Olhos na tela que mostra a Copa do Mundo Africana. Hoje tem seleção brasileira em campo ! O time de Dunga, que nunca se sabe... Mas a turma é a mesma, de velhos conhecidos.
As dúvidas são: será que Juan aguenta o tranco? Michel Bastos não é nome de avenida? Gilberto Silva e Felipe Melo, qualé a diferença de um para o outro, por quê joga o par idêntico? Kaká já reencontrou-se com a bola? Luis Fabiano retomou o ritmo e o caminho do gol? Fizemos as pazes com a ‘jabulani'?
O adversário é uma incógnita. Sabemos dele apenas que correm, correm obstinadamente atrás da bola os 90 minutos, sem descanso. Então, se fizermos um gol logo no início, abre-se a porteira. Caso contrário... cuidado com a zebra !!!
Deve dar Brasil, é o jogo mais fácil da Copa, sem dúvida.
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Os melhores
Do que vi até agora, apenas a Alemanha jogou muita bola, esmagando a Austrália. É candidatíssima ao título. Mostrou técnica, organização tática, controle do jogo e dos fundamentos, como o passe sempre certo e a histórica ferrenha disposição de vencer. Além disso, jogadores talentosos como Oezil, Podolski e Mueller. Vi um time alemão sólido e solidário.
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No mais, vimos uma Argentina que jogou apenas 30 minutos, em função do talento de Messi e da capacidade de organização de Verón. E nada mais. Um time individualista e cansado.
A Inglaterra foi uma decepção. Coitado de Rooney.
A Holanda mostrou-se uma equipe forte, com um ritmo intenso e constante de jogo... mas com falhas defensiva e carência de chutes a gol. Sneijder é o meiocampista dono da bola, Van Persie o mais prigoso. Robben, ainda machucado, faz falta, é um finalizador e o craque do time.
A Itália, que empatou em 1 x 1 com o Paraguai, é a mesma. Fechada, defendendo-se como uma legião romana, mas sem qualquer talento ofensivo. Pirlo não jogou e fez falata pela sua capacidade de ditar ritmo no meio campo.
Das grandes da Europa, sobram a Espanha de Xavi e Iniesta, e Portugal de Cristinao Ronaldo, que não estrearam ainda.
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Dos africanos, destaque para o time de Gana. Forte, veloz, fogoso. Vai dar trabalho.
E também, claro, os anfitriões da África do Sul, sem grandes talentos, mas muito bem posicionados em campo pelo nosso conhecido Parreira. Com a ajuda das vuvuzelas, pode surpreender.
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Ela, a bola!
No mais, observo que a ‘rainha' Jabulani já se impôs, tão bela e fêmea: Não aceita chutões, bicudas, maltratos. Quer ser levada com carinho, requer o toque leve, o jogo rasteiro, rolado na grama. Gosta do efeito, da sinuosidade ... quer a rede.