Depois de chamar a cidade de Toyota de "geladeira" durante a partida entre Kashiwa Reysol e Auckland City, o técnico Muricy Ramalho fez os jogadores santistas sentirem na pele o que enfrentarão no dia 14, na estreia da equipe no Mundial. Colocando o treino para as 19h30 (horário local), a equipe santista se movimentou com uma temperatura que chegou aos 5º C no final de mais de uma hora de exercício.
Após a movimentação, alguns atletas admitiram que foi difícil este primeiro contato com a baixa temperatura. "Está muito frio, está complicado. Não esperava encontrar esse frio, já tinham dito, mas não sabia que era tanto. Mas enfim, a gente vai se adaptar e estar preparado no primeiro jogo que o frio não pode atrapalhar", afirmou o lateral Danilo.
"Nós jogadores temos que nos adaptar o mais rápido possível a tudo e frio tem que se adaptar também. Claro que é difícil, esfria os pés e as mãos, o atrito com a bola é diferente para estar o mais rápido trabalhando", completou o volante Henrique.
Todos os atletas entraram em campo nesta sexta-feira usando luvas e alguns recorreram para o gorro para proteger a cabeça. Um dos que mais sofreu, sem dúvida alguma, foi a estrela principal do time: o atacante Neymar. Último a entrar no gramado, o jogador se movimentava de um lado para o outro e esfregava as mãos para tentar se manter aquecido.
Sempre criativo, ele inovou mais uma vez no visual para se proteger do frio. Se no treino de ontem usou um gorro que apenas deixava de fora o moicano, hoje parecia que estava com uma fantasia ninja, com apenas os olhos e o nariz de fora durante o aquecimento. Após meia hora de movimentação, ele deixou o rosto inteiro à mostra, mas continuou com o gorro e uma espécie de cachecol improvisado em volta do pescoço.