Por Raphael Carneiro
Boa parte da torcida do Vitória e da diretoria rubro-negra viviam em uma ilusão. Os seis jogos invictos no Campeonato Baiano, a goleada sobre o Bahia - no primeiro clássico do ano - e a crise no maior rival davam uma impressão de que tudo estava às mil maravilhas na Toca do Leão.
Ai daquele que resolvesse alertar a torcida de que o time ainda era fraco. Mas, o alerta veio dentro de campo e, em três etapas. A primeira delas na última quarta-feira, quando foi derrotado pelo Botafogo (3x1), na Paraíba. A segunda no clássico de domingo, com o time todo sem cabeça para suportar pressão. A última, e mais cruel, veio com a eliminação precoce na Copa do Brasil.
O que se viu no empate sem gols contra o Botafogo (PB), no Barradão, foi um time desmotivado no primeiro tempo, sem capacidade de variar jogadas e preso na marcação do adversário.
Na segunda etapa, Lopes mandou o time para frente. Só que o ataque aconteceu de maneira desorganizada e sem precisão. As únicas bolas que tiveram o gol como direção foram muito bem salvas pelo goleiro Genivaldo.
Os tropeços devem servir para que jogadores, dirigentes e torcedores acordem para a realidade. O time do Vitória é limitado, imaturo e precisa de muitos reforços para disputa da Série B do Brasileiro. O Baiano não pode servir como parâmetro para o restante do ano. A realidade é dura.