Esporte

TIMES BAIANOS NÃO METEM MEDO NEM JOGANDO EM CASA, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 10/09/2011 às 11:45
O melhor do jogo entre Vitória x Guarani foi o esguinho d'água
Foto: GP
Como tem se apequenado o futebol baiano! Em campo e fora dele. Os adversários não nos respeitam, jogam no Barradão e em Pituaçu como se estivessem em casa, os árbitros nos garfam descaradamente a cada rodada e não temos força na CBF, no departamento de arbitragens para exigir correção, consideração. Nada.

Vendo pela tevê, na sexta à noite, o Vitória enfrentar o fraquíssimo time do Guarani, na Arena Fonte Luminosa de Araraquara, senti vergonha. Primeiro pelo belíssimo e moderno estádio de lá, o gramado perfeito... mas as arquibancadas às moscas. Aqui, enchemos Pituaçu - um estádio quebra-galho, bonitinho, boa grama, mas pequeno para a grandeza da torcida tricolor - e o Barradão - meia-boca,
também inferior ao merecimento da torcida rubronegra.

E fiquei envergonhado também com a postura de time pequeno do Vitória durante a partida: encolhido, se defendendo, amedrontado.

Eta joguinho ruim! Um ganha e perde no meio campo, correria e esquemas defensivos predominando. Só. A única coisa atrativa foi o esguicho das fontes de irrigação do gramado, em pleno jogo, por quatro minutos, forçando a paralisação da partida até que desligassem o sistema. Quase nenhum chute a gol, nem de um lado nem do outro.

Na segunda etapa o Vitória, diante da fragilidade e inoperância do bugre campineiro, foi pra cima e teve mais o domínio da bola e do jogo, mas ... cadê acertar o gol? Marquinho meteu uma na
trave, Neto Baiano perdeu duas boas chances e ... 0 x 0.

Depois de um jogo como aquele não dá pra acreditar que o Vitória chegue entre os quatro primeiros
e se classifique, não dá. Mostrou um futebolzinho acanhado, opaco, segundona!

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Terça próxima, no Barradão, o rubronegro pega o lanterna Duque de Caxias, que não ganha de ninguém. É hora de ‘lavar a égua', como se dizia nos antigamentes. Será?

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Já o Bahia... continua flertando com a zona do rebaixamento há rodadas seguidas. Na boca da noite deste domingo enfrenta o também ‘à perigo' Atlético Mineiro, lá em Sete Lagoas, interior das
Minas Gerais, campo bonito, gramado linheiro, bom de se jogar. Espera-se que o time volte de lá com um bom resultado ou ... despenca. Afinal, o time vem pregando ‘falsetas' no seu torcedor quando atua em Pituaçu, só vence fora de casa.
 
Estranhíssima essa volta do Baêa à primeirona. Uma instabilidade sem conta. Uma bolinha turva, pisca ali, apaga cá.
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Na quinta à noite, contra o Grêmio de Porto Alegre, por exemplo, a equipe entrou em campo de pé
mole, sem dividir as bolas, ainda no gozo do triunfo contra o Flamengo, certamente. Resultado: levou um baile do time gaúcho no primeiro tempo e o placar só foi 2 x 0 porque o goleiro Tiago, enfim, mostrou serviço com defesas arrojadas; e o Grêmio ainda perdeu uma penalidade máxima (Douglas) inventada pelo fraquíssimo árbitro carioca Felipe Gomes da Silva.
 
No intervalo, o veterano estreante treinador Joel Santana, do alto de sua sapiência no mundo da bola,
declarou: ‘Jogamos muito mal, tomamos passeio'.

De fato. Com um meio campo forte fisicamente e técnico (Fernando, campeão do mundo sub-20, Douglas, Rochemback, Escudero e Marquinhos) que rodava, apertava a saída de bola para
forçar o erro dos defensores adversários, que tocava a bola e trocava de posições, o tricolor baiano não viu bola.
 
Os gaúchos marcaram dois gols em belas jogadas de troca de passes, dribles e cruzamentos da linha de fundo ( Brandão, de cabeça, e Escudero, pegando uma sobra, de primeira). Na segunda etapa, depois dos berros de Joel nos vestiários, a equipe baiana adiantou e encurtou a marcação e lançou-se ao ataque, enquanto o Grêmio se defendia e tentava amansar a partida. O tricolor da casa fez um gol de pênalti (também arrumado pelo árbitro e convertido por Souza) e só não empatou o jogo por conta de duas ou três ótimas defesas do goleirão Vitor (da seleção), uma delas aos 41', milagrosa, numa cabeçada a queima-roupa de Jones.

Há um troço esquisito em Pituaçu: o time joga como se não fosse sua casa, muito diferente do que
acontecia na velha, saudosa Fonte Nova. A torcida embala mas o time não pega, perde gols e jogos bobos, a estrela não alumia. Os mistérios da bola! O ‘sobrenatural de Almeida', como dizia Nelson Rodrigues. Pois que tratem de fazer um despacho, bater umas folhas por lá, senão ... o time volta pra Segundona.Cruz credo!
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Será que com a Arena Fonte Nova voltamos a jogar bola e ter respeito no cenário nacional? Pago e aposto pra ver.