As críticas de vários jogadores de destaque em relação à bola da Copa do Mundo de 2010 "surpreende" a Adidas. Fabricante do material, a marca lembrou que houve vários testes com a Jabulani desde dezembro passado sem reclamações por parte dos atletas.
Conforme lembrou nesta segunda-feira o porta-voz da Adidas, Thomas van Schaik, a bola passou por treinamentos de diversas equipes, com impressões sempre positivas.
Ela foi utilizada também em competições oficiais como no Mundial de Clubes da Fifa, em 2009, quando o Barcelona bateu o Estudiantes na final.
Uma possível explicação para esse cenário poderia ser a altitude de algumas cidades da África do Sul que receberão o Mundial. Defendendo-se, Van Schaik afirmou que uma mudança de comportamento sob essas condições acontecem com todas as bolas.
Nesta segunda-feira, o volante Felipe Melo foi original ao comparar a bola da Copa a uma "patricinha", porque ela não quer ser chutada. Os goleiros Júlio César e Iker Casillas também já haviam criticado o material nos últimos dias, assim como o atacante Luís Fabiano.
NOVO DUNGA
volante Felipe Melo reconheceu que tem características muito parecidas com Dunga, capitão do tetracampeonato na Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos e atualmente treinador da Seleção Brasileira. O atleta da Juventus é titular da equipe que disputará o Mundial da África do Sul.
"De repente nós temos características iguais. Dentro de campo, a personalidade forte, muita luta dentro de campo. O Dunga é consagrado, tem títulos pela Seleção. Eu não, ainda estou em busca de um objetivo que é ganhar a Copa do Mundo", disse o volante, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Johannesburgo.
"Ele fala comigo sempre, me dá varias dicas. É bacana, é legal, um camarada que dominou a posição. Mas ele fala com todo mundo", completou o atleta, explicando o comportamento do treinador nas atividades brasileiras no país do Mundial.
Felipe Melo teve a primeira chance na Seleção justamente com Dunga. Foi no amistoso contra a Itália em fevereiro do ano passado - vitória por 2 a 0. Apesar das críticas que recebeu na ocasião, começou o jogo como titular, foi bem e nunca mais perdeu a posição.
Desde então, Felipe vestiu a camisa amarela em 14 oportunidades, marcou dois gols e nunca foi derrotado. Curiosamente, ele não estava em campo no único tropeço da Seleção em 2009, quando o time perdeu por 2 a 1 para a Bolívia na altitude de La Paz pelas Eliminatórias.