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SEM HUMILDADE, SELEÇÃO NÃO SE DARÁ BEM NA ÁFRICA, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vide
| 12/10/2009 às 18:15
Vitória segue de maré enchente no duelo Mancini x Vanderley Luxemburgo
Foto: Agência Lance
  Dia das crianças, feriadão da padroeira Aparecida, o Vitória conseguiu um bom resultado de 0 x 0 contra o Santos no Pacaembu (SP) abrigando um belo público.


  O rubronegro segue na maré enchente, conseguindo os resultados e contando com a sorte. No primeiro tempo, o jogo foi lá e cá, mas Gleguer trabalhou muito para evitar o gol santista. Na segunda etapa, o Vitória marcou e defendeu-se com competência, mas o time paulista abusou de perder gols. 


  O duelo Mancini X Luxemburgo deu empate. O elenco de ambos é parelho.  

Destaque para o goleiro Gleguer, Fábio Ferreira, Vanderson, Ramon sempre lúcido e Berola, pela ousadia.


  No fim de semana o Vitória embalado pega o Náutico, no Barradão. O time timbu de Pernambuco enfiou três no líder Palmeiras.  Entonces, não se trata de uma ‘galinha morta', hay de pelear para vencer o jogo e ganhar mais três pontos na classificação. 


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Mal das alturas.


Gostei dos 2 x 1 que a Bolívia enfiou nos rapazes do mal-humorado Dunga, domingo,

lá na altitude de 3.600 metros de La Paz, onde  o fôlego é curto, o sangue corre gelado nas veias, a cabeça dá pontadas e a vista escurece numa tontura de quase vertigem quando fazemos um esforço maior.


É assim na terra do ‘cocalero' Evo Morales e do Marcelo Moreno (ex-atacante do Vitória) que fez um golaço de falta deixando o goleirão Júlio César sem pai nem mãe, apenas olhando a pelota aninhar-se nas redes.


A turma do ‘verde-amarelo' chegou a La Paz de salto-alto duas horas antes da peleja.

O time pareceu grogue no primeiro tempo, fora do ar, sem noção de onde estava. Alguns atletas brasileiros não conseguiam andar em campo, como Adriano e Diego Souza. E os bolivianos, acelerando, fizeram 2 x 0. No segundo tempo o jogo foi mais equilibrado e num contra-ataque rápido Nilmar, de cabeça,  fez o gol brasileiro.

Gostei porque o placar quebrou uma invencibilidade de 19 jogos dos canarinhos - perder às vezes faz bem -  e também um pouco da empáfia de Dunga.

Porque mostra que é necessário humildade e não há time invencível - o Brasil perdeu em La Paz e empatou contra a mesma Bolívia (desclassificada) aqui, lembram?  E mostra também que é desumano e  desigual jogar futebol acima dos  3 mil metros de altitude.


Los hermanos argentinos foram lá e levaram 6 x 1, com Messi e tudo.

Ainda bem que estávamos classificados com antecedência para a Copa da África do Sul e não precisávamos dos pontos.


Na quarta, às 19 horas, em Campo Grande, veremos na telinha Brasil x Venezuela, pela última rodada das eliminatórias.


Nesse mesmo horário, Argentina e Uruguai disputam uma batalha de vida e morte em Montevidéu.  Quem perder pode ficar fora da primeira Copa na África.   


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Na sexta à noite, inacreditáveis 20 mil torcedores estavam em Pituaçu e presenciaram mais um tropeço do bahêa, em seu medonho calvário.


Placar de 3 x 3 contra o América de Natal. São oito partidas sem vencer ( onde já se viu?) e o time a cada jogo está mais atolado na zona de rebaixamento para a terceira divisão, o chamado inferno do futebol brasileiro.


O time fez 2 x 0 no primeiro tempo e frouxou a marcação no meio campo. Fez 3 x 1 mas cedeu o empate para desespero dos torcedores, jogando uma bolinha de gude.

Na saída do estádio, senhoras, homens e crianças choravam. Muitos. Outros xingavam.


Um senhor - certamente com filhos, esposa e netos a esperá-lo em casa - quedou-se no meio-fio com a cabeça entre as mãos, desolado, aos prantos, como se tivesse perdido um filho ou a mãe. Um amigo tentava reanimá-lo, chamando-o para a real:

- Calma, essa merda é só um time de futebol !!!

Ela respondia aos soluços:

- Você nunca vai saber o que é ser bahêa!


Calado e entristecido segui, refletindo: O Bahia definitivamente não é apenas um time de futebol. É uma paixão popular. Um fenômeno social intrigante.

Mas... aqueles que mandam atinam ?


Em tempo: a próxima estação da ‘via crucis' tricolor é em Bragança paulista, fim de semana, contra o Bragantino.  Alguém acredita?    


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 No 3 x 3 dos rubronegros, no Barradão (quarta-feira passada), dois veteranos deram aula em campo: Petkovic pelo Flamengo e Ramon Menezes pelo Vitória. Um exemplo de que no jogo de bola vale mais a técnica e a inteligência do que o puro vigor físico.

É preciso saber correr e fazer a bola correr, obediente.


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Foi o que prevaleceu também no jogo entre Brasil x Alemanha (sábado) pela Copa do Mundo de Futebol sub-20  que se disputa no norte da África.


Os alemães, mais robustos e bem condicionados fisicamente deram um show de tática, de disciplina e de marcação, e venciam o jogo por 1 x 0 até os 40 minutos do segundo tempo. Mas, em função do ritmo empregado desde o início e do calor da região, as pernas germânicas começaram a pesar e eles não foram mais capazes de acompanhar a habilidade dos brasileiros, tomaram um gol e não viram a cor da bola durante a prorrogação. 


Resultado: 2 x 1 para os meninos do Brasil (dois gols de Maicon, do Fluminense do Rio. O Brasil pega a Costa Rica em uma das semifinais da Copa (meio da semana). 

A outra semifinal será  Gana X Hungria.  


O time verde-amarelo é bom e tem como destaques o goleiro Rafael (Cruzeiro) o meio-campista Juliano (do Inter) e o ponta-de-lança Alex Oliveira, do Vasco, um raro talento.


OBS: Não há nenhum baiano nessa seleção sub-20...   Ou seja, o nosso futuro, parece, é armar os nossos times com refugos envelhecidos dos times do sul.  


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Tenho dito: a queda do Bahia  prejudica o futebol baiano como um todo.  Sem parâmetros/ concorrência direta, o Vitória vem se descuidado na revelação de novos talentos.  O campeonato baiano tem nivelado os nossos times por baixo.

Muitos torcedores e dirigentes do rubronegro satisfazem-se mais com a derrocada do rival (só falam nisso) do que com a ascensão do próprio time.

Pensamos pequeno.     


Voltaremos a ser grandes de verdade quando tivermos de volta o Ipiranga, o Galícia, o Botafogo, o Leônico...  clubes que estimulavam a rivalidade contra Bahia e Vitória e revelavam grandes atletas, como Marito, Flávio, André, Nelinho, Valtinho, Armandinho...


Esse campeonato baiano de Ednaldo (o presidente da FBF) é um torneio capital-interior de baixo nível, tipo intermunicipal. Manjado, cartas marcadas.