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PODE DAR BAVI DIFERENTE NA FINAL, MAS NADA DECIDIDO,p ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 24/04/2011 às 19:45
Giovanni bateu com categoria e marcou 1x0 Vitória sobre o Bahia
Foto: Futura Press
Vitória e Bahia de Feira, os melhores times do campeonato, os que somaram mais pontos ganhos no decorrer do certame, venceram seus primeiros jogos das semifinais, ampliaram a vantagem que já possuíam sobre seus adversários diretos e pintam como favoritos para a disputa final que definirá o Campeão Baiano de 2011.

O Vitória ganhou ( 1 x 0 ) do Bahia, em Pituaçu, diante de cerca de 22 mil pagantes; e o Bahia de Feira venceu o Serrano, em Vitória da Conquista, pelo placar de 2 x 1, indiscutível.

Pituaçu

O Vitória fez seu gol logo aos dois minutos de jogo, no primeiro ataque rubronegro. Ávine, ainda sem boas condições de jogo, há mais de um mês machucado, perdeu uma bola dividida no meio campo, Élkeson arrancou e foi parado por Marcone, com falta, na meia lua da área. Giovanni bateu com categoria, no ângulo, sem chance para o goleiro.

O gol determinou o ritmo do jogo. O Bahia partiu pra cima meio afobadamente, tentando descontar a todo custo, mas errando passes, criando poucas oportunidades de gol. Já o Vitória, com o placar favorável, fechou-se mais na defesa, tentou segurar o Bahia buscando explorar os contragolpes em velocidade. O tricolor teve mais a bola no meiocampo, mas o rubronegro jogou com mais inteligência, no erro adversário, foi mais perigoso.

Aos quatro minutos, Viáfara dividiu uma bola na entrada da área com Zezinho e a bola sobrou na intermediária para Helder que arriscou de longe, o gol vazio, mas a bola foi fora. Giovanni também perdeu uma boa chance de ampliar. Mas a melhor oportunidade de gol aconteceu aos 41 minutos, quando o meia Marconi ganhou uma bola dividida na entrada da área rubronegra para o zagueiro Fortunato e ficou de cara com Viáfara; escolheu o canto e bateu rasteiro, para fora, rente à trave.

Na virada de tempo, o torcedor tricolor reclamava de um possível pênalti de Nino Paraíba em Zezinho. Discutível. O bom árbitro gaúcho Leandro Vuaden considerou o choque normal e nada marcou.

Na segunda etapa, o Bahia entrou com uma substituição (Camacho no lugar de Jatay) buscando o ataque, precisava vencer. Mas, aos três minutos, o tricolor ficou com 10 jogadores em campo após a expulsão do meia Helder, que cometeu uma falta grosseira no meio campo e levou o segundo cartão amarelo/ e o vermelho.

Quando tudo parecia perdido, o time tricolor melhorou, mesmo com um atleta a menos, e criou boas chances de empatar. Ramon perdeu aos 10 ‘, batendo por cima da trave de dentro da grande área; Zezinho arriscou mas Viáfara pegou, aos 12'; aos 13' , Souza fez o gol, que pareceu legítimo, mas o bandeira apontou impedimento, para chiadeira geral do torcedor tricolor.

Com 10 homens em campo, o Bahia ainda perdeu Marconi, machucado, substituído por Maurício e Ávine já não agüentava correr a partir dos 30 minutos. Daí, com o tricolor morto em campo, o Vitória teve chances aos 30, aos 36, aos 39 e aos 45, com os atacantes de frente com o goleiro Omar, que apareceu bem e salvou o time de sofrer uma nova goleada.

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Técnicamente não foi um bom jogo, com muitos passes errados. Mas sobrou luta, vontade, dos dois lados.

Do lado rubro-negro, destaque para o zagueiro Álisson (ex-tricolor), o lateral Eduardo (cria do tricolor), Uéliton, Élkesson e Giovanni, pelo golaço de falta.
Do lado tricolor, o melhor, disparado, foi o zagueirão Titi, que ganhou todas as divididas, jogando com muita garra. Marcone e Ávine lutaram muito, mas não suportaram o ritmo até o final.

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Domingo próximo, tem o Vi X Ba, no Barradão. O Vitória tem ampla vantagem, podendo se classificar para a finalíssima até se perder o jogo pó diferença de um gol apenas. Ao Bahia, se quiser sair do jejum de 10 anos sem título baiano, cabe vencer no Barradão, tarefa difícil na Toca do Leão, com dois gols ou mais de diferença no placar.
O rubronegro nunca esteve tão perto do inédito, histórico pentacampeonato baiano.

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Lomantão

O outro jogo semifinal aconteceu no estádio Lomanto Jr, em Conquista, com seu campo desnivelado. Foi o jogo transmitido pela tevê. Um baba, os jogadores brigando muito com a bola, quicando de um lado para outro, e dando chutões.

Na bola longa, o Bahia de Feira se deu bem aos 14 minutos, quando o meia Diogo foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para a pequena área do Serrano: Carlinhos , rápido, antecipou-se ao goleiro e fez 1 x 0, quando o Serrano atacava mais.
Na segunda etapa, aos 22 minutos, o mesmo atacante Carlinhos recebeu uma bola livre, sem marcação, na grande área e não perdoou: 2 x 0. Minutos depois, o meia Williames diminuiu com uma cabeçada : 2 x 1.

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Com a vitória fora de casa, o Bahia de Feira deu um grande passo para ser um dos finalistas do campeonato e disputar o título baiano pela primeira vez em sua história. É um time bem arrumadinho pelo ótimo treinador Ailton Lira.
Domingo próximo o tricolor de Feira recebe o Serrano em casa, o Joia da Princesa, onde o Bahia de Feira há muito não perde um jogo.
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Ou seja, pelo andamento das coisa, pode dar um inusitado Ba Vi na final: o Vitória de sempre, tetra, disputando o título com o Bahia genérico, o tricolor de Feira de Santana. O rubro-negro, pra variar, teria a vantagem de jogar por dois empates.