Esporte

BRIGA ENTRE TORCEDORES DE FUTEBOL NO EGITO MATA AO MENOS 73 PESSOAS

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| 01/02/2012 às 22:02
Uma confusão incontrolável e tragédia no esporte
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Dezenas de pessoas morreram e milhares ficaram feridas em uma invasão de campo na cidade de Port Said, no nordeste do Egito, nesta quarta-feira. O tumulto aconteceu após a vitória do Al-Masry por 3 a 1 sobre o Al-Ahly, invicto até então. A agência estatal de notícias do Egito informa que já foram registrados 74 mortos e milhares de feridos.

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"Há 11 mortos no meu hospital. Dois outros hospitais têm 25 mortos. Três outros torcedores morreram no estádio", disse Medhat El-Esnawy, diretor do hospital El-Amiry, de Port Said, em entrevista à televisão local. "Uns morreram no tumulto, outros morreram sufocados", completou.


Este é o pior tragédia da história do futebol egípcio e o maior do futebol mundial em 16 anos. O último incidente dessa magnitude registrado num campo de futebol foi na partida entre Guatemala e Costa Rica, em outubro de 1996, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1998. Na ocasião, 78 pessoas morreram e 180 ficaram feridas.

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O presidente da federação egípcia de futebol, Samir Zaher, anunciou que o campeonato está suspenso por tempo indeterminado. A procuradoria geral de justiça do Egito ordenou abertura de investigação imediata.

Jogadores do Al-Ahly atacados
Os torcedores invadiram o campo e atacaram principalmente os homens que faziam a segurança do jogo. Torcedores rivais, jogadores e membros da comissão técnica do Al-Ahly também foram alvo e tiveram que correr para sobreviver. Segundo alguns relatos, jogadores do time visitante trancaram-se no vestiário para fugir do tumulto.

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"As forças de segurança nos abandonaram, não nos protegeram. Um torcedor morreu no vestiário bem à minha frente", disse o veterano meia Aboutrika, um dos maiores ídolos do futebol egípcio. "Pessoas morreram, estamos vendo cadáveres agora. Não há forças de segurança nem exército para nos proteger agora", reforçou o meia Barakat.

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A força aérea local informou, posteriomente, que faria o resgate aéreo da delegação do Al-Ahly presa no estádio após o tumulto.