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Zagueirão Tite autor do primeiro gol do Bahia na goleada contra Camaçari
Foto: Lúcio Flávio
Terminada a 11ª rodada do Campeonato Baiano 2012, findo o que seria o primeiro turno da fase inicial do certame o Bahia vira como líder absoluto, com 26 pontos ganhos, cinco à frente do Bahia de Feira, o segundo colocado. Em terceiro e quarto lugares, no que seria o grupo dos quatro classificados, estão os dois Vitórias, o rubronegro da Capital e o Vitória da Conquista.
Na próxima rodada, já na quarta-feira, começa uma espécie de returno, todos jogando novamente entre si, enfrentando-se com o mando de campo trocado. No final dessa fase, os quatro primeiros colocados se enfrentarão num ‘mata-mata' para se saber o campeão, finais que devem acontecer na primeira semana de maio. Portanto, há muito jogo ainda até lá.
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Na rodada do ‘baianão' desse domingo aconteceram muitos gols e o placar de 3 x 0 se repetiu em três partidas: Vitória 3 x 0 Serrano (no Barradão), Bahia 3 x 0 Camaçari (no Armando Oliveira) e Itabuna 3 x 0 Fluminense, em pleno Joia da Princesa, acreditem. O Feirense aplicou 2 x 0 no Bahia de Feira, que desandou. No mais, dois empates de 1 x 1 : Juazeirense X Atlético e Vitória da Conquista X Juazeiro.
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Passeio no Barradão
Debaixo de um sol forte e com muitos vazios nas arquibancadas, o Vitória não tomou conhecimento do Serrano e liquidou o jogo já no primeiro tempo. Parecia jogo de um time só, ou treino de defesa contra ataque. O Serrano tentava se defender e o rubronegro tinha o domínio e abusava de perder gols.
O primeiro aconteceu já aos 5 minutos, Michel escorando bem um bom cruzamento de Marquinhos da linha de fundo - 1 x 0. Aos 13', o zagueirão puxou Dinei pela camisa dentro da área, o árbitro marcou o pênalti e Marquinhos converteu - 2 x 0; Aos 16', foi Marquinhos que completou para as redes uma boa trama do lateral Romário e cruzamento de Dinei, fazendo 3 x 0.
O Vitória saia rápido, atacava com velocidade e encontrava facilidades, o Serrano atordoado. Então, o time rubronegro pareceu relaxar e danou-se a perder gols, tocar, fazer firulas, desagradando o torcedor, que pegou no pé principalmente do meia Artur Maia, cria da casa. A goleada de 9 ou 10 não saiu por excesso de preciosismo ou vacilo dos atacantes. A segunda etapa se desenrolou em ritmo de treino.
Destaque para Marquinhos, que voltou a jogar bem.
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Camaçari na tevê
No jogo televisado, apesar dos desfalques (Coelho, Fahel, Souza, lulinha, Moraes ...) o novo Bahia de Falcão não encontrou dificuldades para vencer o Camaçari, que quase não chutou a gol. O maior inimigo do toque de bola tricolor foi o gramado (capim de burro) do estádio Armando Oliveira. Até por respeito ao querido e inesquecível cronista que dá nome ao estádio e por respeito também aos jogadores, atletas profissionais e ao público, o campo de jogo devia apresentar melhores condições, um gramado melhor, nivelado, que permita a bola rolar macia e não aos pulos, como se viu. A Federação Bahiana de Futebol é muuuito culpada por isso, contribuindo assim para um futebol de má qualidade em campo, um espetáculo ruim para a tevê.
O preço do ingresso a 40 reais (salgadinho, né ?), a pedido da diretoria do time da casa, e arquibancadas cheias de torcedores do Bahia, o que não é novidade. Assim, o time da capital partiu para o ataque, como quer o treinador Falcão. Aos 4 minutos, Helder tabelou com Magno e mandou bala, perto. Aos 8', Gabriel foi ao fundo e passou rasteiro para Ciro, que, na pequena área, bateu de tornozelo e errou o alvo. Aos 11, repetição de jogada do mesmo Gabriel, Ciro novamente perdeu de cara. Aos 22', Helder dividiu mal uma bola no meio campo e machucou o joelho; foi substituído pelo garoto Lenine. Magno tentou de fora, aos 25', e quase marca. Então o jogo amornou, ficou chato de ver, muitos passes errados. O Bahia marcou já aos 44', após uma cobrança de escanteio do menino Madson, pela direita, Júnior resvalou e Tite testou forte, no meio do gol - 1 x 0.
O tricolor voltou em cima, na segunda etapa, encurralando e tentando ampliar o marcador. O segundo gol aconteceu numa bela jogada de Magno, tabelando pelo meio e Ciro, na raça, finalizou de bico no canto - 2 x 0. Aos 10', após uma blitze na área, Júnior girou em cima da zaga e bateu forte de direita, aumentando: 3 x 0. Daí para frente, o jogo seguiu em ritmo de treino, com o tricolor sempre na frente, ameaçando e perdendo algumas chances de ampliar.
Destaques para a boa atuação de Gabriel, mais uma vez, de Magno, de Fabinho (que substituiu Fahel) e do lateral Madson, que entrou em lugar de Coelho.
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Torcedor é um bicho sem controle, fanático: Tem tricolor chamando Fahel de ‘Faelbregas' (numa alusão a Fábregas, do Barcelona) e já querendo escalar o menino Gabriel na seleção brasileira, ao lado de Neymar, Ganso e Leandro Damião. Vê se pode !?
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Tem ‘urucubaca' nas laterais do Bahia? Na direita, o ano passado foi Jeancarlos (que machucou grave) e agora o Coelho. Boiadeiro até agora não mostrou ser do ramo. Na esquerda, Ávine não consegue jogar (vive no depto médico); lembra do Dodô, aquele menino que teve o joelho estourado por uma entrada animalesca do becão Bolivar do Inter ? Nesse domingo foi a vez do Helder, que andou vestindo a camisa seis, maldita, nalguns jogos... estourou o joelho. Bate folha !!!
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No Vitória não é diferente, lá também o bicho tá pegando. Estão no estaleiro: Nino Paraíba, Saci, Uéliton, Índio (que não reestreou ainda), Rildo ... Isso às vezes atrapalha muito o trabalho do treinador, a armação de uma equipe.
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‘Baba' da Seleção
Na terça tem uma ‘baba' da seleção de Mano Menezes, na Suíça, contra a Bósnia Herzegovina . Falo que é ‘baba' porque sequer houve ou haverá um só treino para o jogo. Mano entrega as camisas, bate um papo e a garotada entra em campo, seja o que Deus quiser. Garotada, vírgula, já que Ronaldinho Gaúcho lá está, ninguém sabe pra quê. Como a gente pode acreditar e torcer pra uma seleção assim, armada e tratada desse jeito? O único interesse é catar níquel... nisso o ‘capo' Ricardão é mestre. Neymar, Lucas, Ganso... viajaram na noite desse domingo para encontrar o resto do pessoal já amarrando as chuteiras pro ‘baba' internacional.
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O Fluminense, de Abelão Braga, meteu 3 x 1 no Vasco (até então invicto), sem dó, e venceu a Taça Guanabara, espécie de primeiro turno do campeonato carioca. O Vashcão era favorito, mas... deu o Flu de Deco, o ‘pó de arroz'. .
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No Paulistão, grandes jogos. O Santos enfiou 6 x 1 na Ponte, com show de Neymar e Ganso. O menino ‘galinho' está jogando cada dia mais, amadurecendo, fazendo gols de todo jeito e jogadas de arrepiar. É um fora de série, dá gosto ver Neymar em campo.
No clássico domingueiro, jogaço : 3 x 3 São Paulo e Palmeiras. Em São Paulo se joga o
melhor futebol do país, pronto.