Por Raphael Carneiro
Antônio Lopes pode ter todos os defeitos, mas de uma coisa a torcida do Vitória não pode reclamar: ele é ousado. Tudo bem que o nível do Campeonato Baiano é baixo e permite teste. Mas, escalar quatro jovens no meio-de-campo e correr o risco de perder para o fraco Juazeiro, dentro de casa, não é para qualquer um.
Desde que assumiu o comando do Vitória, no ano passado, Lopes já promoveu seis jogadores, metade de um time. Antes de Duylio, o treinador possibilitou a primeira vez de Romário, Esdras, Mineiro, Felipe e Júnior Timbó.
Atualmente, o Vitória conta com 18 jogadores em seu elenco que foram formados nas divisões de base do rubro-negro. Destes, apenas o volante Neto Coruja (em recuperação) não foi utilizado como titular ou opção no banco de reservas durante o Campeonato Baiano.
A lista de pratas-da-casa é composta por: Gustavo (goleiro); Léo e Romário (laterais); Reniê, Gabriel e Alan Henrique (zagueiros); Esdras, Uelliton, Elton, Neto Coruja, Lucas Garcia, Edson Magal e Duylio (volantes); Arthur Maia, Elkeson, Júnior Timbó e Felipe (meias); Edson (atacante).
Lopes vem fazendo no Vitória o que a diretoria deveria manter como ordem ao elaborar o planejamento. Experiente, o treinador sabe do potencial que tem ao seu redor e aproveita sabiamente as revelações de uma das melhores divisões de base do país.
Por enquanto, ele pode continuar testando no Campeonato Baiano para saber com quem poderá contar na Série B do Brasileiro. Assim, saberá que jogador manterá no elenco e quais renderão frutos ao Vitória.
A prática vai permitir a diretoria economizar em alguns setores (algo que não foi feito no início do ano) e investir em posições carentes. Se seguir assim, a ousadia tem tudo para ser premiada.
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