Esporte

O BAHIA FOI BOLA MURCHA E O VITÓRIA BOLA CHEIA, Por ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 11/03/2012 às 19:28
Bahia correu atrás do prejuizo e quase leva gude preso do Juá. Jogo goi 1x1.
Foto: Futura Press

Os resultados, um tanto surpreendentes, na rodada deste domingo pelo Campeonato Baiano criaram um clima mais apimentado para o grande clássico Vitória x Bahia, no domingo próximo, no Barradão.

O Bahia, que vinha goleando e dando exibições de bom futebol, tropeçou em Pituaçu contra o Juazeiro, fazendo seu pior jogo neste campeonato e conseguindo um empate ( 1 x 0 ) na base da camisa, nos últimos minutos, com o time já sob vaias do torcedor.

O Vitória, que normalmente atua mal e não tem conseguido bons resultados fora de sua toca, o Barradão, foi a Camaçari e goleou a equipe local no estádio Armando Oliveira por 4 x 1, com mais dois gols do artilheiro Neto, dando esperanças a seu torcedor de que vai encarar o rival tricolor com condições de vencer o jogo.
Vamos ter muita resenha durante a semana entre os torcedores das duas equipes e a possibilidade de casa cheia, uma grande renda no Vi X Ba, de hoje a oito. Quem ganha?

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Apesar do empate, o Bahia continua líder da competição, com 33 pontos, seis a mais do que o Vitória, que assumiu a condição de vice-lider. O Feirense, que enfiou 4 x 2 no Fluminense de Feira é o terceiro colocado; e o Bahia de Feira, que apenas empatou na rodada ( 0 x 0 ) com o Atlético de Alagoinhas é o quarto colocado. Na cola, o Vitória da Conquista, que venceu o Itabuna por 2 x 1.
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Bola murcha

Mais de 13 mil pessoas foram a Pituaçu na esperança de mais uma goleada tricolor contra o fraco time do Juazeiro, mas em campo não foi isso que aconteceu. Sol forte, o tricolor bem modificado entrou em campo morno, lento, jogando como se fosse um t reino. O time do Juazeiro atuou fechadinho, marcando muito no meio campo, sem deixar o time de Falcão articular as jogadas. O primeiro tempo foi ruim de ver, embolado, sem maiores emoções, murrinha. No intervalo Falcão falou nos microfones: ‘Jogamos muito mal'.

Porém ele, Falcão, foi também culpado por isso. Na ausência de alguns titulares, mexeu errado, sobretudo no meio campo, com Diones ao lado de Fahel, desentrosados, fazendo a marcação e sem saída de bola; o garoto Filipe, canhoto, 17 anos, foi escalado de meia esquerda, quando nos juniores atua de cabeça de área; e Magno foi deslocado para a meia direita tentando fazer o papel de Gabriel, mas mostrou que não velocidade para executar as tarefas do novo ídolo tricolor, que está machucado. Na frente, sem Souza, a dupla Ciro e Junior não se entendeu.

Dois momentos bons apenas na primeira etapa: um chute de Ciro da entrada da área que bateu no poste, aos 5 minutos, e um gol perdido, de cara, pelo meia Advaldo do Juazeiro, aos 30. E só.

Na segunda etapa, Moraes substituiu Filipe , Magno voltou para o lado esquerdo e Falcão pediu que o jogo fluísse mais pelas laterais, tentando furar o bloqueio juazeirense pelas beiradas do campo. Logo aos 10 segundos, Júnior, de cara, perdeu grande chance, enchendo o pé para a fora com a pelota à feição, na perna canhota. A partida ficou melhor de se ver, mais aberta, o Bahia tentando com os dois laterais e o time do São Francisco perigando nos contragolpes. O tricolor criou chances, mas nada dava certo na hora da conclusão e o Juazeiro teve também algumas oportunidades de marcar.

Aos 37', a torcida já irritada com os erros, Titi errou um passe de cabeça na saída de bola, o Juazeiro tomou a bola e contragolpeou com três atacantes contra dois defensores; o meia Nielson arrematou de fora da área e a bola parecia fácil para a defesa de Omar mas, no meio do caminho, resvalou no zagueirão Donato e entrou mansinho para desespero da galera. O Bahia achou o empate aos 43', após cruzamento de William Mateus e boa cabeçada do garoto Rafael, que entrara no lugar de Ciro minutos antes. O gol de empate não foi suficiente para aliviar as vaias dos mais exaltados.

O tricolor tem a semana inteira para avaliar o tranco e armar o time para o Ba Vi, já com a volta de Souza, Gabriel, quem sabe Ávine, Coelho, Marcelo Lomba, Fabinho... O empate foi um alerta.
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Destaques para o menino lateral Madson, o melhor do time; seguido por Rafael Donato e Wiliam Matheus. Magno, Júnior e Ciro foram os piores do time. No Juazeiro, destaque para o jogo coletivo, compacto, a marcação todo tempo, o campo todo.

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Passeio em Camaçari

No Armando Oliveira, em Camaçari, o Vitória deitou e rolou o jogo inteiro, atacando, impondo-se em campo desde os primeiro minutos, sem dar chance de o time da casa respirar.

Isso se deveu muito às mudanças que o treinador Toninho Cerezzo fez em seu meio campo, com a volta de Uéliton, a escalação de Pedro Kem mais avançado e o ótimo desempenho do meia Geovane, que mostrou em campo a Cerezzo que não pode ser reserva de ninguém, é tecnicamente o melhor armador do plantel.
Aos 4 minutos Neto Baiano concluiu uma boa trama de Geovane e Kem, fazendo 1 x 0 e marcando seu 15º gol no campeonato. Aos 40, o mesmo Neto Baiano ampliou após jogada de Mansur e passe de Geovane - 2 x 0, 16º gol do artilheiro. O rubronegro merecia mais na primeira etapa, o Camaçari ameaçou pouco a meta do time da capital.
Na segunda etapa, aos 5 minutos, o zagueirão Gabriel testou um escanteio bem executado por Geovane e fez 3 x 0. Aos 22 ‘, Mineiro ampliou após novo passe de Geovane. O rubronegro tocou, criou mais algumas chances desperdiçadas e o Camaçari só fez seu gol de honra já aos 46 minutos, ao apagar das luzes.
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Destaques para Geovane, o dono do jogo, Pedro Kem que fez seu melhor jogo no time, atuando em sua verdadeira posição, o zagueiro Gabriel e Neto baiano, claro, goleador máximo do campeonato, isolado, com 16 gols. Nem assim alguns torcedores o pouparam, ressentidos: vaia nele. Vá entender torcedor!

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Antes do clássico com o rival tricolor, domingo próximo, o Vitória enfrenta, no meio da semana, o São Domingos de Sergipe, pela Copa do Brasil, time com o qual empatou na noite de quinta-feira passada, em Itabaiana, por 0 x0. Precisa vencer, por qualquer placar. Um empate que não seja o 0 x 0 (que provocaria pênaltis) dará a classificação ao time sergipano. Ganhar, portanto, é preciso para continuar vivo na competição nacional.

Para muitos, esse jogo pode desgastar o time rubronegro para o BA Vi de domingo, provocar alguma contusão, cansar ... Para outros, será bom, vai ser um treino forte apurando a equipe para o clássico. Melhor jogar do que ficar parado... ou não?
O Bahia, que eliminou o Auto Esporte da Paraíba no meio da semana pela mesma Copa do Brasil (ganhou de 3 x 0 ), em João pessoa, tem sete dias para descansar e treinar a equipe de olho no clássico mais importante do campeonato.

Ao Barradão, domingo próximo, então ... lá, o bicho pega!