O domínio do Inter foi evidente em todo o jogo. A equipe mexicana abriu o placar no seu primeiro ataque efetivo na partida, aos 43 minutos do primeiro tempo. O atacante Bautista foi lançado por Fabián na entrada da área e, de cabeça, encobriu Renan, que estava adiantado. O goleiro, que já havia falhado na segunda semifinal contra o São Paulo, não havia feito nenhuma defesa sequer.
O jogo, até então, era todo do Inter, que se adaptou facilmente ao gramado sintético do estádio Omnilife e impôs sua melhor qualidade técnica. O time brasileiro criou todas as suas chances pelo lado esquerdo. Logo aos 5 minutos, Kléber recebeu na área e bateu na trave. Aos 29, Alecsandro cobrou falta no travessão, sentiu a coxa direita e teve de ser substituído por Éverton. Depois, foi a vez de Taison perder chance clara ao cabecear um cruzamento de Kléber em cima da zaga.
Sem Alecsandro, o Inter perdeu sua referência na área e passou a depender da inspiração de Giuliano ou DAlessandro. Os chutes de longa distância, bom artifício para se usar em gramados sintéticos, em que a bola pula mais que o normal, foram poucos tentados. Mas foi num deles que DAlessandro quase empatou, aos 24 da etapa final. O argentino solto uma bomba com sua canhota e a bola passou rente à trave esquerda.
Irritado com a apatia de Éverton, que não conseguia fazer o pivô para a chegada dos meias, o técnico Celso Roth o trocou por Rafael Sóbis. E o Inter nem precisou esperar para ver se a mudança surtiria resultado. Logo em seguida, aos 27, Kléber levantou com capricho na cabeça de Giuliano que, predestinado, marcou pela quinta vez e assumiu a artilharia isolada do Inter na Libertadores. O segredo era o jogo aéreo. Quatro minutos depois, DAlessandro levantou da direita, Índio ajeitou e Bolívar mergulhou entre os zagueiros para decretar a virada. Agora basta manter a invencibilidade dentro de casa para ratificar o título.