Esporte

DOMINGO AMARGO PARA ESPORTE BRASILEIRO COM DERROTAS NO VOLEI E FUTEBOL

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| 10/07/2011 às 20:15
Brasil perde no volei para a Rússia e Bahia só empata com Botafogo, em Pituaçu
Foto: EFE
Um fim de tarde de domingo com céu limpo, Pituaçu lotado (mais de 34 mil pessoas ), um jogo bem disputado até o final... mas o Bahia continua sem vencer diante de sua torcida na sua volta à Primeira Divisão do futebol brasileiro ( 1 x 1 contra o Botafogo do Rio). Talvez por isso uma parcela da torcida tenha vaiado o time na saída de campo, mas boa parte aplaudiu o esforço dos atletas.

O Tricolor entrou em campo sem os seus três principais jogadores, os mais técnicos, os que mais têm condições de decidir os jogos: o lateral Ávine e o meia Carlos Alberto, que se recuperam de lesões e o atacante Jobson, que não atuou por ser atleta do Botafogo, emprestado ao Bahia. O Botafogo é um time forte, que marca sob pressão o campo inteiro, não dá espaço, joga em velocidade e está entre os cinco primeiros da tabela de classificação. Não é à-toa.

Até os 20 primeiros minutos de jogo o Bahia não conseguiu sair do seu campo de defesa, encurralado, embora seus zagueiros tenham suportado bem o sufoco. Aos 31 minutos o árbitro gaúcho inventou uma falta em favor do time carioca, próxima do bico da grande área, do lado direito defensivo. O conhecido Élkeson (o mesmo, ex-Vitória) bateu direto, com perfeição, acertando a forquilha direita da trave defendida pelo Lomba que esperava o cruzamento e não alcançou: 1 x 0. A partir de então o Botafogo encolhia-se defensivamente e saía rápido em contragolpes perigosos; enquanto o Bahia não achava espaços para penetrar na boa zaga carioca.

Para a segunda etapa, o treinador Renê Simões trocou o lento Ricardinho pelo lépido Gabriel , e o improvisado lateral esquerdo Marcos pelo garoto Maranhão. O time baiano voltou marcando sob pressão e encurralou o Botafogo, mas o gol só saiu aos 31 minutos numa boa cabeçada de Fahel, após cobrança de escanteio do lateral Jeancarlos. Com o empate e os gritos da torcida exigindo a vitória tricolor o Bahia atirou-se ao ataque, o jogo ficou aberto e emocionante, com chances de gol de lado a lado e emoção até o minuto derradeiro, a torcida sem arredar pé, em suspense.
Se faltou um apuro técnico maior nas duas equipes, sobrou empenho, movimentação e busca do resultado, um bom jogo.


Destaques:

No Bahia, os zagueiros Paulo Miranda, Titi e o volante Fahel - pelo empenho em campo, ganhando todas. Além do garoto Gabriel que mostra, a cada jogo, que já tem espaço no time.

No Botafogo, a zaga de Antonio Carlos e Fábio Ferreira, e mais os atacantes Elkeson e Maicosuel, perigosos.

Destaque negativo para a arbitragem; o gaúcho Leandro Vuaden abusou de inventar e inverter faltas, sem critérios.

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Copa América

Cheia de presunção de ‘não me toques', a Seleção Brasileira tomou um sufoco do aplicado time do Paraguai, no sábado à tarde, e por pouco não perde o jogo - o que seria mais justo, pela bolinha que jogou o escrete de Mano Menezes. Enfim, arrancou um empate ( 2 x 2 ) aos 44 minutos de segundo e continua vivo na Copa América, na pendência do último jogo de classificação contra o Equador, dia 13, quarta-feira, para seguir adiante na competição.

Foi um joguinho chato, de pouca técnica, truncado, mascado em que, desde o início o Paraguai mostrou-se mais aguerrido, melhor distribuído em campo, ganhando as bolas divididas sempre, e praticamente todos os rebotes defensivos e ofensivos.

Os ‘craques' brasileiros pareciam disputar um joguinho de fim de semana, tentando sempre a jogadinha mais bonita, evitando o corpo-a-corpo, tirando o pezinho das divididas, errando dribles e passes, um atrás do outro, e sem achar espaço para chutar no gol adversário. Fraquíssimas as atuações do baiano Daniel Alves, de Pato e sobretudo de Neymar - que parece mais preocupado com o efeito de seus cabelos moicanos tingidos, já com o juízo nos euros espanhóis do Real ou do Barça. É brutal a máscara do garoto que não consegue sair da marcação pesada exercida sobre ele pelos adversários.

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A torcida foi surpreendida com a escalação do meia Jadson no lugar de Robinho, quando se esperava Elano ou Lucas, jogadores teoricamente mais qualificados. Mas, por sorte do treinador Mano Menezes, foi exatamente Jadson, que não estava jogando nada, quem marcou o primeiro gol brasileiro aos 38 minutos do primeiro tempo, batendo forte e rasteiro de fora da área depois de receber um bom passe de Ganso. Foi uma boa jogada isolada do ataque brasileiro, até então bem marcado e sem inspiração alguma.

Até os 25 minutos só deu Paraguai, o time canarinho não via a cor da bola.
Na segunda etapa, Mano colocou Elano em lugar de Jadson que tinha levado cartão amarelo. Aos 9' num contragolpe rápido, Santa Cruz recebeu livre dentro da área, a defesa escancarada, e fuzilou empatando: 1 x 1 justo. Aos 20' Neymar recebeu livre, de Ganso, e na cara do goleiro desperdiçou. Na sequência, já do outro lado, Daniel Alves perdeu uma bola boba na disputa de corpo, perto da linha de fundo, e num bate e rebate com Lucio e Julio Cesar a pelota terminou ganhando as redes depois de bater em Valdez.

Daí em diante foi um sufoco. Entraram Lucas e Fred no lugar de Ramires (o melhor do time brasileiro) e de Neymar. Aos 44' Ganso deu um toque sutil e Fred, na meia lua, girou o corpo batendo de direita no canto do goleiro, empatando o jogo para alívio do torcedor brasileiro.

O certo é que nem individual nem coletivamente o time de Mano mostrou futebol até agora. Marca mal, não agride, parece não ter vontade de ganhar, não se vê volúpia de golear, de jogar bola.

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Aliás, tal e qual a Argentina, a dona da casa, o time da estrela Messi, que empatou os dois jogos que disputou atuando, saiu vaiado de campo pelo seu torcedor e agora, nessa segunda, decide se continua ou não na competição num jogo de vida ou morte contra a Costa Rica, que detonou a Bolívia por 3 x 0 no meio da semana.

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O Mundial Feminino

O escrete comandado pela melhor jogadora do Mundo, Marta, foi derrotado domingo à tarde, nas penalidades máximas, depois de um empate de 2 x 2 (com prorrogação e tudo) pela norte-americanas, pelo mundial da categoria. A despeito de uma melhor técnica das brasileiras, o time dos EUA igualou o jogo em função do melhor porte e condicionamento físico.

O Brasil, com mais uma boa exibição de Marta, vencia o jogo até os minutos finais da prorrogação, quando veio o empate norte-americano numa cabeçada - a manjada bola alta alçada no sufoco. A grande surpresa da competição, que segue em sua fase semifinal, foi a derrota do time Alemão, dono da casa, para as japonesas.

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O Mundial de Volei

O time de Bernardinho perdeu a final da Liga Mundial para a Rússia, por três sets a dois, também no domingo.

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Série B
Na noite de sexta-feira, em Pituaçu, o Vitória se deu bem, enfiou uma goleada de 4 x 1 no Bragantino de SP. O rubronegro baiano agora encostou nos quatro primeiros, na tabela de classificação, e já mostra que é candidatíssimo a voltar à Primeira Divisão. O Braga pena na rabada da tabela, no bolo da degola.

Com Maurício se destacando na defesa e a dupla de veteranos Zé Luis e Geovani ditando o ritmo no meio campo, o Vitória saiu na frente logo no início, aos 6 minutos, num belo gol do rápido atacante Marcelo, que bateu cruzado e rasteiro depois de receber um passe açucarado do meia Geovani. Aos 15', Marcelo foi derrubado na área, o juiz assinalou a penalidade máxima e Neto Baiano converteu: 2 x 0. O time baiano acomodou-se e o Braga equilibrou, chegou a diminuir num chute de longe de Diego Saconi, pelo alto, que o estreante goleiro Felipe Alves aceitou. Mas aos 4º minutos o atacante paulista Octacílio Neto deu uma falta por trás em Maurício, tomou o cartão amarelo, reclamou e ainda jogou a bola pra longe, sendo expulso de campo e, assim, facilitando as coisas para o rubronegro baiano.

Na saída da segunda etapa Edu marcou de cabeça o terceiro, após cruzamento de Maurício, e daí em diante o Vitória administrou o resultado, gastando o tempo. Nino Paraíba fechou a goleada já no finalzinho da partida, concluindo um rebote de bola do goleiro adversário.
Um ótimo resultado que dá moral ao time baiano que pega o Goiás na sexta-feira, lá em Goiânia.
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O ‘Coroné da bola'

Numa entrevista recente à revista Piauí, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira disse, literalmente, que está ‘cagando de montão' para as denúncias de corrupção e desvio de dinheiro que a imprensa do Brasil e do mundo tem feito contra ele.
E mais disse o ‘coroné' do futebol brasileiro: ‘Em 2014, o ano da Copa do mundo no Brasil, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou' .
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BOCA DO POVO
- Xi ! O mangangão retou! Deu uma de porreta,de dono da bola do baba, né ?
- É assim. E não dá nada de mermo!
- Se num dá em Brasília, com a comidilha de lá ! É engrisilha lá e cá, pra todo canto.
- E a anunciada pista do aeroporto que não vai mais sair até a Copa ?
- Isso meia Bahia já sabia que ia acontecer; e vai se dá o mesmo com o tal trenzinho da Paralela.
- E num é o quê !
- E aí, pai, vai ter Copa na Bahia mesmo assim, na tora ...
- A migué ! Como vem de ser tudo no brega dessa terrinha!
- Crendeuspai!

(fecha o pano)
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