O Palmeiras finalmente venceu sob comando de Luiz Felipe Scolari, depois de seis insucessos - quatro empates e duas derrotas. Danilo e Ewerthon anotaram os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, neste sábado, no Pacaembu, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado leva o Palmeiras a 19 pontos, na nona colocação, ao passo que o Atlético segue com 14 pontos, em 15º. O próximo compromisso do time de Felipão está marcado para esta quinta-feira, no Pacaembu, mas pela Copa Sul-americana, quando faz o jogo de volta contra o Vitória.
Neste sábado, o treinador não pôde contar com o atacante Kleber e o lateral esquerdo Armero, suspensos, e o meio-campista Lincoln, com lesão na coxa direita, além de Valdívia, que ainda não está regularizado. Mesmo assim, ele promoveu uma série de mudanças na formação titular da equipe.
A primeira alteração foi no esquema. Em vez do 4-4-2, Felipão optou pelo 3-5-2 e sacou quatro jogadores que vinham sendo titulares: Deola, Vítor, Pierre e Ewerthon. Com isso, precisou também improvisar, especialmente nas laterais: Márcio Araújo foi para a direita, e Rivaldo na esquerda.
Questionado na subida ao gramado sobre as mudanças, o comandante disse que os jogadores haviam reagido bem. "Pedi a eles empenho e disciplina tática, que jogassem com vibração maior. Vejo que eles estão muito focados no jogo e isso me faz acreditar em uma boa partida", analisou.
O jogo - veja como foi, lance a lance, a partida no Pacaembu
A confiança de Felipão se comprovou com dois minutos. Tinga ficou com o rebote de uma cobrança de falta e, do lado direito do campo, levantou a bola na segunda trave. Danilo entrou bem entre os zagueiros, testou firme e estufou a rede do goleiro Neto para abrir o placar.
Foi o primeiro gol do camisa 23 em nove jogos na competição, o segundo na temporada. Gol que saiu um dia depois de ele ser homenageado pela diretoria por conta da marca de 100 jogos com a camisa alviverde. Na comemoração, o zagueiro vibrou muito pelo tento anotado diante da antiga equipe.
Com o tempo, o desenho tático do Palmeiras começou a ficar mais claro em campo, mas também menos eficiente. Volante mais avançado da equipe, atuando como o principal armador, Tinga tinha dificuldades para acionar a dupla de ataque Tadeu e Luan, muito bem vigiada pela zaga atleticana.
Paulo César Carpegiani também viu uma brecha no lado direito da defesa do Palmeiras, ocupado por Maurício Ramos quando Márcio Araújo subia ao ataque. Ele então tirou Bruno Costa para a entrada de Branquinho, que obrigou Marcos a fazer uma difícil defesa logo aos 28 minutos.
Sem sucesso nas jogadas pela lateral e nos chutes de fora da área, a equipe paranaense apostou bastante nas cobranças de bola parada, invariavelmente assumidas pelo veterano Paulo Baier. Em uma delas, o ex-palmeirense viu Marcos sair mal e contar com os zagueiros para impedir o empate.
No retorno do intervalo, o Palmeiras sofreu um baque. Apesar da vantagem no placar, a equipe passou a jogar com um a menos já a partir dos dois minutos do segundo tempo, quando o atacante Tadeu recebeu o segundo cartão amarelo por uma dividida mais forte no meio e foi expulso de campo.
A vantagem levou Carpegiani a sua terceira modificação rapidamente. O treinador tirou Deivid e colocou Mithyuê. E foi Mithyuê, após linda jogada individual de Maikon Leite pela direita, que teve a melhor chance do Atlético na segunda etapa, mas viu seu cabeceio parar na bela defesa de Marcos.
A vibração pedida por Felipão a seus jogadores, agora em minoria, passou a ser da arquibancada. A torcida cresceu e, aos 18 minutos, viu Marcos Assunção acertar o travessão de Neto em cobrança de falta próxima ao bico esquerdo da área. Neto nem sequer se mexeu ao ver a bola beijar o poste.
Logo em seguida, Felipão foi expulso por reclamação e não teve tempo de ver, aos 31 minutos, Ewerthon anotar um golaço e fechar o placar. O atacante - que entrou no lugar de Luan durante o jogo - recebeu de Tinga, livre de marcação na área, dominou a bola no peito e fuzilou a meta de Neto.