Esporte

ARBITRAGEM NO BRASILEIRO BENEFICIA GRANDES CLUBES, POR ZÉJESUSBARRÊTO

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| 16/10/2011 às 12:00
Neymar questiona parbitro Sandro Meira
Foto: GP
No sábado à tarde, no Barradão, com a ‘mãozinha‘ de uma arbitragem pernambucana ‘caseira', o Vitória conseguiu um resultado importante ( 3 x 2 sobre o Goiás) que deixa ainda o torcedor com rasgo de esperança de, quem sabe, uma arrancada para a classificação entre os quatro primeiros e, assim, o time conseguir a tão sonhada imediata volta à Série A, já em 2012. O Vitória está em 7º , a seis pontos do último do grupo dos quatro. Quem sabe dá ?

O rubronegro jogou com um atleta a mais em campo desde os vinte e poucos minutos do primeiro tempo, com a expulsão do zagueiro Marcão, capitão do time verde de Goiânia - que tomou um segundo amarelo numa falta tola ocorrida no meio campo, sem qualquer perigo de gol. O gol de desempate aconteceu já aos 48 minutos (nos acréscimos) da segunda etapa, com Neto Baiano batendo uma penalidade máxima e fazendo o polêmico terceiro rubronegro: lançaram uma bola alta no tumulto da pequena área, os jogadores do Vitória atiraram-se contra os zagueiros (um bolo de jogadores caiu dentro das redes), a pelota bateu na trave e o árbitro viu e apitou pênalti para desespero dos visitantes (‘aos forasteiros, todo o rigor!'), que reclamaram muito da decisão e tiveram mais um atleta expulso.

O Vitória jogou muito mal o primeiro tempo e perdeu por 2 x 1 , mesmo com um jogador a mais. Marcão fez 1 x 0 de cabeça, aos 12'. Aos 16', também de cabeça, Guto quase marca; aos 17', a mesma jogada repetida e Iarley por pouco não aumentou o placar - a zaga rubronegra estava perdendo todas as disputas pelo alto. Aos 20', Nino Paraíba (o melhor do jogo) arrancou e cruzou para Fábio Santos empatar, também de cabeça: 1 x 1 . Logo depois o árbitro mandou Marcão para o chuveiro, facilitando as coisas para o Vitória, mas ... aos 43', bola cruzada pelo alto, Jean disputou com Guto e perdeu na cabeçada : 2 x 1 para o Goiás. Aos 48, o rápido zagueiro Douglas deu um drible de várzea no fraco becão Jean e, de cara, perdeu o terceiro: mataria o jogo.

Na segunda etapa o Vitória partiu pra cima, até por obrigação e exigência das arquibancadas, mas sem muita criatividade, dando chutões e evantando bolas, no desespero, sem muita organização, sem ao menos tirar proveito da vantagem numérica em campo. A torcida vaiava. O empate veio aos 22' após nova boa arrancada de Nino pela direita, que bateu cruzado e forte, por baixo e Xuxa completou para as redes: 2 x 2. Tome-lhe sufoco! Aí então, já aos 48', depois de marcações de faltas sem critérios, impedimentos mal assinalados ... o árbitro Cláudio Mercante foi decisivo em favor do time baiano, com o tal pênalti antes do apito final: a torcida, em pequeno número, agradeceu.

O Vitória , ainda com chances matemáticas, agora encara a líder Lusa, a Portuguesa, a essa altura já classificada com sobras para a Série A, de paroano, (a Ponte Preta, também paulista, já está praticamente classificada também). O jogo é em São Paulo.
Restam duas vagas e a briga por elas será medonha até a última rodada. O Vitória se quiser disputar uma vaga, de vera, vai ter de jogar muito, mas muuuito mais bola do que aquela de gude que mostrou no sábado , no Barradão, o torcedor em desespero.

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Por falar em arbitragens, o que vem acontecendo na Série A de favorecimento aos grandes, os de maior torcida e de mais poderio financeiro ... é uma vergonha ! O Flamengo, sobretudo, vem sendo constantemente agraciado com arbitragens ‘malandras', que tudo permitem aos rubronegros cariocas em campo, e também ao ‘nervosinho' treinador Luxemburgo na beira da pista. Querem ganhar os jogos no grito, na pressão, querem ganhar o título na tora. É assim também um pouco com o Corínthians do amiguinho do ‘capo' Teixeira...

Já os times menores, mais ainda os nordestinos, sofrem com o rigor acima do normal, provam do pão que o diabo amassou em campo, com cartões e expulsões injustos, faltas e penalidades absurdas, além da coerção em cima dos atletas... uma calamidade. A ‘grande imprensa', flamengueira e corintiana fecha os olhos, nada vê, nada ouve, nada fala. Ronaldinho Gaúcho parece uma ‘lady', intocável.

Outro dia o zagueiro do mengão, um brutamontes, deu um soco sem bola num atacante adversário, em close para as câmaras, mas cadê punição? Cadê o tribunal? Imagina se é um defensor do Bahia, do Ceará... a cena iria como prova aos tribunais e o atleta seria punido com suspensão rigorosa, já vimos isso acontecer.

Mas ah... era o Flamengo, eles podem tudo, pra eles a impunidade! Muitos jogos têm sido decididos no apito, literalmente. É só observar. Quem tem poderes lá na CBF, no Rio, em SP interfere, consegue favores, escala árbitros favoritos, veta nomes, f
az pressão, há recomendações...

Também... alguém sabe o nome do diretor do departamento de arbitragens da CBF, o cara que escala e orienta os árbitros ? hum ? O que dizem dele nos bastidores... não dá para escrever.

É assim, com arbitragens infames e safadinhas que estamos nos preparando para a Copa do Mundo 2014, a Copa do ‘capo' Ricardão.

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Quer saber mais? Fora das quatro linhas o futebol é uma sujeira. Essa semana um atleta do Palmeiras foi agredido na porta da loja do clube por um grupo de marginais (de torcida uniformizada) e os diretores do clube se posicionaram do lado dos agressores ! E o bate-boca diante das câmaras dos presidentes do São Paulo e do Corínthians , viram o nível? E Orlando, o Ministro dos Esportes, hum ? Diz ele que ‘nunca' recebeu propina! Acredito! Baianíssimo, o danado!

As vezes sinto nojo, argh! O futebol virou ‘busine$$', mercado. O jogo de bola não merece. A bola é maior do que eles.

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O filme ‘Bahêa Minha Vida', em cartaz, é muito mais que um documentário sobre o time do Bahia, é um filme sobre a paixão pela bola, pelo futebol, a loucura que enfeitiça o torcedor. Claro que o azul, vermelho e branco é o pano de fundo na telona. Emocionante, de verdade. Um programa pra quem gosta de bola, independente de se torcer ou não pelo Bahêa. De vera.

Só tenho um reparo a fazer, como amante da bola e do tricolor: senti falta de um pouco de Roberto Rebouças, o grande capitão, ídolo, símbolo de pura raça, um dos maiores zagueiros que vi jogar em minha vida (olha que fui à Fonte Nova pela primeira vez em 1954).

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No mais... Ser Bahia é sofrer sem abalos a perda de uma Copa do Mundo; mas penar de doer a alma, como a ida um ente amado, ante a mísera derrota num BaVi qualquer