Assustou-me a frase dura do treinador René Simões, referindo-se ao ‘menino' Neymar, que, em campo, acabara de desrespeitar com firulas, desobediências e xingamentos os adversários, os colegas de equipe, o treinador do próprio Santos, o banco inteiro de reservas e mais todos os que pagaram para ver seu futebol na Vila Belmiro, palco maior do ‘time dos deuses', na era Pelé.
A máscara do garoto, agora milionário, marrento dentro e fora de campo, acende a luz vermelha. Ele anda emproado, navega em petulâncias.
*
Ora, mais do que tudo o que jogou, Pelé foi Pelé por causa da boa cabeça que tinha, graças ao Criador e a seus pais, Seu Dondinho e Dona Celeste. Além do talento fora do comum dos mortais, Pelé tinha a obsessão de vencer, sempre. E era também um atleta exemplar. Dentro e fora de campo. Por isso foi maior do que o gênio Garrincha, anos-luz à frente de Maradona. Ponto.
*
Quanto a Neimar... como é mesmo que se escreve o nome desse menino? É Ney com piscilone ou com um Nei com i ? De cara, o garoto precisa baixar aquela golinha e tirar aquela cabeleira ridícula, uma presepada capilar. Se é nos tempos de um Zé Otto, Fontana, Moisés, Romenil, Roberto Rebouças, Xaxa ... ah, ele não sobreviveria!
O menino de 18 anos, oriundo da pobreza, de uma hora pra outra milionário, não tá agüentando o tranco, nem fora nem dentro dos gramados. Um esporro de mãe, uma surra de cipó caboclo lhe fariam bem.
Zédejesusbarreto, jornalista e escrevinhador.
16set/2010