Esporte

BAHIA PERDE INVENCIBILIDADE DE 11 JOGOS E PREOCUPA, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 03/04/2011 às 20:04
Até a Arena Fonte está com as obras em atraso
Foto: BJÁ
O Vitória fez 4 x 1 no Feirense na rodada desse domingo e já se garantiu para a próxima e definitiva fase do Campeonato Baiano 2011, com folga, completando 12 pontos ganhos em sua chave. Os rivais mais próximos do grupo (Serrano e Feirense) têm apenas 6 pontos. O Serrano tomou 1 x 0 do Camaçari. Classificam-se dois em cada grupo para a disputa das semifinais.

No jogo da tevê, no Joia da Princesa, o Bahia de Feira venceu o Bahia da capital por 1 x 0 e embolou tudo no outro grupo. Dentro de Alagoinhas, o PP Vitória da Conquista ganhou pelo placar de 4 x 3 do Atlético de Alagoinhas, num jogo bem movimentado e aberto. Bahia e PP Vitória da Conquista têm sete pontos ganhos e o Bahia de Feira chegou a seis pontos. Aritméticamente todos têm chances de classificação nessa chave do Bahia.

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No Barradão

O Vitória nem precisou jogar essa bola toda para golear o Feirense e ser o primeiro dos clubes em disputa a se classificar para as semifinais do Campeonato Baiano, mantendo-se invicto há nove jogos. O astro do jogo foi novamente o jovem meia Kikão, que fez dois dos quatro gols do time, deu bons passes e encantou o torcedor com boas jogadas individuais. Já é um destaque do campeonato.

O primeiro gol aconteceu logo aos 5 minutos, numa bela cobrança de falta do meia Geovani, acertando o ângulo direito do goleiro Valdson. O rubronegro tinha o domínio, mas o jogo endureceu com a dura marcação do time feirense. Já nos minutos finais, Nikão, mesmo cercado por três adversários, visualizou Mineiro livre na entrada da grande área adversária, pela direita, e enfiou um belo passe; o meia Mineiro pegou de primeira um chute enviesado e fez 2 x 0.

Antes dos 10 minutos da segunda etapa o Feirense diminuiu, através do oportunista Capone que finalizou após um rebote do goleiro Douglas. Dono da bola, o Vitória não esmoreceu. Nikão fez de pênalti aos 27' - quase o goleiro pega. Dez minutos depois, o mesmo Nikão fez uma bela jogada pela direita, limpou para a perna canhota e bateu certeiro definindo a goleada de 4 x 1, deixando a galera feliz da vida.
São oito vitórias consecutivas do rubronegro no campeonato. Sàbado, o time joga em
Conquista, contra o Serrano.

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No Joia da Princesa

Com Nem no lugar de Thiego e Tressor Moreno substituindo Ramon, o Bahia não suportou a pegada, a vontade e a velocidade da equipe do Bahia de Feira, muito bem ajustada pelo treinador Arnaldo Lira, que pressionou desde o começo do jogo, marcando a saída de bola da defesa do tricolor da capital.

Aos 9 minutos, numa saída de bola errada, o meia Bruninho roubou a bola de Helder e descobriu o atacante João Neto livre dentro da área, pela esquerda, e enfiou-lhe a pelota; o tiro saiu seco, rasteiro, cruzado, antes de chegar a cobertura lenta do zagueiro Nem, fora de ritmo.

O tricolor da capital tinha dificuldades de dominar a bola, que quica muito no gramado irregular do Joia, o meio campo não conseguia sair da forte marcação imposta taticamente pelo time feirense e o ataque pesadão (Tressor Moreno, Robert e Souza) não via a cor da bola. As bolas divididas, as sobras e rebotes eram sempre ganhos pelos atletas do Feirense. Os rápidos e impetuosos Diones, João Neto, Jackson e Bruninho davam calor na defesa do Bahia. Sò através dos laterais Dodô e Marcos o time de Salvador chegava à frente, mas não conseguiu finalizar.

Injuriado com o rendimento da equipe, o treinador Benazzi trocou logo três, no intervalo, tentando por velocidade e atacar, tentar a virada do placar. Com Camacho, Zezinho e Rafael em campo o tricolor da capital foi pra cima, mexeu-se, correu, atacou mais... porém encontrou pouco espaço para finalizar. O time de Arnaldo Lira, manhosamente, mascou o jogo, deu chutões, cometeu faltas técnicas para evitar os contragolpes, ensebou, simulou, truncou e suportou a pressão inócua do Bahêa, garantindo o placar de 1 x 0 - justo, pela determinação e aplicação tática do Bahia de Feira.

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Com o resultado, enfim, caiu uma invencibilidade de 11 jogos e o treinador Benazzi perdeu seu primeiro jogo á frente do time. Pelo mesmo campeonato baiano, o time joga no domingo próximo em Alagoinhas, contra o Atlético, que ainda tem chances de classificar.

Já no meio da semana, em Pituaçu, o tricolor baiano recebe o Paissandu, de Pará, pela Copa do Brasil. Basta vencer, por qualquer placar, e segue adiante na competição nacional, já que na quarta-feira passada empatou com o mesmo Paissandu, em Belém - 0 x 0. O meia Ramon, expulso em Belém, não joga contra o time do Pará. Se vencer o Paissandu, nessa quarta, o tricolor vai enfrentar o Atlético do Paraná, na sequência da Copa do Brasil.

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Copa 2014

‘A Copa é amanhã e os brasileiros pensam que é depois de amanhã'. A frase é de Blatter, presidente da Fifa. Outro dia Pelé disse que no ritmo que estamos, vamos terminar ‘passando vergonha'.

Estão corretos. Até agora é só blablablá e reuniões e entrevistas e projetos e promessas e cargos, e burocracias ... mas cadê obras? Portos sem estrutura de receber gente e navios; O nosso aeroporto, na chuvinha passada, vazou. O teto cedeu e os saguões ficaram alagados. Nossos aeroportos, de Sul a Norte, estão defasados, desconfortáveis. Nosso sistema de telecomunicação é uma lástima, nossa ‘banda larga' é lenta, estreitíssima. A energia não é confiável, cada ventinho mais forte rende um blecaute, aqui e ali.

No mais, atendemos mal os que nos visitam, todos sabemos. Continuamos a mijar na rua e a jogar lixo pela janela dos carros. Ah, e a tal mobilidade urbana ? Afinal, vai ser BRT ou VLT? Cadê a zorra do metrô de légua e meia? Agora prometem, mais uma vez, o metrô nos trilhos, sabe quando? No meado do ano que vem, ano de campanha eleitoral, né ? Por fim, a nossa cidade está uma bagaceira, é fato. Do centro histórico às praias, um abandono. Estão esperando o quê?

Pra completar, na semana que passou, ficamos sabendo que até as obras da Arena Fonte Nova , a única coisa na cidade que se mexe em função da Copa, estão atrasadas. E olha que vamos ter chuvas, paralisações, imprevistos ...

O que temos de sobra, até agora, é ‘autoridade' para dar entrevista falando de milhões, bilhões que serão disponibilizados para as obras nos estádios e nas cidades onde acontecerão os jogos. As cifras deixam os olhos das ‘autoridades' brilhando - ‘cadê o meu?' ? Mas o tempo vai passando e ... NADA ! Nada de produtivo se vê.