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Leandro Damião: valente, goleador, jovem e fora da seleção de Mano
Foto: DIV
A convocação de Mano Menezes para o amistoso contra a Alemanha provoca arrepios. Já não é hora de testar pra valer um novo goleiro? Caso ele não leve fé nos reservas do enfastiado Júlio Cesar - Jefferson e Victor -, por que ele não dá uma chance a Fábio, do Cruzeiro, o melhor goleiro brasileiro em atividade?
Insistir com o veterano e entrevado Lúcio, que não vai estar na Copa de 2014, é uma temeridade. Então, vamos dar entrosamento e maturidade à dupla Thiago e David Luiz.
Não entendo a preferência pelo lateral André Santos que nem de longe amarra a chuteira de Marcelo, do Real Madri; a Copa América mostrou isso.
Tem mais: Lucas Neiva é um frente de zaga limitado, corre muito mas marca mal, não vai à frente, não passa uma bola longa, não deu um só chute a gol em toda a Copa América. E sabe quem ele está levando para disputar a camisa 9 com Pato ? Jonas e Fred, de novo.
Francamente ! Melhor seria o jovem e guerreiro Leandro Damião.
Ou não estamos preparando uma jovem seleção para a Copa 2014?
Precisamos de jogadores mais vibrantes, que joguem com técnica, certo, mas também com garra, vontade de vencer, objetividade, amor à camisa, determinação... assim feito a moçada da Celeste Olímpica do Uruguai, o Campeão das Américas.
Vi muito jogador brasileiro na Copa América tirando a perninha das divididas, o pensamento nos euros, cientes de que o compromisso maior deles é com os clubes europeus que lhes pagam salários astronômicos.
Vi muita ‘estrela' pipocando contra os taludos paraguaios, enquanto Luizito Suárez, o craque uruguaio escolhido como o melhor da Copa América, dividia e acreditava em todas, até nas ‘podres'.
Outro dia li uma entrevista do matreiro treinador Joel Santana em que ele dizia: ‘Estamos nos iludindo com o futebol brasileiro. E não temos estratégias de jogo' ...
Verdade. Não podemos enfrentar um Paraguai, uma Argentina jogando da mesma forma com que enfrentamos uma Alemanha, uma Itália ou os EUA.
São estilos e maneiras de atuar bem diferentes. Não dá para tocar a bola rente ao chão, como fazemos nos macios gramados europeus, em campos fofos e cheios de areia como o de La Plata, por exemplo. Até a chuteira que se deve usar é diferente.
A postura tática deve ser outra, a disposição para a disputa no corpo a corpo também.
Eu vi um time meio amofinado disputando a Copa América com a camisa canarinho. O Uruguai, mais entrosado, jogou bola e seus atletas brigaram pelo título até última gota de suor. Senti a Celeste Olímpica campeã naquela partida contra a Argentina, quando, mesmo com apenas 10 atletas em campo, dominou o jogo, abafando, ganhando as divididas, os rebotes defensivos e ofensivos, anulando Messi, sem se aputar um só instante para os donos da casa. Assim se forja um time campeão.
Seria muito bom que Mano Menezes chamasse Neymar, Pato, Ganso, Robinho, Daniel e todo o resto da companhia para ver e rever os jogos do Uruguai... Os ‘meninos' brasileiros até jogam bonito, mas precisam ser mais machos em campo. No mais, entrosamento é importante, mas estratégia de jogo é fundamental.