Pela primeira vez na história, a Rússia será sede de uma Copa do Mundo. Depois de uma semana marcada por polêmicas e acusações de compras de votos, a Fifa divulgou na tarde desta quinta-feira, em Zurique, que a candidatura apoiada pela recordista do salto com vara Yelena Isinbayeva e pelo jogador Andrei Arshavin, do Arsenal, venceu a concorrência com outros seis países e terá o direito de organizar a edição de 2018 do evento mais importante do futebol mundial.
Rival das candidaturas conjuntas de Bélgica/Holanda e Espanha/Portugal, além da Inglaterra, a Rússia não ficou fora da polêmica que agitou os bastidores da Fifa nos últimos dias. Enquanto os ibéricos e ingleses trocavam farpas com as acusações de compras de votos de membros da Fifa, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, deixou claro sua revolta e não viajou a Zurique, com o argumento de que as eleições eram "cartas marcadas".
Além do argumento de "criar um novo mercado de marketing", com novos jogadores e torcedores na "vitrine" do futebol, usado pela candidatura na apresentação dos projetos, a Rússia fez promessas de investimento pesado nas instalações e infra-estrutura, tudo graças a um momento favorável da economia local. O esforço dos últimos anos no esporte veio em forma de resultados, com a conquista dos direitos de organizar a Olimpíada de Inverno de 2014, em Socchi, a inclusão no calendário da Fórmula 1, além da confirmação da Copa do Mundo de 2018.
CATAR
Em decisão histórica ocorrida na tarde desta quinta-feira, o comitê executivo da Fifa cedeu aos apelos da candidatura do Catar e decidiu levar a Copa do Mundo pela primeira vez ao Oriente Médio. Em escolha na sede da entidade, em Zurique, o país considerado "azarão" na disputa desbancou Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão ao ser confirmado como sede do Mundial de 2022.
A escolha da Fifa premia a nação que não poupou esforços durante a candidatura. Além de ganhar como "garoto propaganda" o craque francês Zinedine Zidane, o Catar promoveu eventos milionários para divulgar o país, como o amistoso Brasil x Argentina disputado em novembro, em Doha, e uma ação comercial da maior camiseta do mundo.