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Veterano Edmilson marcou o terceiro gol do Ceará contra o Bahia
Foto: Ag Lance
Na virada para o returno, bem na metade da competição, o Bahia tropeçou em Fortaleza, levou 3 x 0 do ‘vovô' Ceará, e periga, na beira do precipício, cair para a zona de rebaixamento, em 16º lugar. Ou esse Baêa toma uma tenência e faz um segundo turno melhor, ganhando seus jogo em casa e pontuando fora, ou ... volta pra segundona, que Deus livre e guarde.
O Presidente Vargas cheio, sol forte, um placar elástico demais para o que se viu em campo, mas o enredo da partida já é rotineiro. O Ceará entrou em cima,pressionando, dono da bola, fez um gol aos 16 minutos (Thiago Humberto impedidaço!, no meio da zaga) e o tricolor baiano só começou a jogar depois dos 30'. Aí, mais uma vez Lulinha, Jones, Júnior mostraram incompetência nas finalizações e o goleiro Diego começou a aparecer com boas defesas.
No segundo tempo o Bahia marcou mais à frente, pressionou desde o início, mas... Aos 10' Lulinha perdeu, de cara; aos 11', Junior, de frente, chutou mal; aos 26' Lulinha entrou em velocidade mas errou o alvo; aos 31 o goleirão Diego fez dois milagres num mesmo lance, defendendo um chute a queima-roupa de Jones e, no rebote, a cabeçada de Júnior. Só dava o Bahia em campo.
O ‘vovô' encolhido, só esperando o tricolor se abrir para encaixar o contragolpe fatal, em velocidade. Aos 35', depois de substituições equivocadas do treinador Renê, despovoando a marcação no meio campo, aconteceu: Osvaldo arrancou do meio campo, levou como quis a marcação de Fabinho e Titi, e deixou Felipe Azevêdo de cara, livre - 2 x 0. Cacetada na cabeça, cobra morta.
Aos 36, o veterano Nicácio ainda bateu de fora e acertou o pé da trave; aos 46, falta na entrada da área, barreira mal feita, goleiro Tiago (olhe ele, de novo!) ficou olhando a bola colocada por Edmílson: 3 x 0.
Quem, não faz, toma; quem não tem competência não se estabelece. Assim diz o povo.
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Destaques: - No Bahia, salvaram-se Lulinha e Jones pela luta, velocidade, tentativas... mas o que perderam de gols ...
Ávine, Fahel e Carlos Alberto fizeram muita falta. O lateral não tem substituto, Fabinho marca mal, é lento e não amarra a chuteira de Fahel; sem Carlos Alberto ... ele em campo faz a diferença técnica.
No time cearensae, ótima atuação do centroavante Nicácio (baiano), técnico e inteligente; do veloz Osvaldo e do goleiro Diego, que foi fundamental com defesas inspiradas no momento mais difícil do jogo.
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Sob o sinal vermelho aceso, o tricolor começa o returno na beira da zona e jogando em Pituaçu, na quinta-feira, contra o América de Minas, um dos times da rabeira ! Se der moleza, engrossa.
O time de Renê Simões terá a volta de Fahel e Carlos Alberto. O goleirão Lomba pode ser desfalque, saiu machucado na coxa: atenção, pois o reserva Tiago é fraco, a torcida não engole ele, falhou no terceiro gol de falta, plantadão, sem reflexos. O zagueiro Titi, capitão do time, levou o terceiro amarelo e está fora. Será difícil também a volta de Ávine, que tem atuado com joelho e coxa machucados, no sacrifício. Até quando agüenta?
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A coisa tá feia! Renê Simões não consegue vitórias, substitui mal e está na hora de uma sacudidela geral. O elenco é limitado e não tem reservas à altura dos titulares. Daqui pra frente o sjogos se tornam cada vez mais complicados, mais difíceis.
Levar três do Vovô é vergonhoso para a história do Baêa.
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Sàbado no Barradão
Num certame renhido como a Segundona, o importante mesmo são os três pontos ganhos, claro. Por isso, certamente, o torcedor do Vitória não saiu do estádio tão acabrunhado. Afinal, o pálido 1 x 0 conseguido contra o Asa de Arapiraca, na ‘toca', em casa, sustenta acesa a chama da esperança de uma arrancada no returno da competição e, quem sabe, mais adiante conseguir estar entre os quatro primeiros da tabela de classificação, objetivo maior dos rubronegros baianos.
Tudo bem, mas foi duro de ver o jogo de sábado, no Barradão. Vi muito torcedor sair de lá cabreiro, de olhar atravessado, pelo que viu em campo. O time treinado por Wagner Benazzi jogou 20 minutos, apenas, até o gol único de Neto Baiano: Uéliton lançou da defesa uma bola alongada no meio da zaga adversária para Neto Baiano, que venceu na corrida e tocou ppelo alto diante da saída do goleiro. Simples, bonito e perfeito. Mas foi sò.
Daí por diante o rubronegro se encolheu, se apequenou em campo e o Asa apossou-se da bola, perigou aqui e ali, mas não teve competência para penetrar e finalizar. O Vitória defendeu-se, marcou, e vez em quando tentou uma outra bola longa para Neto ou Marquinhos, bem marcados. A segunda etapa foi feia de se ver. Trombadas, perde e ganha, chutões pra todo lado e passes errados. Nenhuma sequência de jogada e, até os 36 minutos, nem um chute a gol, de parte a parte. E o árbitro ainda deu cinco minutos de acréscimo ao baba.
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Como destaques, a boa volta de Álison na zaga, Marquinhos buliçoso, o belo gol de Neto. No Asa, o meia Raul, camisa 10, bate bem na bola.
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Não entendo os jogadores do Vitória tendo de rasgar nos dentes os saquinhos plásticos para beber um pouco de água na beira do campo; depois atiçam o saquinho no gramado. Água torneiral, é certo. Mas ... pega mal. Parece várzea. Cadê as garrafas, reaproveitáveis?
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Já pela primeira rodada do returno, o Vitória enfrenta o Vila Nova de Goiás, no Serra Dourada, na noite de terça-feira.
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Prestem atenção na bola redonda que vêm jogando os baianos Élkeson, pelo Botafogo, e Bida pelo Atlético de Goiás. Futebol de primeira. Jogar fora lhes fez bem, já que em casa não eram bem considerados por grande parte da torcida e da mídia especializada. As vezes somos severos demais com as crias da casa.
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Eu insisto, não posso compreender como e por quê não se apronta e entrega já ao torcedor e cidadão a tal passarela sobre as duas pistas da Paralela, ligando o CAB (estacionamentos) ao estádio Roberto Santos (Pituaçu). A travessia das pessoas pelo asfalto é um risco, uma falta de respeito.
Deus meu, são necessários quantos anos para se fazer uma passarela ? E ainda querem que eu creia em metrô Aeroporto/Iguatemi/Abacaxi pra 2014. Aooonde?!?