As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. O São Paulo vai até Florianópolis enfrentar o Avaí, time que o eliminou nas quartas de final da Copa do Brasil. Já o Bahia buscará a reabilitação dentro de casa contra o Atlético-GO.
Pressionado pelo fato de ter decepcionado em suas duas últimas apresentações no estádio do Morumbi, o São Paulo entrou em campo com uma baixa de última hora: Luiz Eduardo, que sofreu uma pancada na mão esquerda no último treino, teve uma fratura diagnosticada no local e foi vetado. Sem alternativa, o técnico Adilson Batista improvisou o volante Rodrigo Caio na posição. No restante, o treinador manteve a base dos últimos jogos, com três volantes, Rivaldo como articulador e dois homens de velocidade na frente. No Bahia, Renê Simões usou a mesma fórmula, com três volantes no meio e o ex-corintiano Lulinha como organizador.
Quando a bola rolou, o São Paulo tomou a iniciativa da partida. Em 12 minutos, chegou três vezes com perigo, com Lucas em dois lances e Dagoberto. Aos 16, tensão no Morumbi: o improvisado Rodrigo Caio sentiu uma lesão no joelho esquerdo e caiu no gramado. Após ser medicado duas vezes, o camisa 36, no sacrifício, continuou. Se ele saísse, a alternativa seria colocar Jean na lateral e colocar Piris na zaga.
A partir dos 20 minutos, o jogo caiu de rendimento. Muito por culpa do São Paulo, que sofria com a pouca inspiração do meio-campo e a falta de uma referência no ataque. Rivaldo, muito bem marcado, pouco aparecia em campo. Aos 24, Jobson quase fez em chute de pé direito dentro da área. Quatro minutos depois, o Tricolor abriu o marcador. Em cobrança de falta da entrada da área de Rogério Ceni, o zagueiro Titi afastou a bola com o braço direito. Pênalti bem marcado pelo juiz Márcio Chagas da Silva que foi executado com perfeição pelo capitão e camisa 1 do time do Morumbi: 1 a 0 e alívio nas arquibancadas.
A desvantagem não fez o Bahia mudar sua postura cautelosa. E o São Paulo, mais à vontade em campo, contou com um lance de gênio de Dagoberto para marcar seu segundo gol. Aos 44, o camisa 25 roubou a bola de Ávine no meio-campo, avançou livre pelo lado direito e, cara a cara com Marcelo Lomba, bateu por cobertura. Um golaço.
Insatisfeito com o desempenho da equipe, Renê Simões mexeu no Bahia no intervalo, sacando o volante Diones e colocando o veterano meia Ricardinho. O time melhorou sensivelmente e, nos primeiros cinco minutos, fez o que não havia feito até então na partida. Com velocidade, troca de posições, o time assustou em dois lances a meta de Rogério Ceni. Mas toda a estratégia do treinador foi por água abaixo quando Titi perdeu a bola para Lucas na intermediária. O camisa 7 foi livre até a área e bateu no canto direito de Marcelo Lomba: 3 a 0.
Jogo definido no Morumbi? Longe disso. Aos 11, Piris, que já tinha cartão amarelo, foi expulso após fazer falta em Jobson na entrada da área. Adilson então mexeu, sacando Rivaldo e colocando Ilsinho. Lulinha, de cabeça, exigiu grande defesa de Rogério Ceni. Aos 24, o goleiro voltou a trabalhar muito bem, desta vez em chute de Jobson. Renê Simões deu ainda mais força ofensiva com a entrada de Junior. O São Paulo, acuado em campo, valorizava ao máximo a posse de bola e só foi assustar novamente o gol de Marcelo Lomba aos 31, com Dagoberto. Na sequência, o camisa 25 deixou o campo para a entrada de Fernandinho.
Depois, foi esperar o tempo passar e comemorar a reabilitação. Nos descontos, Rogério Ceni foi fazer graça e, ao tentar driblar Júnior fora da área, o atacante roubou a bola e bateu para o gol. Rhodolfo, de cabeça, salvou o gol em cima da linha. Foi o último lance de perigo da partida.