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Vitória entra em campo nesta sexta contra o Boa e Neto Baiano é esperança de gols
Foto: GP
Teremos bons jogos de futebol no fim de semana que começa na sexta. Pela ordem:
- O Vitória se defronta com o Boa Esporte, no interior de Minas Gerais, na noite de sexta, pela Segundona, precisando somar pontos na tabela de classificação para se manter sempre ali entre os cinco primeiros, não pode se distanciar.
- No sábado à tarde, pela tevê, a Seleção Brasileira de Mano Menezes, de olho nas Olimpíadas de Londres, disputa, com um time bem jovem, um amistoso contra o time titular da rival Argentina; e, como todo brasileiro sabe, contra ‘los hermanos' qualquer jogo de palitinho é uma batalha.
- Já no domingo à tarde, em Pituaçu, o cambaleante time do Bahia, treinado por Falcão, recebe o líder do Brasileirão, o Vasco da Gama, pela Primeirona; o tricolor na ânsia de ganhar uma, pois há mais de seis partidas não vence e precisa também somar pontos para se distanciar da zona de horror, o grupo dos quatro da rabada, a turma do rebaixamento.
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VITÓRIA
O rubro-negro vem de um resultado ruim, o empate em casa ( 2 x 2 ), no Barradão, na noite de terça, contra o tinhoso time do América de Natal, resultado obtido já no ‘fechar das cortinas', através de um belo gol de Neto Baiano cobrando falta, com metade da torcida já fora do estádio, injuriada. O rubro-negro não fez um bom primeiro tempo, mas até encurralou o adversário na segunda etapa, atacando bem pelas laterais e cruzando bolas altas para as cabeçadas de Neto e Dinei. Mas mostrou deficiências defensivas pelo lado direito e teve o zagueiro Rodrigo em noite infeliz. A receita : É preciso brigar muito pela bola e ser ofensivo, não há outra forma de disputar a segunda divisão. O adversário mineiro não é lá essas coisas.
Sem Pedro Kem , machucado, e com Eduardo Costa também de fora, as esperanças recaem mais uma vez no futebol ágil e inteligente de Marquinhos, que não pode ver seu talento desperdiçado em campo tendo a incumbência de voltar sempre na marcação, em auxílio do lateral. Marquinhos e Tartá são os principais municiadores de Neto Baiano e Dinei ( os artilheiros) e também finalizadores, portanto ambos precisam jogar mais próximos da área adversária. Olho na tevê !
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BRASIL
No Sábado à tarde, nos EUA, mais um amistoso teste para o time de Mano Menezes que levou 2 x 0 do México e deixou dúvidas no já cabreiro torcedor brasileiro: Afinal, temos algum ‘esquema de jogo'? Se temos, é manjado, e não mostramos em campo qualquer variação de jogadas para ludibriar o adversário em caso de uma boa marcação e diante de uma adversidade durante a partida - como foi o caso do jogo contra os aplicados mexicanos.
Outra dúvida é o buraco na lateral direita (Danilo está improvisado) e a lentidão do zagueiro pela esquerda, Juan. Como solucioná-las? Mais: os dois volantes marcadores ( os esforçados R?mulo e Sandro) têm dificuldades de passar a bola e se atrapalham quando são apertados, nada criam. Outra: será que Hulk é mesmo jogador de seleção, ou um mero trombador ? Mais grave ainda: O meia Oscar é capaz de jogar bem e criar alguma coisa com uma marcação individual, como foi a dos mexicanos? Ele sumiu em campo. E mais do que tudo, ficou a pergunta: Neymar é capaz de brilhar quando enfrenta marcação dura, de dois, encostada nele... ou se enerva e perde todas as disputas no corpo-a-corpo, tentando decidir sozinho?
Contra o México o time travou, não soube sair da marcação para abrir o ferrolho defensivo adversário, tentou sempre as jogadas individuais que eram anuladas na bola ou paradas com falta; o time não se movimentou, não trocou de posições com rapidez e inteligência, não girou a bola, mostrou-se repetitivo e previsível , e perdeu feio o jogo, embora tivesse mais a bola nos pés.
A cobrança vai ser grande pra cima do treinador com uma derrota diante da Argentina, inteira e completa, radiante diante da goleada imposta ao Equador pelas Eliminatórias da Copa 2012, Messi jogando o fino da bola e a equipe mostrando muita vontade e bom conjunto. Para complicar ainda mais a vida de Mano Menezes, o ótimo zagueiro Tiago Silva machucou o joelho na partida diante do México e está fora; assim, o Brasil deve atuar com uma zaga de jovens em idade Olímpica: o lento Juan e o novato Bruno Uvini, que é terceiro reserva do São Paulo. Eles vão ter de conter Messi, Aguero, Iguain, Di Maria ... Será que darão conta? E Neymar, enfim brilhará diante dos argentinos, com o espelho Messi do outro lado? Olho na telinha !
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BAHIA
No domingo, Pituaçu certamente cheio, o tricolor baiano vai ter de jogar muita bola, muuuuito mais do que essa bolinha de gude que tem jogado aí, para encarar o Vasco (RJ), líder invicto do Campeonato Brasileiro, que enfiou 4 x 2 no Naútico na noite de quarta, com o conhecido Alecssandro fazendo dois gols e os veteranos Juninho e Felipe brilhando em campo. A torcida, já impaciente com a série de jogos sem ganhar, vai cobrar um bom resultado em campo. E já passou da hora de o time de Falcão mostrar o porquê de estar na Primeira Divisão. Até agora tem jogado como um time de segunda. E olhe lá !
Na noite de quarta, por exemplo, o Bahia até conseguiu um razoável resultado, empatando de 1 x 1 com o Atlético Mineiro, no novo e bonito Estádio Independência, em BH, cheinho e com a galera mais do que motivada em função da contratação do astro Ronaldinho Gaúcho, que ficou de longe, do alto, só torcendo. Mas o caldeirão ferveu, a pressão da torcida foi grande.
Talvez em função disso o time de Falcão entrou em campo retrancado, fechadinho, tipo Chelsea, admitindo a superioridade do adversário, preocupado apenas em marcar e se defender o tempo inteiro. Até que o fez bem, mas abdicou de atacar. Do meio campo para frente o que se viu foi um guerreiro Jones correndo à toa, brigando sozinho contra a forte zaga do Galo, sem alguém próximo para trocar um passe. O Bahia não chutou no gol adversário. Gabriel sumiu, assumindo praticamente a lateral direita, ajudando Fabinho; Lulinha e o estreante cabeludo Diego fechando o meio campo, cercando e dando combate, Ávine, de retorno depois de longos meses machucado, mostrou-se totalmente fora de ritmo, mas o miolo de zaga, com Titi e Danny Moraes, deu conta do recado, rebatendo pra qualquer lado.
É verdade que, também, o Atlético exigiu pouco de Omar na primeira etapa, só com chutes de fora da área e dezenas de bolas alçadas na direção do cabeceio do varapau J?, sem êxito. No intervalo, alguns jogadores do time baiano se queixaram do esquema puramente defensivo e o time voltou mais aberto, um pouco mais à frente para a segunda etapa. Aos 6 minutos, no entanto, após erros infantis na saída de bola pelo lado esquerdo, Titi dividiu com o atacante dentro da área e a árbitro viu pênalti: J? cobrou e fez 1 x 0.
Falcão trocou alguns jogadores : o eterno fora de forma Zé Roberto entrou no lugar do apagado Lulinha e o veterano Júnior substituiu o esforçado Diego. Num raro momento de lucidez da equipe, Fahel varou pelo meio, tabelou e recebeu ótimo passe de Jones, arriscando da meia lua e acertando o ângulo, num belo gol, aos 28 minutos. Daí para frente, o time baiano recuou, só se defendeu e o Atlético perdeu algumas chances de desempatar. As melhores já nos acréscimos, sempre com bolas altas e cabeçadas, duas no travessão e duas outras ótimas defesas de Omar, garantindo o resultado, no sufoco!
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O torcedor pergunta: cadê Morais? Quando voltam Coelho, Madson ? E Jefferson, Souza ? Os novos contratados (tipo Val e Elias) quando vão entrar em campo? Há de se fazer, de tentar alguma coisa para dinamizar a equipe. O time de Falcão é organizado na marcação, mas não tem saída, contragolpe, poder de fogo! E a torcida sabe que sem se impor, sem ataque o tricolor não vai a lugar nenhum. Arre Bahêa !
Domingo é dia de mostrar algum futebol.