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BAVI equilibrado no Barradão e final em Pituaçu, na "casa" do Bahia
Foto: Eduardo Marinho
Nada está definido, o título de campeão baiano de futebol 2012 continua em aberto depois do empate em 0 x0 no primeiro dos dois confrontos do duelo decisivo (Vi X Ba ) no Barradão, nesse domingo. Mas em Pituaçu, no Ba X Vi no próximo domingo, o tricolor joga com a vantagem de ganhar o título até com um empate. Ou seja, numa disputa de 180 minutos, o Bahia tem meio caminho andado, bem resolvido, mas faltam ainda 90 minutos de bola rolando em campo, mais que decisivos e também imprevisíveis. Não há favoritos.
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Barradão quase cheio, ótima arbitragem gaúcha e um jogo muito disputado, de muita marcação, com as defesas se destacando no combate direto com os atacantes e um placar justo.
O primeiro tempo foi equilibrado, com poucas chances de lado a lado. Mas a segunda etapa foi mais quente, mais brigada, com um Bahia melhor até os 25 minutos, tocando mais a bola, envolvendo, criando algumas chances; a partir daí, no entanto, o rubro-negro foi todo pra cima, tentou o gol através de sua melhor jogada, a bola alçada na área adversária e criou duas chances claras de golear através do atacante Tartá, aos 43 aos 45 minutos, quando apareceu o goleirão Lomba, com duas ótimas e decisivas defesas.
O Bahia, escalado por Falcão com três marcadores no meio campo (Fahel, Helder e Diones), entrou em campo todo de branco e com uma preocupação maior: não tomar gols no campo adversário. Conseguiu. Atuou fechadinho, marcando muito bem os jogadores de criação do rubronegro ( Helder em cima de Pedro Ken, Diones perseguindo Geovene e Fahel vigiando Tartá), e os laterais tentando evitar os cruzamentos para o avante Neto Baiano, que teve sempre encostado nele o grandalhão Donato ou o forte Titi.
O Vitória não achou muito espaço para fazer seu jogo. Não conseguia subir com os laterais porque o Bahia tramava nos contragolpes com triangulações nas costas de Saci (com Madson, Gabriel e Diones) ou com o meia Zé Roberto nos costados de Leo. Os jogadores do Vitória, também orientados por Ricardo Silva, sabiam que era preciso golear mas que, sobretudo, não podiam tomar gols. Uéliton e Michel pouco se arriscaram na frente, na primeira etapa, e a zaga (Vitor e Rodrigo ) estava segura, sem permitir finalizações do goleador Souza.
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Afora uns chutes de fora área de Diones, de Michel, de Uéliton, que nem assustaram o torcedor mais vibrante, aconteceram apenas duas chances reais de gol, uma para cada lado, nessa etapa. A primeira aos 14 minutos, num lance de bola cruzada da direita, rasteira, em que o becão Donato se atrapalhou com o goleiro Lomba, que saía para a defesa, e quase fez contra. Aos 44', Souza recebeu bom passe dentro da área, encarou o zagueiro e chutou forte, por baixo, mas bola estourou no peito do goleiro Douglas, sendo afastada da área pela zaga, na sequência. A turma do setor defensivo rubronegro andou batendo boca, discutindo a marcação e o posicionamento, coisas normais de jogo.
Na segunda etapa, até por necessidade de vencer o jogo e reverter a situação de vantagem do adversário, o Vitória começou pressionando, abrindo-se, atacando com mais jogadores, jogando bolas altas na área tricolor e chutando bem mais de fora da área. Sem êxito.
Por volta dos 15 minutos, Falcão trocou o apático Zé Roberto pelo garoto Vander. Em sua primeira jogada, Vander levou a marcação na velocidade, aproximou-se da área rubro-negro e bateu forte: Douglas torceu e a pelota raspou sua trave esquerda. O Bahia tinha o domínio do meio campo e perigava nos contragolpes. Aos 19' Madson avançou e lançou Souza que bateu de prima, rasteiro: outra que raspou o poste.
Aos 25', o técnico Ricardo Silva tirou o meia Geovane, que pouco fez, e lançou o atacante Dinei enfiado, ao lado de Neto Baiano, recuando um pouco o buliçoso Tartá. Daí o rubronegro viveu seus melhores momentos e criou boas chances: aos 26', Dinei cabeceou uma bola vinda de escanteio e a pelota passou perto da trave direita; aos 26, outra cabeçada, dessa vez de Tartá, que Lomba saltou e evitou o gol. O Bahia, em raros contragolpes, tentou aos 30', com um chute de fora da área de Helder e, depois, numa enfiada para Souza, mas o goleiro Douglas apareceu bem.
Já nos minutos finais, Tartá - que parecia estar sobrando fisicamente sobre seus adversários - avançou, fez fila, mas chutou fraco da entrada da área para defesa de Lomba. Aos 45, outra ótima jogada individual de Tartá que, deixou Donato na saudade, entrou enviesado e, de frente para Lomba, enfiou o pé, ensejando a melhor defesa do goleirão tricolor.
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Destaques:
No Vitória, a segurança dos dois zagueiros: Vitor Ramos e Rodrigo; boa atuação de Uéliton, Michel, Pedro Ken ... mas o melhor , sem dúvidas, foi o rápido e insinuante Tartá, que por pouco não decidiu em boas jogadas individuais.
No Bahia, vale destacar a aplicação tática defensiva, o bom esquema armado por Falcão bloqueado as jogadas de meio campo do adversário. Titi fez um ótimo jogo e Lomba foi decisivo para o empate conseguido.
Geovane, muito bem marcado, não deu as caras no jogo; Zé Roberto, gorduchinho e fora de ritmo, foi quem destoou pelo lado do tricolor.
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Domingo tem mais 90 minutos em Pituaçu. Lá, casa cheia e tricolorida, vai sair um Campeão. O Bahia joga pelo empate e o Vitória, para levar o título, tem de vencer. A retrospectiva dos duelos lá em Pituaçu mostra que esse mando de campo não significa muita coisa: o rubro-negro costuma vencer lá, como o Bahia tem conseguido também bons resultados no Barrradão. É cláasico, é Ba Vi. Vai ser jogão de bola para quem tem coração em dia.
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O titulo é decidido em campo, jogando com raça, inteligência, boa estratégia de jogo, inspiração, um pouco de sorte, os nervos sob controle e alma, muita alma!
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Antes da decisão, Vitória e Bahia têm compromissos no meio da semana pela Copa do Brasil, jogos que decidem a continuação de ambos na competição.
O Vitória viaja para enfrentar o Botafogo do Rio, no Engenhão. O Botafogo empatou a primeira no Barradão, na noite de quarta ( 1 x 1 ) e deve ir pra cima do rubronegro, até porque nesse domingo levou 4 x 1 do Fluminense e , com esse resultado, praticamente deu adeus ao título cariosa. Assim, lhe resta brigar pela Copa do Brasil. O Vitória terá problemas, vai ter de correr muito para vencer o jogo e continuar vivo... E os jogadores, claro, atuando com o pensamento no BaVi de Pituaçu, no título baiano. O desgaste da viagem pode ser fatal.
Já o Bahia enfrenta na quinta-feira à noite, em Pituaçu, a equipe da Portuguêsa de Desportos, a Lusa de SP, que está de camarote, só treinando e ajustando a equipe para esse confronto, descansada. No primeiro jogo, lá em SP, o placar foi 0 x 0. Não vcai ser um treino para o Ba Vi, não será uma partida fácil, mas o torcedor sonha com o time indo mais adiante , quem sabe nas finais da Copa do Brasil.
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Na decisão do Paulista, o Santos ganhou de 3 x 0 sobre o Guarani e o Fluminense massacrou o Botafogo na decisão carioca: 4 x 1. Em cima desses resultados via dar Santos (em São Paulo) e Fluminense (no Rio) - Campeões!