Menos de cinco mil pessoas pagaram para ver o ‘BaBa' em Pituaçu, na tarde de domingo.
O joguinho foi mesmo um baba, até no placar, 5 x 3, para o Ba de Feira, para surpresa e desânimo na torcida do Bahêa que já vive mais um começo de temporada de desespero. O time que Renato Gaucho pôs em campo foi lastimável, em todos os sentidos.
O campo de jogo continua horrível, a bola quica, engana, muda de direção, o gramado aos tufos e muito montinho de areia, e o jogo não rola pelo chão, é chutão pra todo lado.
O que fizeram (ou não fizeram) com o gramado de Pituaçu? Está cada dia pior.
A arbitragem, também ruim (de Gleidson Oliveira), insegura, travando o andamento da partida, errando, inventando, irritando os atletas em campo e a torcida.
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O time do Ba de Feira começou melhor, mostrando mais entrosamento e foi pra cima do arriado Bahêa, mal posicionado na defesa, sem conseguir trocar passes no meio campo e um ataque isolado, perdido, sem jogadas. Aos 5' o time feirense, insinuante, já fazia o placar de 1 x 0, numa bola cruzada do fundo que a zaga nem viu. E tome-lhe chutão !
No finalzinho do primeiro tempo, numa boa e rara metida de bola de Rogerinho, Abedi empatou, mas antes do árbitro apitar o Bahia de Feira desempatou com outra bola cruzada na área que a defensiva do time da capital nem viu. O time visitante teve o domínio do meio campo e jogou com mais inteligência num gramado ruim.
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No segundo tempo, enfim, entrou Edílson, o veterano capetinha. O time, então, até que reagiu e fez dois gols. Um do zagueiro Wagner aproveitando um rebote de uma bola que bateu na trave; e, em mais uma boa jogada de Rogerinho, o atacante Rodrigo Grahl marcou de cabeça o seu primeiro gol vestindo a camisa tricolor.
O Bahia de Feira não se intimidou, foi pra cima, e empatou num chutaço de fora da área, do meia Jadson. E , no final, em dois lances polêmicos, fez mais dois. Um, resultado de lambança do goleiro Fernando com a zaga: bateram-se, e a bola sobrou ‘na praia'. Para completar, o árbitro viu pênalti do goleiro Fernando numa saída de gol nos pés do atacante adversário. 5 x 3 para o Ba do interior, acreditem! Mais que justo pelo que nada jogou o tricolor da capital.
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No final, a torcida do Ba da capital, tiririca da vida, já pedia a cabeça do treinador Renato Gaúcho e xingava a diretoria. Nos vestiários, o treinador culpou os jogadores, que ‘erraram muito, individualmente', disse. Mas não explicou a bagunça do time em campo.
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Durante a semana a direção do Bahêa anunciou que Edílson estrearia nesse domingo, em função de uma promoção do marketing que o clube faria para atrair o torcedor. Afora duas faixas mixurucas em pedaços de pano branco estendidas nas arquibancadas... nada se viu! Aliás, Edílson ficou no banco de reservas, só entrou no segundo tempo da partida, sem nenhum chamamento especial.
Já terá sido a ‘ação' do publicitário Duda Mendonça, citado como o marqueteiro oficial do clube? Triste Bahêa! A torcida continua enganada.
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O time em campo continua um rebanho atarantado.. E os salários estão atrasados, desde o ano passado. O clube continua, pelo visto, arrastando lata.
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Em Feira de Santana, no mesmo horário, o Vitória arrancou um empate pelo placar de dois gols, após tomar um sufoco e sair perdendo no primeiro tempo por 2 x 0.
O time de Ricardo Silva reagiu na segunda etapa e empatou com mais um gol de pênalti ( mais uma vez duvidoso), que Ramon converteu em gol; e o empate veio com uma bela falta cobrada pelo meia Bida.
Desde os anos passados recentes que observo: é raro, no campeonato baiano, um jogo sem que a arbitragem marque um ou dois pênaltis a favor do Vitória. Já está dando na pinta, é suspeito. Na dúvida, marca-se pró-rubronegro. Há critérios, orientação para tal?
O time, em campo, sentiu falta de Índio (que já foi emprestado, de novo, para a Coréia) e do lateral Egídio.
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O Vitória da Conquista lidera o grupo A, com 12 pontos ganhos, dois a mais do que o Vitória da capital. No grupo B, o líder é o Camaçari, que tem tres pontos a mais do que o Bahia.
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No meio da semana o Bahia joga em Alagoinhas, contra o Atlético; o Vitória pega o Feirense, em Pituaçu.
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Uma boa notícia: O Ipiranga, o mais querido, está de volta ao futebol profissional e disputa com o Galícia a segunda divisão, que vai selecionar dois clubes para a primeira divisão no próximo ano. O Ipiranguinha tem torcida em Salvador e já vi gente na rua vestindo a camisa auri-negra.