vide
Dupla "infernal" do Vasco, Felipe e Diego Souza, dois craques da bola
Foto: Felipe Oliveira
Na tarde de domingo, Pituaçu cheio, o Vasco da Gama carimbou sua liderança no campeonato, com superioridade em campo e uma torcida dinâmica nas arquibancadas, ganhando de 2 x 0 para o Bahia. Ainda na 14 ª posição na tabela de classificação, domingo o tricolor pega o Figueirense, lá na Ressacada, um jogo muito difícil e fundamental , na luta contra o rebaixamento.
O Vasco foi melhor tecnicamente, taticamente e mostrou em campo um time mais qualificado individualmente também. É um time manhoso, maduro, sem pressa, que soube ocupar os espaços e foi o patrão da bola em campo. Um resultado sem contestação.
O começo da partida foi quente e equilibrado. Aos 6', num erro defensivo de saída de bola, Eder Luis pegou forte da entrada da área, fazendo Lomba trabalhar. O Bahia respondeu na velocidade, Souza tabelando e Dodô arrematando: a bola venceu o goleiro mas raspou a trave, pegou na rede pelo lado de fora. Aos 9', Fabinho arriscou de fora e acertou a bomba no travessão. Era um jogo aberto, bom de ver. Aos 15' o árbitro, atendo o bandeira, anulou um gol de Diego Souza, anotando impedimento. Aos 22', Felipe tabelou pelo meio com Diego Souza e bateu com classe por cima de Lomba, fazendo 1 x 0.
Daí pra frente, só deu Vasco, tocando a bola, cadenciando o jogo, marcando bem, trocando de posição, confundindo o adversário e sem deixar o Bahia jogar, com o veterano Felipe dando aula de bola. O Bahia teve uma chance apenas, aos 36, com Helder pegando de frente mas batendo alto. O Vasco teve o domínio do meio campo todo tempo.
Na segunda etapa, o Vasco valorizou, gastou o tempo e jogou no erro, no desespero do tricolor. Foi ainda do time carioca o controle das ações e as melhores chances. O time baiano tentou na garra, pos em campo Lulinha, Junior e Ávine e partiu pra cima, na tora. Teve uma boa chance aos 38', quando Júnior entrou de cara, após tabelar com Souza, mas o bandeira deu impedimento, erradamente. Aos 45', Júnior, de fora, enfiou a canhota, forte, mas Prass rebateu de susto, sua única defesa importante nessa etapa do jogo. Aos 46', num erro de passe na meia cancha, Diego Souza arrancou e, de cara com Lomba, tocou de bico no canto, matando o jogo: 2 x 0. Justo. A torcida saiu cabisbaixa.
*
No Bahia, Hélder foi o melhor, ao lado de Lomba. Dodô e Titi não decepcionaram. O treinador Joel Santana não foi feliz na escalação de Jones no meio campo e de Reinaldo ao lado de Souza - ambos apagados. O time teve dificuldades na marcação e não encaixou os contragolpes.
Na Vasco, Felipe esbanjou classe, enquanto teve fôlego; Dedé é um zagueiraço; Rômulo pelo meio e Diego Souza e Éder Luis,na frente, infernizaram a defesa baiana. O Vasco é um time muito bem treinado, não é à-toa que é o líder da competição.
**
Série B
E o Vitória se buliu, ta vivo! O time, em campo, criou novas esperanças no torcedor ao vencer na tarde de sábado o Náutico, no Barradão, pelo placar de 3 x 2, graças da dois golaços do menino Marquinhos, que fez a diferença. O público não foi bom mas o sol colaborou, depois de 48 horas seguidas de chuva na capital baiana, enxugou o gramado e a bola rolou sem problemas.
Precisando vencer a todo custo, diante de um adversário desfalcado e precavido, o rubronegro partiu pra cima desde os primeiros minutos e já aos quatro metia uma bola na trave em boa cabeçada de Fábio Santos. Aos poucos o time pernambucano, melhor classificado na tabela, foi acomodando o jogo, se soltando. Então, aos 20', o árbitro marcou pênalti em Fábio Santos ao disputar uma bola pelo alto na área do Náutico: o camisa 9 do Leão não desperdiçou: 1 x 0. Em desvantagem no placar, o Náutico abriu-se e o Vitória encolheu-se explorando o contragolpe, sem resultados.
Na segunda etapa o jogo ficou franco e bom de ver, lá e cá. Aos 6', o rápido e pequeno Rogério, que mal entrara no jogo e já infernizava o lado esquerdo da defesa rubronegra, completou de cabeça um cruzamento e empatou: 1 x 1. O time Timbú parecia mais à vontade, perigando, arisco, mas ... aí apareceu Marquinhos. Aos 14', bola cruzada da esquerda, o marcador vacilou, ele matou no peito, deu uma meia lua no zagueiro e sem deixar a bola cair acertou um belo chute, fazendo 2 x 1. Quatro minutos depois, o mesmo Marquinhos recebeu na entrada da área, levantou a cabeça, viu o goleiro adiantado e deu um tapinha na bola, por cobertura, com classe, fazendo 3 x 1, jogando água gelada na ‘fervura' dos pernambucanos.
O Vitória passou a ter o domínio da bola e do jogo, o adversário sob controle. Aos 43', o artilheiro Kieza, em jogada isolada, venceu o marcador, cruzou rasteiro e Rogério completou, diminuindo: 3 x 2. Mas era tarde para uma reação.
O resultado não podia ser melhor para o Vitória, que diminuiu a distância para o grupo dos quatro primeiros na tabela de classificação. O torcedor sonha agora numa arrancada final, crê mais ainda na possibilidade de voltar à primeira divisão... basta o time vencer os jogos que restam e ir torcendo para o tropeço dos concorrentes diretos - Criciúma, Sport, Náutico, Boa Sport, Americana... A concorrência é por duas vagas, já que a Portuguesa está matematicamente classificada, em primeiro lugar e a Ponte Preta deve ficar com o segundo lugar.
O próximo jogo será no sábado que vem, no interior de Minas Gerais, contra o Boa Esporte, concorrente direto... é tudo ou nada.
**
Secopa
Em função da implosão da velha Fonte Nova, da construção da moderna Arena no mesmo local e com os olhos no tal legado da Copa 2014, investiu-se muito em blábláblá e venderam um peixe graúdo para os baianos, mas parece que na rede só vem pititinga.
A Bahia poderia sediar a abertura, teria jogos da seleção brasileira e abrigaria uma ou duas partidas das semifinais, além de ser destaque na Copa das Confederações (abertura, encerramento etc ).
Gastou-se dinheiro público (por conta da grana da Copa?) em anúncios, campanhas, cargos, viagens, entrevistas, promessas, projetos... mas essa semana a Fifa anunciou tabelas, sedes de jogos e Salvador restou em segundo plano: vai abrigar meia dúzia de jogos meia-boca na Copa 2014 e está na espera de sediar a Copa das Confederações, sem confirmação ainda.
Em função disso, cabem as perguntas: Como fica o investimento na fundamental mobilidade urbana? Vai rolar o tal metrô ligando Aeroporto à Rótula do Abacaxi, via Paralela? O que vai acontecer, de vera, no entorno da Arena Fonte Nova? Quais os projetos, as obras de urbanização confirmadas na cidade? Aeroporto, porto, centro histórico, praias, energia, telecomunicações, segurança pública, serviços ... Agora, que caímos na real, o que de fato vai vingar? Onde vamos investir pra valer, em função do tal ‘legado' pós copa? Que será da modernosa e custosa Arena Fonte Nova, acabada a competição? Diante do exposto, qualé a serventia, de vera, da tal Secopa? Com a palavra agora, sem agá engana-besta, fora de palanque, o governador Wagner e o prefeito João. Aquela dinheirama toda prevista é de verdade? Fala sério !!!
*