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Jobson deu outra vida ao Bahia
Foto: DIV
Na boca da noite do sábado, no frio da Arena da Baixada, em Curitiba, o Bahia venceu o Atlético do Paraná por 2 x 0, vingou-se da derrota ( 5 x 0 ) pela Copa do Brasil e mostrou a evolução da equipe, vivíssima e mostrando a cara na Série A do Campeonato Brasileiro. Ótimo resultado.
Assim, o tricolor baiano venceu duas partidas seguidas fora de casa ( 1 x 0 no Engenhão, contra o Fluminense e a revanche contra o Atlético PR) e já se coloca entre os 10 primeiros na tabela de classificação .
Foi um bom jogo, aberto, bem movimentado, desde o início. O Bahia tentava por a bola no chão, fechado explorando o contragolpe na velocidade; já o time da casa provocava faltas na entrada da área para ter chances de gol na sua principal e única jogada: a bola parada do veterano Paulo Bayer, cruzando fechado ou batendo para o gol. Mas a defesa conseguiu se safar e o goleiro Lomba apareceu, mostrando o porquê de sua titularidade.
O jogo:
O Bahia começou em cima e já no primeiro minuto Jobson cruzou e Júnior isolou, de frente. Aos 10’, Bayer bateu falta raspando a trave. Aos 13’, Jancalos bateu falta, o goleiro deu rebote, Titi quase marca na sobra, a bola batendo no pé da trave e o goleiro Márcio salvou. O Bahia era melhor, mas o time paranaense já equilibrava o meio campo. Aos 24’, Bayer, de frente, chutou pelo alto. Aos 37’, Jobson arrancou pela direita, levou a zaga e bateu forte na rede, por fora. Aos 38’ Júnior pegou de fora da área, rasteiro, e Márcio espalmou. Aos 43 e 45 minutos Bayer, de falta, assustou: na primeira, a bola raspou o travessão, e na segunda Lomba fez ótima defesa.
Na segunda etapa, Ávine sentiu o joelho e Marcos o substituiu. O Atlético foi pra cima. Aos 7’, Madson, de frente com Lomba, perdeu para o goleirão. Aos 14, Marcone enfiou para Jobson, mas o goleiro Marcio mostrou serviço, defendendo. Saiu Júnior, entrou Lulinha. Aos 20 minutos Marcone arrancou, tabelou com Carlos Alberto e, na frente da área, driblou o zagueiro Manuel e disparou rasteiro, no canto abrindo o placar – 1 x 0. Um minuto depois Carlos Alberto varou a defesa atleticana no drible mas não conseguiu finalizar já dentro da área, de frente. Aos 23’ Lomba salva uma cabeçada na pequena área.
Aos 25, sai Carlos Alberto entra Ricardinho, para explorar o contragolpe em velocidade, com Jobson e Lulinha. Aos 35’ Lulinha enfiou e Jobson perdeu a chance. Mas aos 42 Ricardinho achou Jobson e Lulinha nas costas dos zagueiros, Lulinha finalizou, fechando o caixão, 2 x 0.
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Destaques:
O goleiro Lomba, com ótimas defesas, tranquilo. O zagueiro Paulo Miranda, seguro. Fahel marcando muito, DIones tomando conta da posição e Marcone, o melhor de todos em campo, pelo golaço e pela vontade, não perdeu uma.
Destaque negativo para a arbitragem, caseira.O árbitro Antonio Schneider Inventou muitas faltas em favor do Artlético, não teve o mesmo critério em favor do Bahia. Na segunda etapa, o bandeira Rodrigo Joia ‘matracou’ o ataque tricolor, achando impedimentos em lances legais e mortais.
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O próximo jogo do tricolor é em Pituaçu, quarta-feira à noite, dia 29 próximo, contra o Corínthians de São Paulo. O Bahia vai atuar cheio de desfalques: Titi e Jobson estão suspensos, com cartões. Ávine saiu de campo, no sábado, sentindo muito o joelho, pode ficar de fora. Lulinha e Boquita estão fora por pertencerem ao time paulista e Souza está machucado.
É hora de mostrar que o Bahia não é só um time, é uma equipe. O campeonato é longo e é preciso ter peças de qualidade para substituir os titulares, se o time quiser, de fato, chegar entre os primeiros.
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Em Campinas, à tarde, pela série B, o Vitória fez um bom jogo contra a equipe líder, Ponte Preta, mas não saiu de um empate em zero. Foi uma partida igual, brigada, corrida. O time da casa começou pressionando mas já aos 20’ o jogo em campo estava equilibrado. No time paulista, destacava-se o meia Renatinho. No rubro-negro baiano, o veloz Rildo criou no mínimo três, quatro boas chances de gol, mas quando não foi infeliz nos arremates o goleirão da Ponte salvou.
A segunda etapa foi equilibrada. A Ponte criou boas chances porém o Vitória acertou o travessão com um chutaço de Geovane de fora da área e Rildo perigou sempre. Nos últimos 15 minutos, quando o time da casa foi pra cima de qualquer maneira, o goleirão Fernando apareceu com três ótimas defesas e garantiu o empate. Bom resultado, fora de casa.
Destaques para Fernando, o trio de zagueiros Álison, Gabriel e Mancha – que atua de líbero, o meia Geovane e o atacante Rildo,
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O rubronegro volta a campo na noite de terça-feira, no Barradão, contra o Paraná.
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BOCA DO POVO:
A Copa do Mundo de 2014 no Brasil, até agora, serviu apenas para alguns ‘mamarem’ mais um tanto nas tetas republicanas. Os mesmos: políticos, empreiteiros, picaretas de um modo geral. O que aconteceu até então? Criaram ministérios, secretarias, tudo especial, cargos, licitações, empréstimos, financiamentos, projetos, reuniões, futurismos, ‘lobes’, propagandas, notícias ... Mas, de concreto, ‘de mermo’, o que aconteceu além da demolição da Fonte Nova e obras da arena que se arrastam com pouca gente no canteiro de obras ? hum ?
Não se fala em projetos de requalificação da cidade, hoje aos trapos. Serviços, limpeza pública, praias, centro histórico, infra-estrutura de transporte, energia elétrica, comunicações ...
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- No feriadão, não existia uma vaga sequer nos estacionamentos do Aeroporto Internacional Dois de Julho. Lá, quando chove, alagam-se lojas, salas de espera, tudo, porque o teto não agüenta chuva. Pode? Aquilo suporta uma demanda de Copa do Mundo?
- Deus meu! O que fizeram com o Terreiro de Jesus, a Praça da Sé e a Praça Municipal durantes os ditos Festejos Juninos !!! O nosso espaço mais sagrado, mais prenhe de história, mais atrativo pro turista foi simplesmente tomado por estruturas mambembes de feira de subúrbio, com barracas de lona sujas, palcos de todo tipo, isopores, mesinhas e tamboretes de plástico, um lodo. Vale tudo por algum trocado. O município virou um tabuleiro de negócios esquisitos e oportunidades. Lastimável.
O que farão para a Copa do Mundo? É essa a diretriz? Francamente!
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Frase de Jerome Valcke, secretário geral da Fifa, essa semana:
‘No Brasil, não temos estádios, não temos aeroportos, não temos um sistema de transporte nacional em funcionamento’...