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Bahia fez 1x0 no Vasco e depois ficou acuado sem time para reagir
Foto: LACE
Fim de semana decisivo, sim, para nossas equipes que disputam as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Precisam vencer, ou ... vai se instalar a tal crise, treinador pode cair e o próprio time cairá em desgraça diante de sua torcida. Assim é o futebol. Então ...
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Vitória
Pela Série B, o Vitória já de volta ao Barradão, sua ‘toca do Leão', encara no sábado o Boa Esporte (ex-Ituiutaba) , time do interior das Minas Gerais que não é nenhum bicho-papão. É uma boa chance de o rubronegro se recuperar da porrada que levou na terça-feira à noite do Náutico, lá nos Aflitos, onde o bicho pega. O time , ainda treinado pelo interino Ricardo Silva, não encontrou um jeito de jogar nessa segunda divisão, onde o jogo é mais brigado do que tocado. A defesa bate cabeça, o meio campo não encaixa e o ataque não acerta o gol adversário. Isso acontece com times armados de última hora, que buscam entrosamento dentro da competição que disputam.
Haverá modificação na defesa, já que o ‘xerifão' Maurício foi expulso contra o náutico e está suspenso; na meia cancha, porque o frente de zaga Mancha machucou-se com alguma seriedade no braço; e também no ataque, com a possível ausência do artilheiro Neto Baiano. Muito pepino para Ricardo Silva descascar.
A torcida não quer nem saber: vai gritar, exigir, vaiar, cobrar. O torcedor do Vitória sonha com o título da segundona, vai se contentar com a possível classificação, arrancará os cabelos se continuar na segundona e partirá para ‘loucuras' se o time cair na zona de rebaixamento. Impensável para o coração rubronegro.
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Bahia
A tensão não é diferente do lado tricolor. O time há seis jogos não sente o gostinho de um triunfo sequer. Pior: ainda não venceu uma só partida em Pituaçu, sua suposta casa, diante de sua devotada torcida, que já está mais do que impaciente. Então, domingo, no começo da noite, em Pituaço, contra o Figueirense, que também não assusta ninguém... é vencer ou vencer ... e convencer o torcedor.
O time, na noite de quinta, empatou com o Vasco, em São Januário ( 1 x 1 ). Um resultado que poderia ser considerado normal, não fossem as circunstâncias do jogo: O tricolor surpreendeu, saiu na frente do placar logo aos 4 minutos da partida, num contragolpe bem articulado por Lulinha, uma ótima jogada do lateral Ávine, a participação de Souza fazendo o pivô e a conclusão de Reinaldo. Um belo gol, trabalho de equipe.
Mas, a partir daí, cadê Baêa? O time ficou acuado, o Vasco alugou o meio campo e martelou, finalizou 19 vezes contra o gol do Bahia (contra apenas três finalizações do time baiano) e só não marcou em função da falta de pontaria (ou de sorte) de seus atacantes e das ótimas atuações do goleiro Lomba e dos zagueiros Tite e Paulo Miranda.
O tricolor voltou até um pouco melhor na segunda etapa, armou alguns bons contra-ataques (sempre com Ávine puxando pela esquerda), tocou um pouco mais a bola, suportou bem o assédio vascaíno, mas levou um gol estranho aos 49 minutos, no último lance do jogo: numa bola levantada para a pequena área tricolor, já no desespero, dois jogadores do Vasco foram de encontro ao goleiro Lomba, claramente deslocando-o no ar e permitindo assim duas cabeçadas na bola até as redes. Os jogadores e o treinador Renê Simões chiaram muito do árbitro, mas ... o empate terminou fazendo justiça ao maior volume de jogo do time carioca no decorrer de toda a partida.
Vale a pena louvar o desempenho de Lomba, de Paulo Miranda, Tite, do lateral Ávine ( alô torcedor! Ávine não merece vaias, só incentivos), de Marcone e Helder marcando e da mobilidade de Reinaldo. Em compensação, Marcos continua com medo da bola, Lulinha sempre sumido e Souza... anda mesmo de mal com a pelota.
Assim, não tem mais desculpas, a torcida não vai perdoar mais um empate em Pituaçu, a cabeça do treinador está na boca da caçapa. O time deve ter o retorno de Fahel, Carlos Alberto e Jobson, que fazem falta.
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O jogaço!
Sim, amigos: o bom, belo e ofensivo futebol brasileiro ainda vive. Eu o vi em campo na noite de quarta-feira, na Vila Belmiro, no jogo Santos 4 x 5 Flamengo. Sim, amigos: 5 x 4, placar de baba. Mas o jogo me fez recordar os grandes clássicos dos anos 1960 entre o Santos de Pelé, Pepe, Coutinho, Zito... contra o Botafogo de Garrincha, Didi, Nilton Santos ... no Maracanã extasiado; ou do próprio Santos, um pouco mais adiante mas ainda com Pelé, contra o Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes, Piazza... Eram partidas admiráveis, inesquecíveis, com gols em abundância e jogadas de arrepiar o torcedor.
No Santos x Flamengo dessa semana, o time da Vila já enfiava 3 x 0 nos cariocas aos 25 minutos, mas o Mengo foi buscar. O Santos fez 4 x 3 e o Flamengo virou, na raça, na bola. Neymar fez jogadas de Pelé, como o passe para Borges, deitado e de costas, e o golaço em que, depois de uma arrancada, deu um drible em Angelim deixando-o estático. Fantástico.
Do outro lado, Ronaldinho Gaúcho retribuiu também com gols (a malandragem daquele gol de falta, hein!), dribles, passes precisos e, sem dúvida, fez a sua melhor atuação com a camisa do Flamengo. Está fininho, leve e atuando na frente, como um ponta-de-lança antigo. Se continuar jogando o que mostrou na Vila será titular com a camisa canarinho na Copa de 2014.
Flamengo x Santos, 5 x 4, foi um jogo inesquecível, um belo espetáculo. Como nos velhos e bons tempos do futebol brasileiro, tempos de Pelé, Garrincha, Tostão ... que ficaram para sempre na memória de quem ama a bola redonda.