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"Galo" soberano no jogo em que Bahia não conseguiu reagir
Foto: Diário de Minas
Mostrando um futebol medíocre, sem fibra, frouxo na marcação pelo meio campo e inoperante na frente, o Bahia levou 2 x 0 do Atlético Mineiro na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas e entrou pra valer, vai passar toda a semana na zona do rebaixamento, com apenas 24 pontos ganhos.
Para se ter uma idéia da bolinha de gude que o tricolor baiano jogou no interior mineiro, o primeiro chute a gol da equipe foi dado aos 26 minutos, de longe e alto, executado pelo lateral Marcos. E só. Na segunda etapa, apenas uma chance de gol foi criada, aos 33 minutos: uma cabeçada de Jones na trave após bom cruzamento de Marcos. Nada mais.
Enfim, o Bahia foi um time sem ambição, sem vontade. Isso deixou o torcedor arrepiado, de orelha em pé... com a assombração da possível volta para a segundona... de novo?
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O jogo foi ruim, na primeira etapa, e um lance ocorrido já aos 48 minutos - quando o tempo de acréscimo estipulado pelo árbitro, de dois minutos, já se esgotara - definiu a partida : um escanteio pelo alto, o atacante atirou-se na área e o árbitro Wilson Seneme (Fifa-SP) viu pênalti; segundo ele, o zagueiro Paulo Miranda teria puxado o atleta mineiro pela camisa, mas as imagens de tevê não mostraram isso e sim uma encenação; aconteceu que na queda do atacante a bola resvalou e bateu no braço de Paulo Miranda, só. Mas Seneme apitou penalidade (o jogo já terminado) e , por cima,
expulsou Paulo Miranda de campo, aplicando-lhe o segundo cartão amarelo.
O Atlético marcou o gol (Magno Alves bateu bem) e voltou para a segunda etapa com
um atleta a mais em campo. Isso foi decisivo, claro.
O treinador Joel Santana entrou com o zagueiro Dany Moraes no lugar do atacante Júnior (que tinha
um cartão amarelo); depois substituiu Ricardinho por Maranhão e o apagado
Reinaldo por Jones Carioca.
Mas foi o Atlético que fez gol; o veterano Magno Alves recebeu bola longa, a zaga parou, e o atacante bateu cruzado, forte, rasteiro: 2 x 0. O time mineiro poderia ter feito mais, não fosse a boa atuação
do goleiro Tiago, com boas e difíceis defesas. Quanto ao Bahia, se no primeiro tempo, com onze em campo, nada fez ... o que se poderia esperar na segunda etapa com um a menos em campo? O goleiro do Atlético quase não pegou na bola o jogo inteiro.
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Destaques:
O goleiro Tiago mostrou serviço, boas defesas; Marcos, mesmo improvisado na lateral esquerda, foi o melhor; Titi e Jahel esforçados como sempre. Ridículas foram as atuações de Carlos Alberto, Reinaldo,
Marcone, Ricardinho e Jancarlos ... nessa ordem. Jogadores sem pernas, sem pegada, perdidos em campo, comprometendo a equipe. No Atlético, o meia Daniel Carvalho e o baiano Magno Alves ‘mataram a pau'.
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O próximo jogo do tricolor é domingo, contra o Fluminense do Rio, que vem crescendo de produção,
vem jogando bem, tem bons jogadores e não perdeu ainda no returno. A partida é
em Pituaçu. O treinador Joel, enfim, terá sete dias para treinar e arrumar o
time, sobretudo o meio campo, que atuou muito mal contra o Grêmio, no meio da
semana, e contra o Atlético, nesse domingo. Será que o Joel natalino, com toda a
sua vivência e manha, faz milagres?
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O Vitória, pela segundona, joga na terça-feira, no Barradão, contra o lanterna Duque de Caxias, um timeco.
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