Esporte

MARADONA DEIXA SELEÇÃO ARGENTINA POR DISCORDAR DE PRESIDENTE DA AFA

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| 27/07/2010 às 12:12
 Ídolo máximo do futebol argentino, Diego Maradona não é mais o técnico da seleção de seu país. Nesta terça-feira, o ex-craque se reuniu com o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, e optou por deixar o cargo.

Maradona gostaria de continuar o trabalho visando a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, mas deixou claro que sua vontade estava condicionada à permanência de seus auxiliares Alejandro Mancuso e Héctor Enrique. Grondona não aceitou a exigência e sugeriu mudanças:

"O massagista e o médico são muito amigos dos jogadores. Podemos fazer outras pequenas mudanças com seus auxiliares. Poderíamos trazer outros, deixar o Henry no sub-15 e trocar o papel do Mancuso", disse o dirigente, segundo o site argentino Olé.

Maradona recusou e nem quis saber se conversa.

"Não há mais nada para falar. Não me conhece? Se mudar alguma peça, amanhã você tem que buscar outro técnico", disse.

"Não é assim! Eu tenho um projeto e você será o cabeça dele, Diego", retrucou Grondona.

"Julio, escolha outro técnico. Estou satisfeito com tudo e você não precisa me dar desculpas", disse Maradona, enfático.


Carlos Bianchi e Marcelo Bielsa cotados


Agora a imprensa argentina começa a especular os possíveis substitutos. Carlos Bianchi, três vezes campeão da Libertadores com o Boca (2000, 2001 e 2003) e uma com o Vélez Sarsfield (1994), Marcelo Bielsa, que comandou o Chile na Copa do Mundo e dirigiu a Argentina entre 1998 e 2004, e Sérgio Batista, técnico da seleção sub-20, estão entre os cotados.

Miguel Angel Russo, hoje no Racing, e que também ganhou a Libertadores pelo Boca em 2007, e o ex-jogador e atual técnico Diego Simeone, correm por fora.

Sob o comando de Maradona, a Argentina chegou como uma das favoritas ao título mundial na África do Sul, mas a derrota por 4 a 0 para a Alemanha, nas quartas de final, pôs fim ao sonho e aumentou para 28 anos (até 2014) o jejum em Mundiais.

Maradona é o técnico que ficou menos tempo no comando da seleção argentina na "Era Grondona", desde 1979: 1 anos, 7 meses e 12 dias.