Contrariando a empolgação da torcida pelo seu retorno, Felipão não vem conseguindo resultados positivos em sua segunda passagem pelo Palmeiras. O técnico, em sua sexta partida, ainda não venceu pelo clube alviverde e somou mais um revés na noite desta quarta-feira: o comandante não pôde impedir a derrota por a 2 a 0 do seu time, no Barradão, contra o Vitória, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, competição que vale vaga para a Libertadores de 2010.
Já o treinador adversário, Toninho Cecílio, ex-Grêmio Prudente, comemorou uma vitória em sua estreia pela equipe rubro-negra, graças a dois gols na segunda etapa: o primeiro, de Ramon, de falta, logo aos 2min, e outro de Neto Coruja, de cabeça, aos 43min. Com o resultado, os baianos vão para o confronto de volta, no Pacaembu, com a vantagem de poderem perder por até um gol de diferença.
A torcida do Vitória compareceu em pequeno número no Barradão, ainda abalada pela perda do título da Copa do Brasil, para o Santos, no mesmo estádio, na última quarta-feira. A exemplo de 2009, quando utilizou um uniforme diferente para a disputa da Copa Sul-Americana, o clube de Salvador entrou em campo irreconhecível, com uma camisa preta com detalhes fosforescentes e em verde e amarelo.
O primeiro lance de perigo do jogo, muito truncado em seu início, veio apenas aos 23min, em cobrança de falta forte de Ramon, que exigiu uma boa defesa de Deola. Aos 38min, o experiente jogador voltou a assustar, em nova bola parada.
Tímido em campo durante a maior parte da etapa inicial e errando muitos passes, o Palmeiras forçou uma substituição de Luiz Felipe Scolari ainda antes do intervalo: o reforço Luan entrou em campo no lugar de Armero.
A tentativa do treinador de mudar o panorama do jogo, no entanto, foi atrapalhada logo aos 2min da segunda etapa. Em sua terceira boa cobrança de falta, Ramon finalmente superou Deola e abriu o placar.
Buscando um gol fora de casa, critério de desempate importante na Copa Sul-Americana, Felipão tentou deixar sua equipe mais ofensiva, trocando Márcio Araújo por Tinga. Era o Vitória, no entanto, que seguia criando as melhores oportunidades: aos 20min, após receber passe de Ramon, Schwenck bateu de primeira e Deola espalmou para escanteio.
Em sua última cartada, o consagrado treinador palmeirense, tentou trocar suas pessas do ataque: Max entrou no lugar de Tadeu. Pelo lado rubro-negro, também sangue novo: Júnior substituiu Schwenck.
A noite, porém, era baiana, e o segundo gol amadurecia. Deola teve que intervir em cabeçada precisa de Júnior, aos 37min. Cinco minutos depois, Neto Coruja desviou de cabeça um cruzamento vindo da direita e ampliou a vantagem do clube mandante, que carrega boa vontagem para avançar de fase na competição continental.
Aos palmeirenses, resta o consolo da volta do ídolo Valdívia, que, a exemplo de Felipão e Kléber, retorna ao clube alviverde, em busca de dias melhores, e se apresenta nesta quinta-feira.