Além de ver o ‘rival' descer a pirambeira, vibra com o excelente 3 x 2 sobre o líder Palmeiras (SP), o Barradão inflamado no domingo à tarde.
Foi um jogo bom de se ver, disputado, aberto, lá e cá, cinco gols e atuações de gala do veterano Ramon e do garoto Neto Berola.
Logo aos 13' Roger acertou a trave palmeirense, mandando o recado.
Aos 19', Ramon cobrou falta com a bola descaindo na pequena área, o consagrado Marcos saiu estapeando borboletas e a bola bateu na testa de Uéllinton, 1 x 0 justo.
O time paulista, o ‘porco', sentiu o golpe do ‘leão'. Neto Berola atanazava a defesa verde, mas aos 43' o veloz lateral colombiano Armero ganhou a bola nas costas de Apodi e cruzou certeiro para a cabeçada de Robert , 1 x 1.
O Vitória voltou ligado para o segundo tempo, buscando o gol, em cima do líder.
Aos 25', nova bola alçada por Ramon na área Palmeirense, a defesa vacilou
e Berola encaçapou de frente para o gol : 2 x 1.
O Palmeiras buscava o empate mas aos 38', novamente Ramon enfiou um escanteio fechado, Marcos tentou evitar o gol olímpico e a bola sobrou na pequena área; o estreante Derlei aproveitou o cochilo da zaga e cutucou para as redes, liquidando o jogo : 3 x 1. Deu tempo apenas para o Palmeiras diminuir em novo cruzamento de Armero e cabeçada de Robert, 3 x 2.
O Barradão pegou um dos melhores públicos da temporada, mais de 24 mil pessoas,
com boa presença também da torcida verde do ‘porco' paulistano, que continua líder, mesmo com a derrota, porque o Inter de Porto Alegre levou chumbo, em casa, do Cruzeiro : 3 x 2.
O Vitória é 11 º na classificação e no fim de semana, no mesmo Barradão, enfrenta o colorado, o Internacional do Rio Grande do Sul. Vai com moral, a torcida gostou do que viu em campo.
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O outro lado da moeda. Sábado, mais de 15 mil torcedores em Pituaçu.
Pronto. Acabou-se. Fim de linha para o sonho de parcela da torcida do Bahêa que ainda acreditava numa classificação do time para a primeira divisão do futebol brasileiro, este ano.
Quem decretou o melancólico ‘the end' foi a Portuguesa, a lusa do Canindé paulista, com uma sonora goleada de 4 x 1, sem direito a choro, show de bola no segundo tempo e muita vaia dos tricolores, decepcionados. De agora por diante a luta será para não cair para a terceira, era o lamento geral. Mais uma vez.
O primeiro tempo até que foi equilibrado. A lusa na defensiva, respeitando o adversário e tentando os contra-ataques nos constantes erros de passe do meio campo baiano. Mesmo assim o Bahia teve uma chance incrível já no final, quando Nadson tirou do goleiro e deixou o atacante Lima de frente, livre, sem goleiro, na linha da pequena área.
O atacante conseguiu jogar a bola pra fora e a torcida exigiu sua substituição no intervalo.
O Segundo tempo foi um horror. Os defensores ainda arrotavam a laranjada do vestiário quando a Lusa fez 1 x0. Um erro de passe e o atacante Kempes foi lançado livre na área, nas costa de Diogo e sem cobertura de Evaldo; 0 x1 .
O tricolor atordoou-se e levou o segundo aos 7', numa saída atabalhoada do goleiro Fernando; o atacante Kempes ganhou a bola e Zé Carlos completou para as redes: 0 x 2.
Nadson, de cabeça, aos 12 acendia uma lamparina de esperança: 1 x 2. Mas a zaga do tricolor voltou a falhar, como tem sido costume: um cruzamento na área, previsto, de bola parada, e ninguém de camisa branca foi na bola; o zagueirão adversário cutucou e matou as esperanças do Bahia: 1 x 3.
Abatidos em campo os atletas do tricolor viram o time da Lusa passear e ainda fazer um golaço aos 43', num lançamento longo em que a zaga perdeu na velocidade e Evrthon tocou por cima do goleiro: 1 x 4, goleada, vaias e xingamentos gerais.
O Bahia é 12º, a seis pontos apenas da zona de rebaixamento. Terça-feira à noite encara o ABC (RN), um dos últimos, em Natal.
Um amigo que curte números me avisa: ‘Ainda dá, é só vencer os 10 jogos daqui pra frente, dentro e fora de casa'. Eu, que só entendo de letras dou um moxôxo.
Alguém acredita?
A defesa falha, o goleiro dá mole, o meio-campo erra os passes e o ataque não faz.
Isso é time?