Os prefeitos das doze cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 reuniram-se nesta terça-feira com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e entragaram um documento que pede medidas para agilizar as obras parar o evento.
A carta pede uma legislação especial quer permita que as licitações sejam liberadas dos trâmites burocráticos, o que agilizaria as obras nos municípios. Além disso, os prefeitos pedem uma modificação no sistema que controla os convênios e que, atualmente, dificulta a obtenção de grande parte dos financiamentos.
"Não é para passar por cima de nada. Só queremos um modelo que permita dar agilidade às obras que têm data marcada para serem concluídas", disse Micarla de Souza, prefeita de Natal. A capital potiguar é uma das mais atrasadas no cronograma para a Copa, mas Micarla garante que o Estádio das Dunas estará pronto em dezembro de 2013.
"Não queremos a Copa do Mundo pela Copa, mas pela infraestrutura que ela poderá deixar para todas as cidades", garantiu José Fortunato, prefeito de Porto Alegre, que tem no aeroporto Salgado Filho o maior problema para a realização do evento.
JOÃO HENRIQUE
O prefeito João Henrique fez o último pronunciamento do encontro, antes do encerramento realizado pela presidente, defendeu a abertura da Copa em Salvador. Em seu pronunciamento, JH argumentou que Salvador tem a expertise de organizar a maior festa de rua do planeta, o Carnaval.
"Estamos em sintonia com os governos estadual e federal para Salvador ser um exemplo em termos de Copa e, mais importante, que o legado para a cidade em termos de mobilidade urbana, intervenções urbanísticas e para a economia em torno do turismo seja perene. E os prefeitos das cidades-sede também estão unidos através da Frente Nacional de Prefeitos, afinal muitas necessidades são similares", afirmou João Henrique.
Os prefeitos das cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 também se mostraram preocupados em fomentar as economias locais, incluindo no documento um pleito através do qual o Governo Federal se comprometeria a intermediar junto à FIFA o compromisso de realizar compras corporativa, quando possível, junto a fornecedores locais.
E eles solicitaram ao Governo Federal celeridade nos trâmites necessários para as obras de ampliação dos terminais aeroportuários.