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SÁBADO TEM BAHIA E VITÓRIA EM JOGOS PARA SÃO JOÃO, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 24/06/2011 às 12:00
Neymar, do Santos, a grande revelação do futebol brasileiro
Foto: DIV
 

O Santos sagrou-se campeão da Libertadores, o mais importante torneio das Américas, por dois fatores decisivos:
Primeiro, essa geração de garotos vencedores - o prodígio Neymar, o cerebral Ganso, os guerreiros talentosos Danilo, Adriano, Arouca, Rafael..., os centrados veteranos Elano, Durval, Dracena ... uma equipe unida e focada.
Em segundo lugar, importante, o Santos deve o título ao treinador Muricy Ramalho, um campeão, responsável pela arrumação da equipe tornando-a mais competitiva, mais objetiva, mais brigadora em campo. O Santos de Muricy não dá espaço ao adversário, briga pela bola os 90 minutos e sai em contragolpes arrasadores. Na Inal, contra o Peñarol, o time uruguaio quase não ameaçou, limitou-se a jogar bolas altas na área dos Santos, neutralizadas. O placar poderia ter sido de quatro ou cinco, pois os santistas abusaram de perder gols.
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Então, vamos ter, com certeza, uma disputa memorável no começo de dezembro pelo título de Campeão mundial de clubes entre os dois times que mais encantam, hoje, jogando o fino da bola no planeta : Santos X Barcelona. De um lado, Messi, Xavi, Iniesta, Dani Alves, Villa ... e do outro Neymar, Ganso, Elano, Arouca, Durval ... Um belo duelo, jogo imperdível para quem gosta de bola redonda.
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Triste espetáculo deram os uruguaios no final do jogo, apelando para a pancadaria. Saber perder é também uma honra. Claro, ninguém será punido. Assim é na América Latina, uma estupidez. Até quando? Lembro da década de 1960 quando o supertime do Santos de Pelé abandonou a disputa da Libertadores exatamente por causa da violência em campo e fora. O time que jogava bola era parado na porrada (destaque sempre para os argentino e uruguaios; hoje os chilenos e paraguaios estão no mesmo caminho, querem vencer na tora!). As arbitragens são pusilânimes, há agressões aos visitantes fora de campo, atiram toda sorte de ibjetos das arquibancadas, invadem campo, ameaçam, dão socos e pontapés sob a coplacência dos árbitros e nada acontece. Nenhum atleta é punido, nenhum campo é interditado, nenhuma suspensão para jogadores agressores. Uma lástima!
Como queremos, depois, um pouco de respeito? Cadê a Fifa? Será que vamos ver a mesma barbárie na Copa América? Chega, basta disso! Um pouco de respeito, civilidade, obediência às regras do jogo é essencial. Fará bem a todos. O clima de guerra estúpido dentro de campo incendeia as arquibancadas. Isso tem de ser combatido com rigor.
  • Como foi bonito a final da Copa dos Campeões na Europa, com o Barcelona eliminando o Manchester lá em Londres e, após o jogo, as arquibancadas aplaudiram, os jogadores se cumprimentaram, os treinadores se abraçaram, a torcida inglesa festejou a conquista do vice campeonato, claro. Chegar a uma final é um grande mérito, quantos clubes ficaram para trás? É preciso mudar essa mentalidade atrasada, burra, agressiva, pequena... que toma nossa latinoamérica. Somos uns ignorantes, uns brucutus, essa é a real.

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    Futebol é jogo, é um esporte, é arte, é cultura ... deve congregar, irmanar e não segregar. Teremos uma Copa do Mundo no Brasil, estádios novos ... vamos continuar com essas torcidas uniformizadas agressivas, com ameaças, brigas, gangues em confronto , estádios quebrados a cada partida/conflito ? Chegou a hora de arregaçar as mangas, todos: dirigentes, jogadores, treinadores, arbitragens e imprensa falada, escrita, televisada, digital ... CIVILIDADE é a palavra.
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    Pra não dizer que não falei de flores...
    Sábado tem Ba e Vi na telinha.
    O Vitória joga em Campinas(SP) contra a Ponte Preta, pela segundona. A ‘macaca' paulista começou muito bem a Série B, é líder, com 13 pontos ganhos. O Vitória tem 10. Um jogo bom para o rubronegro se firmar, dizer a que veio na competição, mostrar que é candidato forte a voltar, logo, para a Série A.
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    No mesmo sábado o Bahia enfrenta o Atlético do Paraná, lá na Arena da Baixada, Curitiba. Jogo pra pirão! O rubronegro paranaense começou mal a competição, tem apenas um ponto ganho, está na zona do rebaixamento e seu treinador Adilson batista anda na corda bamba. É o jogo da recuperação para eles, adversários diretos do Bahia. Vão endurecer lá dentro.
    Para o Bahia, a partida tem dois objetivos: primeiro, manter o astral positivo plantado na vitória contra o Fluminense do Rio, na rodada passada (1 x 0, no Engenhão). Há de manter a pegada, a mesma vontade, a busca do gol com o talento de Jobson, de Carlos Alberto, de Junior ... O treinador Renê Simões tem a chance de manter a mesma equipe do jogo anterior e apurar o conjunto, definir o jeito de jogar do time, ajustar o entrosamento da zaga com Titi e Paulo Miranda, a marcação no meio com Fahel, Marcone e Diones , enfim ... um novo Bahêa!
    O segundo motivo, serve de incentivo: devolver, com uma convincente vitória, aquela goleada de 5 x 1 dolorosa sofrida contra o mesmo Atlético pela Copa do Brasil num dia em que nada deu certo. Chegou o momento de dar o troco, se impor. Uma vitória tricolor põe o time em destaque na competição. Olho na telinha!
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    Há dois anos, antes mesmo do começo da Copa da África, já comentava sobre minhas preocupações com a Copa 2014 na Bahia. Até agora, pouca coisa ou quase nada aconteceu além da demolição da velha Fonte Nova. Os trabalhos na nova Arena Fonte Nova andam travados por conta das burocracias na liberação dos recursos oficiais que financiam a obra. Papéis, projetos, tribunais, governo, empreiteiras ... e o tempo passando, atrasando os prazos, os entraves vencendo o prometido.
    Quanto ao resto, muita secretatria, coordenação, reuniões, debates, vaivém, desentendimentos entre governo e prefeitura... Ah, párece que rolou uma definição, típica decisão na base do ‘vamo agradar todo mundo': o transporte de massa que fará a ligação Lauro de Freitas/Aeroporto, Iguatemi, Metrô/Abacaxi será um mistão de BRT com Metrô/VLT?Monotrilho ... não entendi direito a mistureba, o angu. Tem dinheiro, dá tempo, vai acontecer de vera? A segurança, a limpeza urbana, os hotéis, a comunicação, a energia, os serviços, o centro histórico... hum ?
    E a tal transparência? Tudo opaco no horizonte sem fim. Solta os foguetes, moçada!
    Viva São João!!!
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