O Vitória entregou o jogo no Serra Dourada, em Goiânia, levando um gol bobo de cabeça aos 47', já nos acréscimos, depois de dominar a partida durante todo o segundo tempo, quando atuou com um jogador a mais em campo, e perder boas oportunidades de golear e vencer bem.
O início do jogo foi muito marcado e sem grandes emoções. O rubronegro baiano tentava, arriscava mais, mas as defesas prevaleciam. Aos 26', o lateral Leandro deu bobeira, faltou cobertura e o atacante Felipe Menezes acertou um forte chute enviesado, fazendo 1 x0.
Aos 30', o veterano Iarley deixou Apodi deitado e serviu: 2 x 0, gol de Fernando.
O alento veio com um golaço de Leandro Domingues, numa jogada de craque pelo meio da área e um balãozinho do goleiro: 2 x 1. Para melhorar, antes de encerrar o primeiro tempo, o árbitro expulsou o meia defensivo goiano Ramalho.
No segundo tempo, com um jogador a mais e a entrada de Carlos Alberto no meio campo e, sobretudo, a de Neto Berola no ataque, o Vitória tomou as rédeas da partida mas perdeu várias chances de gol. O empate veio aos 14', numa bela jogada individual de Berola, arrematando de fora da área. Então, apareceu o veterano goleiro Harley.
Um minuto antes de o árbitro apitar o final, a defesa deu bobeira numa bola alçada de longe pelo alto para dentro da área, apareceu de surpresa o defensor Julio César e meteu a cabeça: 3 x 2, selando o resultado adverso para os baianos.
Agora em 11 º lugar, distanciando-se cada vez mais dos quatro primeiros, o ‘leão' rubronegro pega o Atlético Paranaense no Barradão, no meio da semana, com quatro desfalques - inclusive do meia Leandro Domingues, o craque do time, que foi expulso no final da partida em Goiás.
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Ora vejam: Carpegianni caiu e Ricardo Silva assumiu o time interinamente e, mais uma vez, saiu-se bem. Venceu o Coritiba no meio da semana, no Barradão, pela Copa Sulamericana. Aí, apressaram-se em trazer de volta o paulista Vagner Mancini, que já estreou perdendo. Parece que o mais barato e mais simples é mais eficiente. Mas no futebol... conta o nome, o currículo, a pedida do treinador.
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E o Sport do Recife ?
‘Da Libertadores para a Segunda Divisão', estampava a faixa do torcedor na Ilha do Retiro, aturdido. O Sport é o lanterninha da primeirona, com pinta de candidato forte à Série B. Na tarde de domingo perdeu para o São Paulo, 2 x 1, com um gol paulista aos 47' do segundo tempo, desempatando. O mais grave: durante a maior parte da segunda etapa o tricolor do Sul atuou com apenas 9 atletas em campo (dois expulsos).
Pergunta-se: foi a saída do vitorioso Nelsinho Batista ou a passagem do agitado Leão que ‘despentelhou' o Leão da Ilha, supercampeão pernambucano?
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Coladinho no Sport, na rabeira da tabela de classificação, está o Fluminense do Rio, que levou 3 x 1 no Maracanã, do Coritiba, com show de bola do veterano Marcelinho Paraíba.
O Mengão caiu de quatro para o Grêmio, no Rio Grande do Sul e o Corinthians liquidou o Atlético(MG), 2 x0, no Pacaembu, com Ronalducho assistindo de camarote.
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Palmeiras é o líder, Goiás o vice, seguidos de Internacional e São Paulo.
Esse é o quadro exatamente na metade da competição.
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Já no sábado, em Campinas, o novo time de Sergio Guedes jogou sua melhor partida dos últimos meses, mas não o suficiente para vencer o Guarani (SP), vice-líder da
Série B. Guarani 2 x 1 Bahia. O tricolor baiano continua a dois pontos da temida zona de rebaixamento.
A péssima arbitragem do cearense Francisco Assis Almeida Filho influiu no placar.
O jogo rolava equilibrado, disputado, quando por volta dos 35' só ele viu pênalti num agarra-agarra dentro da área tricolor, fora da disputa pela bola. 1 x 0.
Aos 43' Nadson perdeu, de cara.
Logo no início da segunda etapa o goleirão Marcelo aceitou uma cobrança de falta lá de looonge! 2 x 0.
A resposta veio aos 9', depois de uma roubada de bola de Juninho, deixando Nadson de frente : 2 x 1.
Aos 12' o meia Juliano, de falta, acertou o travessão, com o goleiro bugre vencido.
Por volta dos 20' o árbitro deixou de marcar pênalti claro do zagueiro do Guarani no atacante Lima, num puxão e empurrão na frente da pequena área. Mas, logo depois, assinalou novo pênalti contra o Bahia, que Marcelo defendeu.
Perdidão também no aspecto disciplinar, o árbitro expulsou Leandro, do Bahia, no momento da penalidade e, mais adiante, dois atletas do time campineiro, por entradas violentas.
O tricolor baiano partiu para o ataque e marcou um gol legal, aos 43', numa boa jogada de Nadson complementada por Lima. A arbitragem viu mas a TV mostrou que não houve impedimento no lance.
Torcedores, jogadores, diretores do clube e da FBF mostraram-se irritados com a arbitragem... ‘caseira', tipo "afoita para soprar o apito em favor do time da casa e muita má vontade com o time visitante'.
Mas não há tempo para choro: terça-feira à noite, em Pituaçu, o Bahia enfrenta o líder da competição, o Atlético de Goiás que tem o manjado Mauro Fernandes como treinador, Márcio (goleiro) e Elias (meia) ex-atletas do Bahia e mais o centroavante Brazão, artilheiro do Flu de Feira no campeonato baiano. Um time perigoso e bem arrumadinho.
De quebra, o novo treinador Sergio Guedes não poderá repetir a mesma escalação de sábado, como deveria. Por suspensão, ficam de fora os meiocampistas Leandro e Elton, sérios desfalques, e o zagueiro Vinícius.
É vencer ou vencer!
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A torcida, em Pituaçu, canta: "Você não vale nada, mas eu gosto de você!"
Os rubronegros gozam: ‘Time de corno!'