como maior vencedor da principal competição de clubes da América do Sul.


Nas três participações em que decidiu o título no Brasil, o time mais popular de Buenos Aires saiu vencedor em todas. Em 2000, derrotou o Palmeiras nas cobranças de pênaltis no Estádio do Morumbi. Três anos depois, a vítima foi o Santos de Diego e Robinho, que perdeu no mesmo Morumbi por 3 a 1. A última conquista xeneize aconteceu em 2007, com triunfo por 2 a 0 sobre o Grêmio do atual técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, no Estádio Olímpico.


Ainda na briga pelo título sul-americano, a equipe azul e ouro mantém o sonho da tríplice coroa. Além da Libertadores, o Boca joga a última rodada do Torneio Clausura do Campeonato Argentino contra o All Boys, em Buenos Aires. Com 33 pontos, o time precisa vencer e torcer por tropeços de Tigre e Arsenal de Sarandí, que enfrentam Independiente e Belgrano, respectivamente. O clube também está na decisão da Copa Argentina.

Resta à Universidad de Chile brigar pelo título do Torneio Apertura do Campeonato Chileno. No domingo, o time terá o jogo de volta da semifinal contra o arquirrival Colo Colo. Na partida de ida, os comandados de Jorge Sampaoli perderam por 2 a 0 no Estádio Monumental de Santiago e precisam vencer por dois gols de vantagem, ou mais, para se classificar à final.

O jogo
A Universidad de Chile entrou no gramado Nacional de Santiago precisando de dois gols para reverter a vantagem argentina. Por isso, partiu para cima do adversário. Mas o Boca não ficou se defendendo e também atacou, e com muito mais perigo. Aos 7min, Mouche recebeu passe na ponta esquerda, tocou para Clemente Rodríguez, que ajeitou para Riquelme. O camisa 10 fez ótimo passe para Mouche, que avançou, lançou para trás e Riquelme finalizou de primeira acertando a trave.

Apesar de controlar a posse de bola, os donos da casa demoraram a entrar na defesa rival. Tanto que a primeira boa chance aconteceu aos 23min. Após falta cobrada pelo lado direito, Junior Fernandes se antecipou a Schiavi pelo alto e cabeceou para baixo, no canto esquerdo do goleiro Orión, que se esticou e fez grande defesa ao espalmar para escanteio.

Com um futebol vistoso e passes precisos, Riquelme relembrou o jogador que brilhou na década passada. Porém, a dupla de ataque do Boca não conseguiu completar para as redes os ótimos lançamentos que recebiam do camisa 10. Aos 27min, o meia deixou Mouche na cara do gol e o atacante finalizou em cima de Johnny Herrera, que ao contrário do jogo de ida, em La Bombonera, teve boa atuação.

Com o contra-ataque à disposição, o Boca Juniors preferiu atacar a Universidad de Chile a apenas se defender e, por isso, terminou o primeiro tempo melhor. E voltou da mesma maneira nos 45 minutos finais. Após bela troca de passes, Ledesma deixou Mouche mais uma vez na cara do gol, mas Johnny Herrera saiu bem e afastou a bola do rápido atacante argentino.

Se o time visitante acertou o travessão no começo do primeiro tempo, a equipe chilena respondeu na mesma moeda aos 8min. Marino foi derrubado na entrada da área e o árbitro uruguaio Darío Ubriaco apitou falta. Díaz cobrou colocado, tirando da barreira, e acertou o travessão de Orión, que apenas pôde fazer golpe de vista e torcer contra a finalização do rival.

Em jogadas rápidas pelo lado esquerdo, o Boca desperdiçou duas grandes oportunidades. Aos 10min, Mouche finalizou cruzado, fraco, para consagrar Herrera, que defendeu mais uma. Dois minutos depois, Riquelme recebeu passe na área, dominou e finalizou para mais uma defesa do ex-goleiro corintiano.

Com o decorrer da partida, a pressão da Universidad de Chile aumentou, e o time argentino se retraiu na defesa para segurar o resultado. Aos 16min, Díaz recebeu bola rolada de trás e bateu com força para Orión esticar o braço e salvar o Boca. Dez minutos depois, Henríquez completou cruzamento de cabeça para outra boa defesa de Orión. Ruidíaz ainda acertou a trave, mas os argentinos seguraram o resultado e a classificação à final.