Apontado pela Fifa como o melhor jogador do mundo no ano de 2009, Lionel Messi dá margem a poucos argumentos contrários à premiação conquistada nesta segunda-feira, em Zurique, na sede da entidade máxima do futebol mundial. Títulos, premiações individuais, gols em quantidade, qualidade e em caráter decisivo marcaram o ano assombroso de Messi.
O homem que deu à Argentina a primeira conquista na premiação da Fifa, oferecida desde 1991, ergueu seis taças nos seis campeonatos que disputou com o Barcelona em 2009: Mundial de Clubes, Liga dos Campeões da Europa, Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Europa e Supercopa da Espanha. Cinco desses torneios tiveram finais e Messi marcou gols em quatro dessas decisões.
A supremacia de Messi, que já havia sido apontado como o segundo melhor do mundo em 2007 e 2008, também foi determinada na conquista da Bola de Ouro da revista France Football. No início de dezembro, ele teve 473 dos 480 votos possíveis da premiação. Simplesmente, o índice mais esmagador em 53 edições oferecidas.
Números da temporada
Ao longo da temporada 2008/09, que é na prática o que acaba determinando o resultado da premiação, Messi anotou 39 gols em 52 jogos, além de oferecer um total de 17 assistências para os companheiros.
Messi, que fez o gol do título no último Mundial de Clubes e ganhou a Bola de Ouro da competição, também foi decisivo na Liga dos Campeões. Melhor jogador do torneio e artilheiro com nove gols, o argentino marcou na final contra o Manchester United. E do alto de seu 1,69 m, com a cabeça, subindo junto a Rio Ferdinand, 20 centímetros maior.
No Campeonato Espanhol, o argentino também foi absoluto. Quarto melhor marcador, com 23 gols, brilhou em momentos importantes, como na épica vitória de 6 a 2 sobre o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu - dois foram de Messi. Na vitória anterior, por 2 a 0, um também foi dele.
Na Copa do Rei, de final com vitória de virada por 4 a 1 sobre o Athletic Bilbao, Messi marcou um e deu passe a outro. E na Supercopa da Espanha, de novo contra o Athletic, mais um triunfo: 3 a 0, com dois de Messi.
O argentino, que somando salários e patrocínios ganha cerca de 28 milhões de euros por ano (R$ 73,1 milhões) segundo a France Football, teve seu valor admitido pelo Barcelona, que em setembro ampliou seu contrato até 2016. Quem quiser tirá-lo do Camp Nou precisa depositar US$ 367 milhões (cerca de R$ 656 milhões) na conta do clube catalão.
O único ponto baixo
Se há alguma margem para os críticos de Messi, esta é a respeito de seu desempenho recente com a seleção argentina.
No sofrimento do time de Diego Maradona nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2010, o futebol do camisa 10 deixou a desejar. Foram quatro gols ao longo do torneio, mas nenhum nos jogos decisivos.