Esporte

GRUPOS DE OPOSIÇÃO À ATUAL DIRETORIA DO BAHIA LANÇAM PROGRAMA DE RÁDIO

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| 10/06/2011 às 17:24
 Os grupos de oposição à atual diretoria do Bahia - Unidade Tricolor, Associação Bahia Livre e Revolução Tricolor -  começam uma nova fase de atuação através do programa semanal de rádio Tribuna do Bahia, que vai ao ar aos domingos, de 11h ao meio-dia, na Rádio Metrópole. Apresentado pelo jornalista Oscar Paris e sob direção de J. Pimentel, o programa vai mostrar o que acontece na "cozinha" Tricolor e que a mídia esportiva baiana esconde ou não pode mostrar .


  "Não será um programa apenas de denúncias, mas uma visão mais completa, de fato, do que acontece no ambiente do Fazendão. Por que o presidente do Conselho Deliberativo é funcionário do clube? Por que treinadores e jogadores reclamam das condições de trabalho? Por que tantos jogadores não dão certo no Bahia? Aliás, qual o verdadeiro motivo de se contratar mais de 40 atletas? São perguntas que ficamos sem reposta e que o Tribuna do Bahia vai ajudar a responder", explica o engenheiro Fernando Jorge Carneiro, da Unidade Tricolor.


  O tema do primeiro programa - aliás, explicitado no editorial, na entrevista com o economista Reub Celestino e na mesa-redonda com membros dos grupos de oposição - é o não cumprimento das promessas feitas pelo atual presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, que não modernizou o estatuto do clube, não promoveu a associação em massa e continua tratando o clube como uma "caixa-preta", sem transparência alguma.


  Para Ivan Carvalho, da Associação Bahia Livre, o trabalho da oposição tem contribuído para a gestão do Esporte Clube Bahia. "Não fosse o trabalho de formiguinha que nós fazemos, a situação estaria bem pior. E não torcemos pelo quanto pior, melhor. Queremos o Bahia vencedor em campo, mas queremos também a democratização do Esquadrão de Aço. E a democracia vai acontecer, mais cedo ou mais tarde", diz Ivan, lembrando que o TRIBUNA DO BAHIA está sendo lançado ainda no início do Campeonato Brasileiro, para que os agourentos não digam que a oposição só grita quando a situação está crítica. 

  A seguir, confira alguns trechos do editorial do programa número um do TRIBUNA DO BAHIA, que vai ao ar neste domingo:


  "
Somos de oposição, mas não somos da turma do "quanto pior melhor". Não. Queremos o Bahia campeão, torcemos, choramos e nos alegramos onde o clube estiver, mas também sabemos que o Bahia para ser grande, do tamanho dessa fanática massa Tricolor, precisa de organização, honestidade e transparência."


"O Bahia nunca será grande  enquanto persistirem os erros de uma administração que continua improvisando, pensando apenas no jogo de amanhã."


"Queremos e precisamos de bem mais: Que clube seremos em 2031, quando completarmos cem anos? Qual será o tamanho de nossa torcida? Os nossos filhos, os nossos netos, ocuparão o nosso lugar nas arquibancadas, ou serão melancólicos frustrados relembrando o passado?"


"O insucesso em campo é reflexo do que acontece na administração, onde as condições de trabalho do bicampeão brasileiro são inferiores até a de muitos outros clubes da Série C."


"Até hoje não sabemos quanto sócios temos. O presidente do Conselho Deliberativo é funcionário do clube, com carteira assinada e tudo. Isso, mais que ilegal, é imoral."


"Até hoje, a direção do Bahia continua afastando milhares de torcedores da vida do clube. Nós, torcedores, só prestamos para encher os estádios, pagando ingressos caros. Não servimos para ser sócios. Não servimos para escolher o nosso presidente."


"Nenhum dos compromissos assumidos pelo presidente Marcelo Guimarães Filho foi até hoje cumprido. Continuamos com o mesmo velho e ultrapassado estatuto, não existe prestação de contas, os torcedores continuam com dificuldade para ser sócios, as eleições, em novembro, serão decididas por um conselho ilegal e que não representa a vontade dos sócios."