A Copa América 2011 é do Uruguai. No Monumental de Nuñez, a Celeste Olímpica foi avalassadora na primeira etapa contra o Paraguai, neste domingo, e confirmou sua vitória por 3 a 0 já nos primeiros 45 minutos. Herói da semifinal, Suárez marcou de novo e foi seguido por Diego Forlán, que encerrou seu jejum na competição. Assim, os uruguaios também podem se dizer hegemônicos no torneio sul-americano.
Com a conquista dentro de Buenos Aires, o Uruguai se torna o maior vencedor da história da Copa América, com 15 títulos: foi o primeiro desde a taça de 1995. A Argentina, anfitriã da edição 2011, acabou superada e fica com 14. Bem distante está o Brasil, com oito títulos.
A conquista também assegura a seleção uruguaia na Copa das Confederações de 2013, que será realizada no Brasil. Além dos brasileiros, jogam o torneio o Japão (campeão asiático), México (da Concacaf) e Espanha (atual campeã do mundo). Em 2012, serão definidos os representantes de Oceania e Europa. A nação africana campeã da Copa das Nações será conhecida em 2013 e fecha o grupo de oito participantes.
Campeão, o Uruguai reafirma o grande momento do futebol de seu país, já que foi quarto lugar na Copa 2006 e vice-campeão da Copa Libertadores com o Peñarol. No Mundial Sub-17, a garotada foi vice-campeã. E, no Sul-Americano Sub-20, o time júnior conquistou vaga nas Olimpíadas, o que não acontecia havia 84 anos.
Vice, o Paraguai perde sua invencibilidade e deixa a Copa América sem nenhuma vitória. Até a decisão contra o Uruguai, eram cinco empates em cinco jogos da equipe paraguaia, que passou pelo Brasil, nos pênaltis, após 0 a 0 nas quartas. Já na semifinal, contra a Venezuela, resultado idêntico. Os paraguaios sequer marcaram gol no mata-mata após perder de 2 a 0 para o Uruguai.
A Copa América volta a ser do Uruguai
Sem surpresas, o Uruguai chegou para a decisão da Copa América com o mesmo time base que despachou Argentina e Peru no mata-mata. O meio-campo encorpado, com Alvaro González e Alvaro Pereira pelos lados e Arevalo e Pérez ao centro, se juntou ao dueto Forlán-Suárez. Na zaga, Coates permaneceu ao lado de Lugano, e Cáceres fechou pela lateral esquerda.
Já o Paraguai, que vinha de cinco empates na competição e uma partida abaixo da crítica contra a Venezuela, quando só ganhou nos pênaltis, teve várias mudanças na equipe habitual. Marecos assumiu a zaga no lugar de Alcaraz, enquanto Barreto deixou o time, que teve Vera pela direita. Sem Santana, suspenso, Cáceres também atuou. E Zeballos jogou no lugar de Barrios, que ficou de fora por opção de Martino.
O Uruguai, seguindo a lógica da competição, foi dominante do início ao fim da primeira etapa. Em 2 minutos, criou um par de oportunidades. Suárez, brigando pela direita, por pouco não levou a marcação e chutou da linha de fundo. Villar, atento, espalmou para escanteio. Na cobrança, Lugano subiu firme de cabeça e Ortigoza, em cima da linha, colocou a mão na bola. Sálvio Spínola não percebeu e mandou seguir. Coates quase chegou a fazer no rebote.
Aos 11min, a vantagem uruguaia já apareceu. Atento, Luis Suárez apareceu pela direita na grande área e recolheu bola solta após desvio na zaga. Com um toque lindo, tirou a marcação de Verón e bateu de pé esquerdo, sem chances para Villar.
O Paraguai criou seu único lance da primeira etapa aos 16min, quando Valdez foi lançado e escorou, sem sucesso, diante do gol. Os uruguaios, por sua vez, continuavam absolutos. Atrás de seu primeiro gol na competição, Diego Forlán recebeu lançamento de Suárez e, na cara de Villar, foi barrado. Eram 31min, e o gol de Diego não tardaria em sair.
Em lindo lance de Arevalo Rios, que roubou bola na intermediária ofensiva e serviu, Forlán bateu de esquerda, com categoria, e matou Justo Villar aos 41min da primeira etapa. Os uruguaios foram para o intervalo com a confiança nas alturas e a convicção do título da Copa América.
Na segunda etapa, o Paraguai até tentou endurecer a vida dos uruguaios e criou mais que antes do intervalo. Aos 8min, Ortigoza acertou bom passe para Valdez, que arriscou e acertou o travessão. Em cima, os paraguaios ganharam os reforços de Estigarribia e Hernán Pérez, e seguiram atrás do gol.
Aos poucos, apesar da entrada de Lucas Barrios, o Uruguai retomou maior controle do jogo, e por pouco não ampliou com Forlán. Em jogada pela direita, Cavani teve a chance de deixar o companheiro na frente de Villar, mas tocou curto demais. A zaga paraguaia se recuperou e impediu a finalização na hora H.
Em cima do Uruguai, o time paraguaio levou um contragolpe fatal aos 44min do segundo tempo. Pela esquerda, Cavani puxou contra-ataque e tocou para Luis Suárez, que rolou de primeira para Forlán. Em uma finalização precisa, o melhor jogador da Copa 2010 fechou o caixão e deu início, antes do apito final, à festa da Celeste Olímpica. (Terra)