Por Raphael Carneiro
As entradas de Ricardinho e Carlos Alberto abrem um novo horizonte para o Bahia. Não pelo que eles representam ou pela qualidade de ambos. Mas, taticamente, estes dois jogadores tendem a mudar a cara do tricolor.
O Bahia não tem um jogador que pense no meio-de-campo. Não há aquele cara que receba a bola do volante e faça o jogo andar. Por enquanto, ao invés de a bola correr, é o time quem está fazendo isto.
Nestes dois primeiros jogos do Brasileiro, a velocidade foi a principal arma. Contra o América Mineiro e o Flamengo, o Bahia correu à vontade no primeiro tempo e, literalmente, pregou na segunda etapa.
O problema de René vai ser onde encaixar Ricardinho e Carlos Alberto. Mas, com a nova dupla, René Simões terá opções e o time ganhará variações de jogadas, podendo assim mesclar a velocidade com aquele passe mais cadenciado.
E, se nem com estas mudanças o time conseguir jogar bem uma partida inteira, aí a comissão técnica vai ter que explicar direitinho o que foi feito entre o Baiano e a estreia na Série A e na intertemporada em Águas de Lindoia.