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Vai rolar o campeonato brasileiro a partir deste final de semana
Foto: AG A TARDE
Começa pra valer, nesse final de semana, o calendário futebolístico brasileiro 2011, com a primeira rodada do Campeonato Nacional - a Série A, Primeira Divisão e a Série B, a tal segundona.
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O Rubro-Negro
O Vitória, vice-campeão baiano, estréia sábado, no Barradão, contra o Vila Nova de Goiás, pela série B.
O time rubronegro fracassou nas competições que disputou este ano. Foi desclassificado prematuramente da Copa do Brasil, eliminado pelo Botafogo da Paraíba, em pleno Barradão. E, também em sua Toca do Leão, perdeu a oportunidade de se sagrar penta-campeão baiano, um título inédito e sonho da torcida, derrotado pelo Bahia de Feira, o novo Campeão estadual / 2011. Restou como consolo para o torcedor do Vitória ter, mais uma vez, detonado o Bahia, o grande rival, mesmo perdendo a última partida em casa por 3 x 2, sem jogar bem.
As derrotas seguidas, as más atuações dentro do Barradão devem servir de alerta.
O time tem um objetivo daqui por diante, único, vital: classificar-se entre os quatro primeiros na Série B, a ‘segundona', e garantir já a volta para a Primeira Divisão, a Série A, o retorno à elite do futebol brasileiro. Ou ... pode estar rolando ribanceira abaixo daí para frente.
Mas para que possa retornar já à Série A, é preciso, antes de mais nada, voltar a vencer dentro de casa, se impor no Barradão a todos os adversários.
A Segunda Divisão é dura, os jogos exigem mais raça, mais vontade do que técnica, as arbitragens fora de casa não ajudam, as viagens são cansativas, os times se equivalem e empatar dentro de seus domínios já é um grande prejuízo. Perder no Barradão nem pensar, se de fato o rubro-negro almeja subir de novo e já, este ano, para a Primeirona/2012. O torcedor exige desempenho, vai cobrar muito a subida. Cada jogo será uma guerra.
O fracasso nas competições disputadas até agora fez estragos na Toca do Leão. Pra começar, saíram o veterano treinador Antonio Lopes e o goleiro colombiano Viáfara, que durante quatro anos foi ídolo da torcida mas caiu em desgraça por algumas falhas em campo e pela língua rota fora dele. Outros devem pular fora ainda.
Mas enquanto uns saem, outros chegam para recompor o elenco, como o bom goleiro Fernando (ex-Bahia), o seguro zagueiro Maurício (ex-Palmeiras e Portuguesa), o experiente frente de zaga Zé Luis (ex-São Paulo), o meia Jerson (revelação no Ceará) e o buliçoso meia-atacante Xuxa, um potiguar que estava no interior de São Paulo. Além disso, o Vitória tem bons jogadores jovens nas suas divisões de base que podem despontar e se firmar na competição. É hora de apostar pra ver.
São bons reforços. O time estréia sob o comando técnico do ‘eterno interino' Ricardo Silva, mas já a partir de segunda-feira quem assume as rédeas na Toca do Leão é o rodado, conhecido e matreiro Geninho, que já passou por lá algumas vezes.
A jornada da ‘segundona' é longa, difícil, complicada. É bom começar vencendo, sobretudo dentro de casa, pra dar moral ao time e chamar a torcida que está aperreada, indignada mesmo após e perda do Penta dentro de casa com um baile, um forró feirense num domingo de chuva.
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Os principais adversários do Vitória na Segunda Divisão são o Criciúma (de Santa Catarina), o Goiás, o Guarany de Campinas, o Náutico de Pernambuco, o Paraná, a Ponte Preta (de SP), a Portuguesa de Desportos (Lusa paulista), o Sâo Caetano (do ABC de SP) e o Sport do Recife.
Esses, com certeza, vão disputar palmo a palmo com o Vitória uma vaga na primeira divisão de 2012, vaga que significa mais do que o orgulho de voltar à elite, ficar entre os 20 melhores times brasileiros; significa também grana, dinheiro de tevê e dos patrocinadores. Cada ano que um time passa na segunda ou terceira divisão caem as verbas de patrocínio e fica ainda mais difícil armar um bom time e competir com os grandes.
Vamos ver o comportamento da torcida rubro-negra nesse sábado no Barradão. E, mais que isso, observar o comportamento do time em campo contra um adversário, em princípio, mais fraco, sem tradição em competições nacionais.
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O Tricolor
Domingo é a vez do Bahia, que estréia contra o América mineiro, no interior de Minas Gerais, pela Série A, a Primeira Divisão, onde estão os 20 melhores times brasileiros. É o Tricolor de volta à elite do nosso futebol. Há quanto tempo, hein!
O time, como o grande rival, também fracassou nas competições que disputou este ano. Caiu vergonhosamente, com uma goleada de 5 x 0 em Curitiba, para o Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil. E nem disputou a final pelo título baiano, que não vê há 10 anos, um recorde negativo em sua gloriosa história de 80 anos. Resta agora o Brasileirão, então.
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Pelo que fez até agora, pelo futebol sem brilho que tem jogado, imagina-se que o principal objetivo do Bahia na competição é não cair de novo para segundona, é continuar na Série A, não terminar entre os últimos. Os torcedores mais otimistas sonham com uma campanha melhor e que o time consiga ficar entre os 10 primeiros e, assim, ganhe uma vaga no torneio sulamericano (antiga Comebol).
Assim garantiria uns bons trocados da tevê em 2012 e verbas mais gordas de patrocínio, que lhe possibilitaria a formatação de uma equipe melhor tecnicamente, com alguns craques de renome no plantel.
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Por enquanto, a fanática torcida, vencedora do Troféu de Ouro da CBF no ano passado, aposta na vivência do treinador Renê Simões. Que ele possa armar uma boa e competitiva equipe com o material humano disponível. E acredita na mística da camisa, da tradição tricolor. O time, historicamente, tende a crescer quando embala, começa ganhando e a torcida vai junto. Que Pituaçu volte a ser a casa, o caldeirão tricolor, é o que todos esperam.
O elenco-base, que começa a competição, decepcionou no ‘baianão', mas chegaram alguns bons reforços: como os goleiros Lomba (ex-Flamengo) e Jair, campeão baiano pelo Bahia de Feira e escolhido pela crônica esportiva como o melhor do campeonato; do time campeão baiano chegaram ainda o meia Diones e o atacante artilheiro João Neto. Do futebol carioca, mais precisamente do Botafogo do Rio, vieram o meiocampista Fahel e o polêmico atacante Jobson, um craque dentro de campo, mas meio ‘maluquinho' fora dele.
Espera-se ainda a chegada de um zagueiro experimentado e de um meia de nome, aquele que venha liderar o grupo em campo e ditar o ritmo do jogo. Junte-se a esses nomes os conhecidos Jeancalos, Tite, Ávine, Marcone, Boquita, Souza, Lulinha...
Quem sabe o detalhista Renê Simões consiga fazer desses grupo uma equipe coesa, brigadora, criativa, e consiga dar ao grupo em campo um padrão de jogo, motivação, pegada, criação, jogadas ensaiadas, vontade de vencer... tudo isso que faltou até agora a essa turma neste ano de 2011.
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O jogo de domingo é fundamental. É preciso vencer, até para que o time possa enfrentar, já na segunda rodada, o poderoso Flamengo de Wanderley Luxemburgo e Ronaldinho Gaúcho, o campeão carioca. É jogo para encher Pituaçu e sobrar. Mais de 20 mil ingressos já foram vendidos. Bora Baêêêa!!!