Esporte

BAHIA ENTRA VOANDO E JOGA COMO UM TIME GRANDE, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 18/09/2011 às 18:47
Morre Marito, um dos maiores íodolos da história do Bahia
Foto: REP
Ufa! Enfim uma boa partida e uma grande vitória do Tricolor em Pituaçu, diante de sua torcida - 3 x 0 em cima do Fluminense carioca. As arquibancadas a meio pau, o torcedor meio ressabiado, o Flu vinha de quatro resultados positivos, mas o time armado por Joel Santana entrou voando, jogou como time grande e saiu da zona de perigo, deixando o torcedor com gostinho de quero mais, a acreditar que é possível pensar grande, mais um pouco do que simplesmente fugir do rebaixamento.

A um minuto Souza já arriscou de fora provocando uma bela defesa do goleiro Cavalieri. Aos 4, 7 e 26 minutos o Bahia chegou perto com Souza , de cabeça, Jones e Dodô. Aos 27', Marcos fez uma boa arrancada pela direita, cortou o zagueiro e arrematou forte, o goleiro deu rebote e Souza fez 1 x 0. Aos 37' Jones quase faz o segundo. O Flu perdia o meio campo e não chegou a assustar o goleiro Lomba.

Na segunda etapa, com algumas substituições, o Flu foi pra cima, mas permitiu o contragolpe. Aos 13, Marcos arrancou, cruzou forte e o zagueiro Gun, ao tentar cortar, desviou para as redes: 2 x 0. O Flu tentava a penetração mas a defesa do Bahia suportou bem. Aos 25' Lulinha foi lançado em profundidade, cortou o zagueiro Gum e foi derrubado na área: pênalti. Souza cobrou bem e matou o jogo: 3 x 0. Gum foi expulso e o Bahia tratou de acomodar o jogo, esperando o desespero e o erro dos cariocas, mostrando maturidade.

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Destaques: Souza, com certeza, fez seu melhor jogo com a camisa do Bahia; Marcos arrebentou pela direita e o garoto Dodô fez o torcedor esquecer de Ávine; outra atuação soberba foi do meia Helder, que há muito estava afastado do time titular - marcando, tocando, distribuindo bem a bola. Destaque maior, entretanto, para Joel Santana, que deu um nó cego em Abel Braga - O Bahia teve o domínio tático do jogo, mandou em campo, com o esquema armado pelo manhoso Joel.

No Flu, destaque negativo para Gum, infeliz no gol contra, fez o pênalti que resultou no terceiro gol do Bahia e foi expulso. Condenável a atitude de Edinho que entrou de sola, deslealmente, no joelho de Lulinha, por pouco não causando uma séria contusão no garoto: e o árbitro nem deu cartão amarelo!

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O Bahia pega, no meio da semana, o Atlético do Paraná, em Pituaçu. Caso vença... pega embalo!

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Marito

Morreu na madrugada de domingo o baixinho Marito, um dos maiores ídolos da história do Bahia, titular absoluto do time na conquista do título de Primeiro Campeão Brasileiro de Futebol, em 1959. O lourinho Marito era um ponteiro ( revezava-se com o crioulinho Biriba na direita e na esquerda) veloz, raçudo, driblador, ambidestro, bom chutador, inteligente, técnico e taticamente fundamental à equipe. Sem dúvida, um dos melhores, senão o melhor de todos os ponteiros que vestiram a camisa tricolor. Um mito, uma lenda. Quem teve o privilégio de vê-lo jogar jamais vai esquecer de seu belo e eficiente futebol.

Marito começou no Ipiranga, no início dos anos 1950, mas já na primeira metade da década transferiu-se para o Bahia, onde atuou até encerrar a carreira. Conquistou todos os títulos possíveis: vários campeonatos baianos, campeonatos do Norte e Nordeste, disputou a Libertadores de América, excursionou pela Europa e foi campeão da 1ª Taça Brasil diante do grande Santos de Pelé e companhia, sempre titular, sempre destaque, fundamental.

Marito é um ícone, símbolo de uma era de glória tricolor, página de destaque na história do clube. Para sempre.

Ave Marito ! Somos eternamente agradecidos por todos os momentos de alegria e emoção que nos proporcionou em campo vestindo o manto sagrado. Sua imagem estará eternamente na galeria dos maiores craques nascidos na Bahia e que vimos jogar. Inesquecível! Que Deus o tenha. Amém.

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Segundona

O Vitória empatou, sábado à tarde, com o ABC de Natal, no Frasqueirão, e patina na tabela de classificação a cinco pontos do grupo dos quatro melhores, a turma que almeja voltar para a Série A no ano de que vem. A equipe não embalou ainda, precisa de uma boa sequência de vitórias convincentes para que o torcedor acredite que sobe, que vai atropelar os concorrentes diretos.

Agora, no final dessa semana, torna a jogar fora de casa, contra o Sport do Recife, na Ilha do Retiro, um duelo de ‘leões', de dois rubronegros que se equivalem e disputam a unha e dentes uma vaga no pelotão da frente. Entendemos que o vencedor desse confronto dará um passo largo adiante e pode arrancar para uma classificação final. O derrotado, com certeza, se distanciará mais ainda do sonho da Primeirona em 2012. É jogo duro, briga de ‘leão'!

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A partida no Rio Grande do Norte foi muito equilibrada e o resultado de empate terminou sendo melhor para o Vitória, time visitante que teve o experiente armador Zé Luis expulso aos 25 minutos do segundo tempo, após fazer falta e receber o segundo cartão amarelo. Mesmo com um atleta a menos, o rubronegro baiano encarou o ABC de igual pra igual até o último minuto, um consolo.

O primeiro tempo do jogo foi de muita marcação e poucas chances de gol. Todos na cautela. Na segunda etapa a partida ficou mais aberta, com os times mais soltos em campo, tentando o gol em contragolpes rápidos, com chutes de fora da área e boas penetrações... até aconteceram bola na trave, boas defesas dos goleiros, gols perdidos e um pouco de emoção. Mas o torcedor presente cobrou muito mais, queria gols, mais volúpia.

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No Vitória, o melhor em campo foi Giovane, mais uma vez, acompanhado de Preto e do veloz Nino Paraíba, que perdeu uma chance de ouro, de cara com o goleiro. No ABC o lateral Pio e atacante Geílson fizeram um bom jogo. Os artilheiros Neto Baiano e Marquinhos, bem marcados, estavam em tarde pouco inspirada.

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Língua do Povo

Tá, só se fala em Copa do Mundo, muita conversa jogada fora, até inauguraram com berimbau e baiana ‘de mentira' um relógio na boca do dique do Tororó para ir marcando os menos de mil dias que restam para a abertura do evento, mas... afora máquinas e operários mexendo terra lá no espaço da tal ‘arena' Fonte Nova, o quê de ‘mermo' tá acontecendo?

A palavra enganação do momento chama-se ‘legado': - Porque o importante é o tal legado que a Copa vai trazer, porque o legado, o legado e o legado ... (haja 171!)
Pois, ... olhando bem o descalabro em nossa empobrecida e vilipendiada cidade, a gente pergunta, de vera: ‘de qual legado é esse assim que o sinhô fala?'