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Vitória foi mais objetivo e mereceu ganhar o jogo no Barradão
Foto: ECVitoria
Foi um Ba Vi emocionante e bem jogado em campo, Barradão com 25 mil pessoas, e cinco gols: Vitória 3 x 2, todos os tentos marcados na primeira etapa do jogo. Mesmo com a vitória, o time rubronegro permanece na segunda posição na tabela de classificação, vice-líder, a quatro pontos do líder que continua sendo o Bahia, com 33 pontos ganhos; O Vitória chegou aos 29 pontos.
O Feirense, que ganhou do Itabuna no campo do adversário ( 3 x 2 ), está em terceiro lugar, também com 29 pontos. O quarto é o Bahia de Feira, que empatou no clássico feirense (2 x 2 ) com o Fluminense, e tem 26 pontos ganhos. Os outros resultados: Juazeirense 1 x Juazeiro 0; Atlético de Alagoinhas 3 x 0 Camaçari. O Serrano empatou de zero com o Vitoria da Conquista.
Jogão no Barradão
Até pela necessidade imperiosa de ganhar o jogo, o time rubronegro partiu pra cima, com lançamento longos, velocidade e muita garra. O Bahia, retomando a bola, tentava por no chão e trocar passes. Mas, aos 5 minutos, Nino Paraíba cruzou da lateral e Neto Baiano se antecipou à zaga testando forte, solto, para marcar 1 x 0. O zagueiro Donato e o goleiro Lomba vacilaram, pararam no lance. Dois minutos depois, agora pela esquerda, Geovane bateu falta pelo alto e o zagueiro Gabriel ganhou da zaga, raspando de cabeça e deslocando o goleiro 2 x 0.
O Bahia parecia frio, mais técnico, e o Vitória exibindo mais força, à todo vapor, atacando e insistindo nas bolas altas; dentro da área, Neto Baiano usava o corpo e sempre bem colocado ganhava todas as bolas alçadas, tanto de Donato como de Titi. O Bahia passou uns bons minutos atordoado com os dois gols rubronegros, tomando sufoco, o adversário explorando a velocidade de Nino pelo lado direito, e o meio campo trocando de posições constantemente, confundindo a marcação na frente da área tricolor.
Aos poucos o Bahia conseguiu sair da pressão, com uma boa saída de bola de Lenine, em tabelas com Gabriel e Madson. Aos 19 minutos Gabriel arrancou pela direita e foi derrubado pelo zagueiro Gabriel Paulista : Souza bateu com calma, no canto e diminuiu: 2 x 1. Dois minutos depois, sem deixar o rubronegro assimilar o golpe, Souza fez bela jogada pela esquerda, cruzou, Júnior tocou de peito, Moraes deu um belo passe de calcanhar e Gabriel , entrando pela direita, bateu cruzado, rasteiro, empatando : 2 x 2.
O jogo continuou ofensivo, lá e cá, ao contrário do Ba Vi anterior, em Pituaçu, que terminou 0 x 0. Aos 25‘, Souza levou a zaga e bateu forte para boa defesa de Renan. Aos 28', Neto Baiano mais uma vez ganhou pelo alto da zaga e testou forte para defesa de Lomba. Aos 37' o Bahia teve uma chance num chute de Gabriel, depois de um rebota do goleiro Renan e aos 42' Uéliton quase marca de cabeça, escorando um escanteio. Mais um erro coletivo da zaga tricolor.
O lance decisivo do jogo aconteceu aos 45': Mais uma bola alta, neto Baiano fez falta clara no lateral William Mateus, mas o árbitro Lôpo Garrido, sempre caseiro, não marcou, mas na sequência do lance deu logo uma falta na entrada da área, num encontrão de Madson com Mansur. Geovane bateu com perfeição, no ângulo e fez 3 x 2. Os atletas tricolores saíram de campo cuspindo marimbondos contra o árbitro. Garrido puniu Titi com cartão amarelo, pelas reclamações.
Após o primeiro tempo eletrizante, na segunda etapa o ritmo do jogo caiu um pouco, mas o Vitória ocupou melhor o meio campo, continuou pressionando, explorando os lançamentos longos, as bolas altas, chutando de fora da área; parecia com mais vontade de ganhar. E criou mais chances de gol. Aos 3' Neto Baiano, de novo, cabeceou firme, mas Lomba salvou. Dinei, que entrou no lugar de neto, ganhou duas vezes a zaga na velocidade mas esbarrou em Lomba e na zaga na hora da finalização, aos 9 e aos 15 minutos, e de cabeça (de novo) quase marca aos 16 minutos.
Falcão percebeu que estava perdendo o meio campo e mexeu: colocou Rafael, Ávine e Magno nos lugares de Junior, de Moraes e Gabriel. Então, o tricolor equilibrou mais o jogo, que ficou lá e cá, com bons lances de área. Aos 44', Geovane bateu falta raspando; o Bahia fez pressão no final, tentando o empate, que não veio.
Destaques:
No time vencedor, ótima atuação do zagueiro Gabriel, do Michel... o bom toque de Kem e de Geovane, que foi decisivo nos passe, nos cruzamentos... mas o grande destaque rubronegro foi, sem dúvida o centroavante Neto Baiano que infernizou a vida de Titi, de Donato (que não ganhou uma dele) e do Lomba, assustado com a presença dele.
No Bahia, os dois melhores foram Gabriel ( hoje e a gora a estrela maior da companhia) e Lenine - ótimo passe, cabeça erguida; Moraes mostrou ótimos lampejos técnicos, passes precisos e Souza atuou dentro do esperado.
Como destaques negativos, Marquinhos atuou bem abaixo do que se espera dele, apagado. No Bahia os dois zagueiros não se entenderam (Titi e Donato), bateram cabeça sobretudo nas bolas alçadas, lastimável; não é um casamento feliz, são dois sagueirões, becões, do mesmo estilo e Donato se posiciona muito mal, sobretudo nas bolas altas que vêm das laterais. O goleiro Lomba mostrou-se fora ainda de ritmo e o atacante Júnior, na frente, foi apagado.
Os bandeiras não complicaram, mas Lopo Garrido mostrou mais uma vez que é um árbitro caseiro, tende a marcar faltas e favorecer sempre o time da casa. Complicou um pouco, sobretudo na omissão clara que resultou no terceiro gol rubronegro. No aspecto disciplinar não teve trabalho, foi uma partida dura mas leal.
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O placar foi justo, o Vitória jogou com mais vontade, explorou os pontos fracos do adversário, foi mais objetivo.