Com dois golaços de Luis Fabiano - o segundo foi uma obra de arte - e uma exibição já convincente de Kaká, o time brasileiro mostrou que é candidatíssimo ao título, ao vencer por um placar de 3 x 1 a dura seleção de Costa do Marfim, na tarde desse domingo.
Foi uma atuação para calar os críticos do sargento Dunga e seus comandados, pois o adversário pouco ameaçou. Aliás,. Os jogadores africanos, depois dos 3 x 0, dominados, ameaçaram foi a integridade física dos atletas brasileiros, distribuindo porrada, entradas maldosas. Numa delas, Elano foi atingido no meio da canela e saiu de campo com suspeita de uma fratura ou fissura na perna direita. Mais adiante, o jogo já melado, com faltas e provocações, provocaram a expulsão de Kaká... injusta.
O time verde-amarelo foi superior, mostrou uma defesa compacta, com destaque para Juan, limpo, elegante, impecável, preciso. Felipe Melo atuou bem no desarme. Kaká, enfim, começou a mostrar seu jogo, fez um bom segundo tempo, está entrando em forma.
E Luis Fabiano foi a estrela da partida!
O primeiro gol saiu aos 24, numa tabela entre o artilheiro e Kaká, que, mesmo enroscado, encontrou Luis Fabiano caindo pela direita, dentro da grande área; o atacante deixou a bola quicar e arremessou com violência, de perna direita, marcando seu primeiro gol em Copas.
O segundo foi uma pintura. Luis Fabiano foi lançado já na entrada da grande área e disputou a bola alta no corpo com três zagueiros: dominou no peito (ou no braço?), chapelou o primeiro, encobriu também o segundo, ajeitou mais uma vez a jabulani no peito (ou no braço?) e bateu seco, na arriada, de perna esquerda, indefensável. Gol de Copa, ‘made in Brazil!'. Isso aconteceu aos 5' da segunda etapa.
Aos 17', Kaká fez ótima arrancada pela esquerda e, da linha de fundo, bateu cruzado e consciente para Elano completar. Drogba descontou de cabeça aos 34', num cochilo de marcação. Apesar do gol inimigo, o jogo esteve todo tempo sob controle canarinho.
Pena que a pusilânime arbitragem francesa tenha deixado os marfineneses baixarem a porrada. A entrada em Elano foi criminosa e não rolou nem o amarelo para o agressor. E a expulsão de Kaká foi ridícula, uma encenação do jogador africano, apenas.
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Bem, quem se encantou com a bolinha jogada pelos argentinos de Dom Diego Maradona... agora têm de se curvar diante da exibição brasileira, bem mais equilibrada e bela, em todos os sentidos. Jogamos o tempo todo com a jabulani no chão, como ela gosta e como deve ser o jogo bem jogado.
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Só que a Copa mal começou e teremos outras batalhas pela frente, bem mais difíceis. O próximo adversário é Portugal, o time do mascaradinho Cristiano Ronaldo, que está desesperado, precisando de vitória para se classificar.
O time brasileiro, com duas vitórias seguidas, já está classificado e tranqüilo, pode ate poupar jogadores no clássico maior da língua portuguesa, sexta-feira, dia 25, em Durban.
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De Vitória e Bahia
Mudando de pau pra cacete, como diz o outro:
É bom registrar que o Bahia levou 5 x 1 do Vitória, no meio de semana, em pleno Pituaçu, pela Copa do Nordeste. Enquanto o time rubronegro, por decisão de seu presidente Alexi Portella, jogou com um time formado por jogadores que vinham atuando pelo time principal, no campeonato brasileiro da série A, o time do Bahêa foi formado por atletas das divisões de base e alguns ‘come e dorme' de Itinga.
A goleada é histórica e fica nos anais, não importa o resto. E Alexi sabe disso, a torcida rubronegra merece o respeito e gozou com a goleada. No estádio, prestigiando, apoiando estavam os dirigentes, o técnico do time titular (Ricardo Silva), todos juntos, motivados, brigando pela vitória , um massacre sobre o rival, de lavar a alma. Isso é profissionalismo.
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Enquanto isso, o timeco do Bahêa treinado por João Marcelo de última hora, sem conjunto, uma vergonha, muito inferior ao adversário em tudo. Parecia um time de várzea. Cadê dirigente, cadê a tão propalada estrutura? Por quê esse desrespeito com a torcida, com a história do clube? Vergonha! Isso é amadorismo!
O treinador do Bahia continua de férias, no Rio de Janeiro. O time dispensou três nos últimos dias: um tal de Tiago Carpini, o fraco volante Abedi e o eficiente Bruno Silva (não se sabe o porquê). Mas o treinador Renato gaúcho disse que voltaria do Rio de Janeiro (nesta segunda) com uma trouxa cheia de jogadores de sua (lá dele) confiança, para enfrentar as batalhas da segundona. Quem viver, verá. Ele precisa dar o exemplo, baixando a bolinha da arrogância, relacionando-se melhor com os atletas, cumprindo suas obrigações direito, como,por exemplo, chegar no horário previsto para os treinamentos no fazendão de Itinga.
O time precisa de padrão, jogadas ensaiadas, treinos coletivos... Vamos respeitar a torcida e a história desse clube! Desse jeito, com esse timo de gerenciamento profissional, o Bahia não sai da segundona. Tenho dito.
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