Com isso, repetiu-se o cenário da edição de 2002, quando a Argentina também deixou o Brasil pelo caminho, naquela ocasião nas quartas de final do torneio. O arquirrival também levou a melhor contra a equipe brasileira nos Pré-olímpicos de Atenas e Pequim.
Comandada pelo técnico Rubén Magnano, campeão olímpico com os rivais em 2004, o Brasil não se intimidou e fez os adversários suarem, a ponto de a partida chegar para o último quarto empatada. No entanto, no fim, os arquirrivais abriram vantagem e avançaram em pleno feriado de Independência do País.
O pivô Luis Scola, grande destaque do Mundial até o momento, mais uma vez brilhou e foi o cestinha da partida, com 37 pontos. Pelo lado brasileiro, o capitão Marcelinho Huertas teve uma atuação espetacular, com 32 tentos. Leandrinho colaborou com mais 20.
O jogo
O equilíbrio foi a tona do clássico sul-americano. O Brasil começou à frente, mas a Argentina se recuperou e chegou a abrir quatro pontos de vantagem (19 a 15). A equipe de Magnano, com duas cestas seguidas, virou o jogo, que terminaria empatado nos primeiros dez minutos: 25 a 25.
Já no segundo quarto, as duas equipes demoraram quase dois minutos para pontuar pela primeira vez - Marcelinho Huertas encerrou o jejum. A exemplo do primeiro período, a Argentina reagiria e, comandada por Luis Scola, abriria seis pontos de vantagem. Mas Huertas, novamente, brilhou e acertou cesta de três pontos antes de converter três lances livres. Graças ao capitão, o Brasil foi para o intervalo na frente - 48 a 46.
No retorno, Anderson Varejão colaborou com mais três pontos e o Brasil teve uma vantagem inédita de cinco tentos. Na sequência, Alex ampliou para sete a diferença. No entanto, a bola brasileira parou de cair e Magnano pediu tempo quando a vantagem era só de dois pontos. O duelo ficou lá e cá e foi para os últimos dez minutos empatado: 66 a 66.
No início do último quarto, Leandrinho, com duas cestas de três, voltou a deixar a Seleção em boa situação, mas os argentinos buscaram a igualdade e viraram, colocando quatro pontos de vantagem na metade do período derradeiro.
O Brasil não se entregou, marcou uma cesta de três a poucos segundos do fim, mas acabou derrotado por apenas quatro tentos. Na próxima fase, a Argentina encara a forte Lituânia, que eliminou a China na manhã desta terça.