O velho Ramon, mais uma vez, fez a diferença no primeiro clássico (Vi 2 x 0 Ba) do ano, em Pituaçu, com menos de 20 mil pagantes. Mais de 60 por cento de tricolores nas arquibancadas. O campo de jogo continua ruim, fofo, irregular, enroscando a bola, travando o jogo.

Um jogo pobre, sobretudo no primeiro tempo. Chutões, empurra-empurra, valentia, duelo mais falado do que jogado em campo, sob a complacência do árbitro Jailson Macêdo, sempre no bolo dos jogadores, sem o pulso da partida.

‘Muita porrada e pouca bola', resumiu o torcedor no microfone, diante do maltrato com a buchudinha. O rubronegro atacou mais.

O tricolor trocou de goleiro no intervalo e Fernando foi logo surpreendido no início do segundo tempo com um velho truque: Ramon cobrou o escanteio em curva e o grandão Walace entra por trás da zaga testando. A bola carambolou e o estreante Schwenk empurrou para as redes.

O Vitória aquietou-se emocionalmente e tomou conta do jogo, mostrando mais conjunto, mais maturidade e manha para administrar o jogo. Fernando fez boas defesas. Depois dos 30', o rubronegro deu espaço, chamou o Bahia para cima, o tricolor foi meio afoito na tentativa de empatar e, numa retomada rápida de bola no meio campo, Indio foi acionado em profundidade e cruzou; ele, o ‘carrasco' Ramon fechou o placar. Faltavam três minutos para acabar o clássico.

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A garotada do Bahia bem que lutou, mas o Vitória foi mais time em campo e mereceu o placar, sobretudo pelo segundo tempo. Não é o time dos sonhos do torcedor, mas o elenco continua superior ao do Bahia. Mais qualidade.

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Na manha, na experiência, no trato com a bola, ditando o ritmo, pressionando o árbitro, irritando o adversário, decisivo mais uma vez: Ramon foi o personagem.

No Bahia, o lateral Ávine foi o melhor. Fernando fez duas ou três defesas salvadoras e o zagueiro Vagner mostrou personalidade. O estreante Rodrigo Gral quase não viu a bola, fora de ritmo.

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Com a derrota do Bahia e a surpreendente vitória do Colo-Colo, em Ilhéus, no clássico do cacau contra o Itabuna ( 2 x 1 ), não tem mais invictos no campeonato baiano.

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O Madre de Deus, em casa, goleou o Ipitanga ( 5 x 1); O Vitória da Conquista ganhou do Feirense ( 1 x 0 ); O Flu de Feira ganhou a primeira, para o Atlético, em Alagoinhas, também 1 x 0, o mesmo placar que o Camaçari conseguiu fora de casa, contra o Bahia de Feira.

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Na quarta, o Bahia pega o Madre de Deus em Pituaçu. Já o Vitória enfrenta o Ipitanga na cidade de Senhor do Bonfim, no sertão.

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No duelo dos treinadores estreantes em BaVis, venceu Ricardo Silva, que apostou no entrosamento dos atletas que bem conhece, a base do ano passado, sem invenções.

Renato Gaucho, por outro lado, lamentou a inexperiência dos garotos. Vem tentando montar um time com vários atletas criados nas divisões de base do clube. Ele tem reforços, mais rodados, que não estrearam ainda e podem dar um molho, mais adiante.

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O torcedor tricolor, machucado: ‘ Resultado normal, mas perder ... sempre, é morrer um pouco' .

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É só o começo.

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