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Villa, o valente e arisco artilheiro do Barça, deve desfalcar o time domingo
Foto: AP
Santos X Barcelona, domingo às 8h30, é um programa imperdível para quem curte o jogo de bola com os pés bem jogado, com arte. São equipes diferenciadas, também diferentes.
O Barcelona, há alguns anos o melhor time do mundo, é conjunto, toque de bola e a genialidade de alguns fora de série: Xavi, Iniesta, Messi ... O Santos tem o menino Neymar, sensação pelas jogadas que consegue executar e o bom meia Ganso, organizador, lançador; além de um atacante fazedor de gols, Borges, e um meiocampista de grande dinâmica, Arouca - que não sei por que motivos ainda não foi chamado para a seleção de Mano Menezes.
Não dá para fazer previsão de vencedor, do ganhador da taça de Melhor do Mundo, em Tóquio, porque futebol é um jogo, como nenhum outro, prenhe de surpresas. O Barcelona é mais time, ninguém discute, mas ... se o Santos suportar bem o assédio, o domínio, o toque catalão e acertar bons contragolpes, Neymar pode decidir com seu talento e ousadia. A defesa santista não é confiável, como também não é o goleiro Valdez.
Há ainda o duelo, no banco, de dois grandes treinadores: Guardiola e Muricy Ramalho, estrategistas. Muricy buscou esconder um pouco o jogo, na primeira partida contra o campeão japonês ( 3 x 1 ): O Santos jogou apenas para o gasto, correu riscos, teve problemas com a marcação dura e a velocidade do time nip?nico, muito bem treinado por Nelsinho Batista, profundo conhecedor do futebol brasileiro. Entendo que Muricy deve entrar com o veterano Leo na lateral esquerda ( é um jogador técnico, de toque, experiente) e vai marcar o time espanhol de forma mais aplicada e diferente do que o fez contra o campeão japonês, muito melhor time que o Al-Sadd,do Catar. No mais, cada jogo é diferente, exige táticas e formas de jogar diferenciadas.
Já Gardiola, malandro, tinha ciência de que o time que goleou nessa quinta (4 x 0) era fraquinho, então fez um treino de luxo: Messi caminhou em campo, o treinador poupou Dani Alves, Xavi, Busquets, Piqué... enfim, procurou camuflar o jogo, como se fosse possível isso; o mundo inteiro sabe como joga o Barça.
De quebra, na partida dessa quinta, a equipe catalã teve a infelicidade de perder o atacante Villas, que fraturou a perna num lance isolado, e o outro atacante, o chileno Alexis, com dores musculares. São desfalques que podem também mudar um pouco o jeito de atacar do Barça, enfim possuidor de um elenco invejável.
Portanto, será um jogão de bola, imprevisível e bom de se ver. Jogo de técnica, invencionices e poucas faltas, assim espero.
Torço pelo Santos, mas o Barcelona é o time que mais gosto de ver jogar há algum tempo. Me encanta. Lembra-me o Santos de Pelé, o Cruzeiro de Tostão, o Flamengo de Zico... Como me encantam as jogadas de Neymar, os passes de Ganso, a perfeição de Xavi (o melhor meia do mundo), as maravilhas de Messi, a bola redonda de Iniesta, algumas jogadas de Dani Alves...
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É briga, é sangue...
Perguntam-me porque não comento os combates do MMA/UFC, que mostram alguns lutadores baianos brilhando na porrada. Explico: Não me agrada ver sangue, violência, mesmo se tratando de um esporte.
Chega de estímulo à brutalidade, à bestialidade.
Não é minha praia também ver homens musculosos se agarrando, cheirando fundos uns dos outros, se esfregando e trocando sopapos, chutes, cotoveladas, joelhadas... Meu est?mago engulha. Aquilo é um espetáculo que nos remete aos gladiadores da Roma antiga, a arena é o octógono e o ‘imperador romano' de hoje é a grana! Não curto nem briga de galo, de cão, de canário ... nem combate de pulgas. Sou de outros agarras.
Quando era pré-adolescente tive um ídolo chamado Waldemar Santana, um negão baiano campeão de luta livre que derrubou os Gracie e quem mais apareceu por aqui com seus golpes de jiu-jitsu e capoeira. Era torcedor do Bahia. Quando caí na roda dos angoleiros coloquei para sempre Pastinha no trono dos ídolos, eterno, pela suas artes e manhas tão rec?ncavas, tão mulatas, tão baianas !
No boxe, admirei a técnica de Éder Jofre (disparado o maior boxeador que o Brasil já teve) e o absoluto Muhamed Ali, o Cassius Marcellus Clay, um gênio, uma espécie de Pelé dos ringues, o maior de todos! Voltando ao octógono, vi uns lances e apreciei a técnica diferenciada de Anderson Silva, ele é o melhor, luta com leveza e inteligência, feito Muhamed Ali, de esquivas ousadas. Não gostaria de vê-lo apanhando.
No mais, prefiro afagos femininos.
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