Esporte

VILLAS É ARTILHEIRO E LEVA ESPANHA A DISPUTA SEMIFINAL COM ALEMANHA

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| 03/07/2010 às 18:05
David Villas faz o 5º gol na Copa e é artilheiro isolado
Foto: REUTERS
A Espanha sofreu como nunca para superar o Paraguai por 1 a 0, com um gol chorado do artilheiro David Villa, neste sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, e cravar presença nas semifinais da Copa do Mundo. O gol saiu na parte final de um segundo tempo emocionante, com pênaltis marcados, anulados e ignorados. O Paraguai, guerreiro, está eliminado.

A Fúria pega a Alemanha na quarta-feira, às 15h30m (de Brasília) em Durban. Quem vencer estará no Soccer City, no dia 11, para decidir o título contra o ganhador de Holanda e Uruguai.


Com o gol, David Villa assumiu a artilharia da Copa 2010, com cinco. E chegou a 43 com a camisa da Espanha, a apenas um do recordista (Raúl). Mas foi complicado. O Paraguai, forte na defesa, vendeu com juros a classificação aos espanhois. Agora, a equipe de Vicente del Bosque tem pela frente um repeteco da final da Eurocopa de 2008, quando deu Espanha, com gol de Fernando Torres, apagado no Mundial.

Com o resultado, a Espanha de 2010, no mínimo, igualou o melhor resultado do país na história das Copas: o quarto lugar obtido no Mundial de 50. O Paraguai deixa o continente africano honrado com a inédita participação nas quartas de final.

Paraguai amarra a
Espanha no primeiro tempo


Xavi recebeu pelo meio, perto da área, deu um toquezinho na bola com a perna direita e já girou para mandar de canhota, sem deixá-la cair, em um lance com a plasticidade típica da Espanha. A bola saiu por pouco. Mas não esteve na beleza do lance seu real simbolismo. A grande questão é que ele aconteceu aos 28 minutos do período inicial. E foi o primeiro chute da Fúria na direção do gol paraguaio.

Até ali, a Fúria girou de um lado para o outro sem ir a lugar algum. É bem verdade que a campeã da Europa já viveu dias mais criativos do que na Copa 2010, mas o que complicou mesmo foi a organização defensiva do Paraguai. O técnico Gerardo Martino fez seis modificações para o duelo com a Espanha. Na defesa, no meio-campo e no ataque. A ideia, nenhuma surpresa, era dar ainda maior compactação a um time que foi a campo tendo sofrido apenas um gol em quatro jogos. Do trio ofensivo, só sobrou Valdés. Roque Santa Cruz e Lucas Barrios foram para o banco.


O curioso é que a força defensiva do Paraguai teve efeito duplo: primeiro, claro, barrou o talento espanhol; segundo, deu tranquilidade para os sul-americanos arriscarem uma ou outra escapulida ao ataque. Na frieza dos números, deu mais Paraguai do que Espanha no primeiro tempo. Os dois times arremataram quatro vez a gol. Mas a única bola que foi na meta, foi do time guarani.

Jonathan Santana, logo com um minuto, recebeu pelo meio e mandou a gol. Casillas pegou. Riveros, aos oito, cabeceou para fora. Alcaraz, aos 20, teria marcado se tivesse dois centímetros a mais. Santana, aos 34, viveu situação igual. Faltou muito pouco para alcançar a bola em cruzamento de Morel. Valdez, aos 45, recebeu de Cardozo e mandou chute cruzado, para fora. Pouco antes, aos 41, o atacante havia marcado, mas o lance foi anulado por impedimento de Cardozo bem observado pela arbitragem (confira no vídeo ao lado).


A Espanha teve o controle da bola, como costuma fazer, mas faltou infiltração. Fernando Torres começou bem e terminou mal três jogadas. Villa e Xavi não tiveram o brilho de outros jogos. E a Fúria ouviu o apito final do primeiro tempo com o sentimento de que havia algo de errado por ali.