O Barcelona, time catalão campeão da Espanha e da Europa, venceu o título de Melhor do Mundo da FIFA/2009, ao ganhar o jogo disputado até o final da prorrogação
( 2 x 1) contra o time argentino campeão da Copa Libertadores de América, o Estudiantes de La Plata, nos Emirados Árabes, na tarde desse sábado.
O futebol, jogo de bola, sempre nos oferecendo lições... para o arriscado, imprevisível jogo da vida.
Até os 43 minutos do segundo tempo, faltando, portanto, dois minutinhos para acabar o tempo normal de jogo, o milionário Barcelona de Messi, Thierry, Ibrahimovic, Daniel, Xavi, Puyol... jogava, tinha a bola, criava chances de gol e tal, mas perdia o jogo
por 1 x0 para manhoso Estudiantes do velho ‘brujo' Verón.
Os ‘hermanos' marcavam duro, sem tréguas, o campo inteiro, não davam espaço para as estrelas adversárias. E aproveitaram uma única chance no primeiro tempo para golear.
A partir daí, os ‘miolongueiros' argentinos tiveram manha, técnica, competência tática e uma boa pitada de sorte para por a mão na taça.
Messi, acuado, era policiado com rigor e nos conformes; o sueco Ibrahimovic estava infeliz nos arremates...
A bola, volúvel como toda fêmea, parecia caída pelo tango.
Os ‘hermanos' é que já pareciam sem mais pernas para acompanhar o ritmo.
Aos 43', o pouco conhecido garoto Pedro (que substituiu o famoso Henry) aproveitou um dos poucos vacilos da zaga portenha e testou, de cara com o goleiro, empatando o jogo e derrubando o ‘castelo de areia' dos sulamericanos, já de meiões arreados.
Na prorrogação, só o Barça corria e tentava, mas a bola continuava caprichosa, enganadora.
Coube então ao ‘mano' argentino Messi, tido hoje como o melhor do mundo, metê-la de peito, num mergulho, para o fundo das redes, decidindo o título para os catalães.
Justo o título.
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No âmbito da província:
O novo treinador do Bahêa, Renato gaúcho, desfilou o modelito moderninho da nova administração tricolor para 2010. Chegou de óculos escuros, paletó pendurado pelo dedo nas costas, celular na outra mão, olhando de cima, o mesmo. Foi apresentado na inauguração de uma butique do clube, na Pituba, com direito a claque organizada. Chic.
Na coletiva, desculpou-se por alguma ‘besteira' dita lá atrás e , na manhã seguinte, visitou (e admirou-se! ) o CT de Itinga, "Não compreendo como um time que tem essa infraestrutura está fora da Série A', disse. Não compreende ele, nem a torcida inteira. Por fim, o novo treinador passou para os dirigentes uma lista de atletas que podem reforçar o time e ... voltou para o Rio.
Dizem que o ‘negócio' com Renato tem o objetivo de ‘botar o Bahia na fita', voltar à mídia. O clube precisa ser ‘badalado'. Então, tá. E bons jogadores?
Não esqueçamos: Nada funciona se, dentro de campo, a bola não entra e o time não vence. Treinador presta quando o time ganha. O resto é conversa mole.
Émerson Ferreti, ex-goleiro do Bahia, gaúcho de nascimento, chegou a jogar com ele, Renato, já em fim de carreira, no Grêmio de Porto Alegre, disse numa entrevista que ele é um cara agregador, de bom papo com os companheiros.
Estimulante, pois.
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No Vitória, até agora, as novidades para 2010 são:
A efetivação do treinador (até então eterno interino) Ricardo Silva, que foi um bom atacante, jogou pelo BaVi, camisa 9, e conhece bem o ramo e o clube em que trabalha.
As vezes que exerceu a função mostrou competência na escalação, pôs o time para jogar atacando, como a torcida gosta.
E a outra novidade é a contratação do ex-zagueirão gaúcho (de ótima técnica) Mauro Galvão como diretor ou gestor de futebol.
Por enquanto, o clube tem anunciado o retorno de jogadores que andavam fora, emprestados, como o meia Índio.
Galvão pode trazer novidades no início do ano. O torcedor espera.
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Para os clubes baianos, o fim de ano é de aperto - para pagar salários, prêmios atrasados, rescisões, décimo terceiro...
Com os cofres vazios, como anunciar grandes contratações para o deficitário Campeonato Baiano/ 2010 ?
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Deixa a bola rolar pra gente ver como é que fica. De repente, no meio da meninada que sobe e chega aparecem alguns talentos.
O futebol baiano carece de craques.