A paz do Randpark Club, clube de golfe colado ao hotel da Seleção Brasileira, parece que nunca mais será a mesma até o fim da passagem dos comandados de Dunga pelo local. Nesta sexta-feira, os sócios fizeram uma festa em que a principal atração foi acompanhar os jogadores brasileiros correndo no belo gramado em Johannesburgo.
Em meio aos copos de cerveja e os petiscos, todos se divertiam com a mudança inusitada do local, que agora é habitado por diversos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que buscam o melhor ângulo de Kaká, Robinho e companhia.
Conhecedores de esportes como rúgbi, críquete e o próprio golfe, os sócios apontavam para os jogadores brasileiros como se estivessem vendo algo de outro planeta. Despreocupados com isso, os astros da Seleção Brasileira voltaram calmamente para o hotel e nem notaram a movimentação nas varandas do clube.
Em homenagem à presença dos jogadores de Dunga no hotel, o clube tem uma "festa brasileira" programada para a estreia da Copa do Mundo, no dia 11 de junho. Entre os atrativos, o evento terá aulas de samba e feijão preto no cardápio.
No treino desta tarde, o time brasileiro apenas fez um treino leve, explorando mais a parte física, com arranques em espaços curtos e pequenas corridas em volta de uma parte do campo de golfe. A Seleção volta a treinar neste sábado, às 9h, na Hoerskool Randburg. A CBF promete R$1 milhão para cada jogador caso seja campeã do Mundo.
Acostumado a defender, Julio Cesar partiu para o ataque e elegeu seu primeiro inimigo na África do Sul: a bola da Copa do Mundo. A Jabulani, nome oficial do produto feito pela Adidas e vendido por cerca de R$ 400 no Brasil, foi definida simplesmente como horrorosa pelo goleiro após o treino com bola realizado na Randburg High School, em Joanesburgo.
- A bola da Copa é horrível, horrorosa. Parece com aquelas bolas que você compra em supermercado - declarou o goleiro na coletiva desta sexta-feira.
O camisa 1 da seleção disse ainda que o futebol está sempre mudando para beneficiar quem ataca. Ou seja, para ele o goleiro sempre se dá mal no fim.
- Todo mundo quer ver gol. Aí a bola muda, tem gente que vai bater pênalti e dá salto mortal, cambalhota... Sem contar a barreira, que o adversário põe três jogadores de cada lado para atrapalhar o goleiro. A falta já favorece o outro time, ainda fazem isso... Mas quem mandou escolher essa profissão - reclamou, ainda que de bom humor.
Ainda no início da preparação da seleção brasileira para o Mundial, no CT do Caju, em Curitiba, o atacante Nilmar já havia comentado sobre o que os goleiros estavam achando da Jabulani. Para ele, no entanto, a bola é boa.
- Para os atacantes a bola é boa, rápida, mas os goleiros não gostaram muito não - comentou o jogador do espanhol Villarreal.